O NINHO DO ALBATROZ
SE VOCÊ NÃO GOSTA DE TURFE, PROCURE OUTRO BLOG. A IDÉIA AQUI NÃO É A DE SE LAVAR A ROUPA SUJA E FAZER POLITICA TURFISTICA. A IDÉIA AQUI É DE SE DISCUTIR TEORIAS QUE POSSAM MELHORAR A CRIAÇÃO E O DESEMPENHO DO CAVALO DE CORRIDA. ESTAMOS ABERTOS AS CRITICAS E AS TEORIAS QUE QUALQUER UM POSSA TER. ENTRE EM NOSSA AERONAVE, APERTEM OS CINTOS E VISITEM CONOSCO, O INCRIVEL MUNDO DO CAVALO DE CORRIDA, ONDE QUERENDO OU NÃO, TUDO É PRETO NO BRANCO!
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sexta-feira, 26 de dezembro de 2025
BOM DIA
PAPO DE BOTEQUIM. NAO DEVERÍAMOS AGIR COM MAIOR SERIEDADE ?
Outro dia me perguntaram quais eram as coisas mais importantes em minha vida. Como vocês podem sentir, recebo todo e qualquer tipo de solicitação em minha caixa de correio. Até pedidos de emprego e empréstimos. As vezes me sinto cartomante e até assistente social. Mas respondi, pois a pergunta me fez pensar naquilo que realmente mais aprecio.
Colocando Cristina, minha esposa, como hours concour, acho que o turfe, o Flamengo, o Salgueiro, a praia, a Opera, a Sinfonica e o programa British Has Talent, são as coisas que mais me trazem prazer em assistir ou participar. Resumindo, estes são os meus maiores prazeres. E creio que todas estas coisas tem muitas coisas entre si. Por exemplo a escola de samba é a opera do asfalto e a bateria de uma escola de samba, nada mais é que uma sinfônica com instrumentos distintos. Os passistas de uma escola de samba e alguns de nossos jogadores de futebol, não iriam fazer feio no British Got Talent. E assim por diante. E ai eu me lembrei de uma anotação que fiz, e que é produto de uma das minhas maiores curiosidades.
Qual é a formação de uma bateria de escola de samba? Concordo que isto não deve interessar a muita gente. Mas sempe foi o meu objeto de maior curiosidade. E aqui transcrevo a anotação que fiz, com Mestre Marcão diretor de bateria furiosa, daquela que não se sente melhor do que ninguém, Apenas diferente.
O minimo seriam 29 surdos, 30 repiques, 40 caixas de guerra, dez cuicas, 77 tamborins, quatro agogos, quatro reco-recos e 92 chocalhos. Como se ve aqui no Ninho do Albatroz tudo é uma questão de cultura... E o que isto tem a ver com o turfe? NADA. Mas tive vontade de escrever.
Você não precisa ter tantos participantes para formar um pedigree, mas sempre fui um defensor que um pedigree com um maior número de chefes de raça e matriarcas, se acerta melhor no breeding-shed nacional. Porque? Por ele proporcionará mais opções na consecução de imbreeds e duplicações. E como é de dominio publico, acredito nesta variante, pois ela aumenta as suas chances de se copiar o elemento duplicado.
Vamos ao raciocínio lógico tomando como base algo real.
Quando você, tem a oportunidade de poder utilizar algo como Intello, você acredita que estará fazendo parte de um grupo que arrebentará a boca do balão. O grupo que dispoe de usar os seviços deste filho de Galileo, ganhador do Derby francês, e que igualmente foi terceiro no Arco (para Treve e Orfevre), na Poule e no Jacques le Marois, todas provas de graduação máxima, acredita ter a seus serviços algo diferenciado. Mas isto será verdade ?
Pois é, até agora isto não se verificou. É claro que estamos falando das primeiras gerações de Intello que em minha opinião, só agora entra em sua fase de maior possibilidades a de produzir cavalos que melhoram na distância e com a idade.
Outrossim, Intello, a verdade nua e crua, só gerou até aqui a dois ganhadores graduados e de provas que não podem ser consideradas de alta competitividade. Agoa olhem as estruturas destes dois pedigrees,
Não seriam as duplicações elementos importantes no processo que exige maior classicismo, a razão principal? Um com uma estrutura consagrada de imbreeds, Northern Dancer-Mr. Prospector e Danzig e outro com uma razão incisiva de 3x3, num dos mais importantes chefes de raça da atualidade?
Não temos no Brasil algo, nem similar a Intello, mas o fato, aqui já comentado de apenas dois elementos serem imbreeds em Ghadeer na razão 3x3, não nos faz pensar que escorregamos no quiabo? Não sei quantos netos de Ghadeer cobriram com filhas de Ghadeer. Outrossim, não acredito que pudessem ter sido muitas. Talvez estes sejam os únicos exemplos, o que daria - se for o caso - um percentual de acerto absurdo.
Se os criadores europeus ajudam jovens reprodutores do potencial de Intello, porque não deveríamos fazer o mesmo, com os jovens que temos no Brasil? Porque dependermos apenas do acaso e da sorte?
NÃO PODERIAMOS FAZER
DE NOSSO TURFE,
ALGO MAIS SÉRIO QUE NOSSO PAÍS?
Não deveríamos nos dar ao luxo, de não aproveitar as passagens que aqui tiveram, cavalos como Wild Again e Agnes Gold, como o fizemos com outros fenômenos do naipe de Ghadeer e Clackson. e a pergunta que não quer se calar. Não deveríamos agir com maior seriedade ?
quinta-feira, 25 de dezembro de 2025
quarta-feira, 24 de dezembro de 2025
BOM DIA
Nós brasileiros somos realmente uma raça sui-generis. Temos olhos, bocas e ouvidos como os demais habitantes do planeta, porém, agimos de forma bem distinta ao interpretar as coisas.
AVISO AOS NAVEGANTES
VESPERA DE NATAL. HORA DE SE DAR TRAÇOS A BOLA. E SE POSSÍVEL, DEIXAR O PERU EM PAZ !
Posso ser visto por muitos como um delirante sonhador, quando demonstro acreditar que melhorias podem vir a acontecer. Mas elas existem, ainda em proporções insípidas, mas o simples fato de quebrarem, mesmo que forma tênue, a inércia que tenta tomar conta da atividade, a impossibilita pelo menos de regredir.
Teremos que implementar nossas fontes de comunicação. Aumentar nosso volume nas mídias de massa. Tentar atrair colunáveis para o seio de nossas disputas. Transformar enfim estas, em points sociais. E o que nós falta para fazê-lo ?
Local temos, aliás num dos mais idílicos rincões de nossa cidade. Qualidade de artista já testados, não nos faltam, precisamos apenas de um número maior de investidores que apliquem no aumento de nosso rebanho anual. Falta-nos principalmente publico, que acarreta pouco movimento geral de apostas, razão principal para a fraca compensação financeira repassada a criadores e proprietários, em forma de premiação. Respeito que deveríamos ter como um ação nobre?
Recentemente fui alertado, para impropriedades cometidas no hipódromo de Cidade Jardim, tais como me foi repassado, que nas eleições do conselho daquela entidade houve conselheiro que usou em oito oportunidades seu direito de votar em sua chapa. Como diria um velho e calejado turfísta querendo passar um verniz, tentando criar uma falsa legalidade. Houveram outros? Foi uma verdade provado o ilícito? Confesso que não maturo a situação, quanto mais a monitoro, pois, nem sócio no sou. Assim sendo deixo ao encruzilho popular o veredicto da ação.
Que conclusões chegaria o prefeito, que na impossibilidade de receber os impostos que acredita que sejam devidos pela entidade à cidade, tenta resgatar o terreno que está situado na área de maior custo por seu metro quadrado? Atitudes como estas - de ambas as partes - apenas compactuam com a idéia hora vigente na mente de muitos, de literalmente estarmos vivendo o começo do fim.
Na idade em que encontro, quanto menos problemas tiver, melhor a coisa funcionará. Rixas, as evito. Batalhas campais, nem pensar. Espero apenas que o JCSP encontre seu caminho e que num espaço curto de tempo, volte a trilar o sucesso que um dia teve e hoje só faz parte de um saudosismo de pessoas como eu, que o viveram, o curtiram e sentem imensas saudades.
PAPO MELANCÓLICO DE BOTEQUIM. ESTRIPA SEUS SONHOS. ESTUPRA SUA REALIDADE
Quando escrevi isto, eu era assim e lá se vão mais de 10 anos. Onze para ser, mais preciso.
Muitas vezes o que se escreve não é aquilo que propriamente as pessoas gostariam de ler. E isto se torna um problema em seu futuro literário. Lembro-me como se fosse hoje, quando passei a ser parte do turfe, e não sabia nada sobre filiações, apenas sobre jogo, que um velho conhecido me disse uma coisa que aterrorizou-me do último fio de cabelo, à ponta do dedão do pé; não existe a barbada.
Numa idade em que a gente quer que sua vida pareça um filme, descobrir-se que embora os filmes sejam feitos para parecer com a vida, eles não o são, choca. Deprime. Senti-me como no Castelo de Kafka, derrotado em minhas próprias crenças, coibido em minhas mais ferrenhas ilusões e pronto a aceitar uma metamorfose e transformar-me num inseto. De uma hora para outra passei a habitar em uma fábrica de pesadelos, não mais de sonhos. Mas simplesmente não abandonei a atividade que acabara de descobrir que amava. Tentei descobrir por que a barbada não existia, e sem querer descobri uma razão por trás daquilo que para mim, até então, era apenas um jogo de números e probabilidades.
Pois bem, os anos se passaram, aprendi um pouco mais sobre a atividade e hoje relembrando aquele amigo, tenho o dever moral de dizer aos criadores de cavalos de corrida, que não existe a certeza, em qualquer projeto que se leve avante em se tratando de turfe. Seria isto uma profecia ao descalabro? Creio que não, apenas a certeza que para se viver um sonho, temos que saber conviver com os inúmeros pesadelos, que se postam à sua frente. Achar o caminho certo. Enveredar pelo mesmo e conseguir chegar lá, é uma tarefa árdua. Vista por muitos até como insana. Logo perseverança é algo escatológico.
E lá chegando, como se manter? Esta é a grande vantagem desta atividade. Se você faz as coisas certas, usa quem deve usar, e consegue chegar lá, existe uma grande probabilidade de você lá se manter por um breve período, Aconselho apenas que aproveite em período de bonança, se recicle, pois, as coisas não são eternas e o sucesso menos ainda.
Mas voltando a este amigo a quem me referi no inicio desta nota, diria que ele bebia. E bebia demais. Mas, ao contrário de muitos que se tornam sorumbáticos com o álcool, poderia certamente acima de tudo ser considerado um elemento altamente espirituoso, até com a cirrose que o levou um dia - acho eu que muito antes da hora - para aquela que muitos acreditam ser a melhor.
Uma tarde, encontrando-o no Degrau, o vi a frente de um duplo whisky extravagantemente sem gelo e brinquei, sentando-me a seu lado: ninguém lhe disse que isto é uma morte lenta? Ao que ele respondeu; e quem está com pressa? E foi ai que eu compreendi o espirito da coisa. Na vida de um viciado ou mesmo na criação de cavalos de corrida tem gente que está a caminho de um morte lenta, mas por letargia, espírito de autodestruição ou a simples falta de uma vontade maior, tem a mesma linha de raciocínio, do amigo citado. Vivem a era do cinema falado, achando que estão ainda assistindo a filmes mudos, quando na realidade eles é que são surdos.
Desculpem, mas não consigo me adequar, sequer entender esta forma de ser. Como diria vó Adelina, quem vai para a chuva , sabe que vai se molhar. A atividade não é simples e o mercado muitas vezes cruel. Um mal reprodutor, lhe destrói três ou quatro gerações de seu Haras, isto se você for rápido o suficiente, em sacar o buraco em que se meteu. E isto não apenas aniquila seu Haras. Estripa seus sonhos. Estupra sua realidade.
MAS DESDE QUE A HUMANIDADE
SE TORNOU AUTO SUFICIENTE,
QUE EXISTEM A QUELES QUE DÃO CERTO
E OS OUTROS QUE FAZEM
VOCÊ DAR CERTO
CADA QUAL EM SEU LUGAR
Como na construção civil, você contrata os serviços de um arquiteto, escolhe um projeto e dentro de seu orçamento determina a uma construtora, como levar sua obra adiante. mas pronta a casa, você tem que mante-la e faze-la funcionar. Assim sendo é necessário, projeto, equipe e gerenciamento. Nada foge disto. E quando os resultados começam a acontecer, você - como escrevi anteriormente - tem que estar pronto para reciclar, pois aquele sucesso não lhe será eterno. Coisas desaparecem e se deterioram.
A minha grande dúvida sobre o sistema de shuttle é simples de ser entendida. Descobrir um bom garanhão é uma coisa complicada e difícil. Agora trazendo todos os anos diferentes garanhões, como se esperar estar na maioria das vezes estar certo. Isto é, acertar três em oito, ou quatro em dez? E quando se acerta pelo menos um: chega-se lá, mas como manter-se, se uma das razões de sua ascensão, não voltou no ano seguinte? Ter chegado ao topo da escada e ser obrigado a descer, acredito que seja mais duro para muitos, que nunca ter lá chegado.
Muitos são os detalhes que devem ser notados. Por exemplo, muita gente achou que Bal a Bali não chegaria aos 2,400m por ser filho de um grande transmissor de velocidade. Quando o filho de Put it Back, quase perder a carreira para Hendrix, - numa direção magistral do Ricardinho - na disputa do Derby, imediatamente os cavaleiros do apocalipse garantiram, que outra, naquela distância, ele não ganharia. Ai, na prova seguinte, um preparatório para o GP. Brasil, a profecia quase se torna realidade quando um elemento ainda não ganhador de grupo, pôs em dúvida sua vitória. esqueceram-se que ele não devia estar no ponto, já que semanas antes parecia ter sido vendido. Veio o Brasil e ele deu um passeio. A turma não é forte? Talvez, mas em todos os meus artigos, nunca deixei de enaltecer a sua classe e sei exatamente por que assim o fazia. E agora revelo: porque o pedigree é um mapa, onde certos posicionamentos são mágicos. Explico-me.
Será que o fator e sua mãe ser Clackson ajudou? E o de sua terceira mãe ser Nijinsky, não garantia stamina? Terceira mãe? Perguntariam alguns céticos. Sim terceira mãe. Desculpem aos descrentes que assim não o pensam, mas cavalo, tem mãe, avó, terceira mãe e isto é a trilogia que o leva a uma linha materna. Linha materna esta, que no caso de Bal a Bali é por demais duvidosa, já que ele é o único ganhador de grupo proveniente da linha 3, na atual temporada. Mas a estrutura genética de sua mãe garante não só stamina como também classe. Perguntem aos patrocinadores e aos correntistas, qual a importância de Nijinsky com pai de segunda mãe, e eles lhes responderão que ele é o segundo melhor, com 8 individuais ganhadores de um total de 16 provas de grupo na atual temporada. Sendo três de graduação máxima. Bal a Bali que ganhou três provas na milha e meia. Blazing Speed que ganhou este ano a Champions & Chatter (Gr.1) de Hong Kong e pertence a esotérica linha 26. E finalmente Leading Light que acaba de ganhar os 4,000m da Ascot Gold Cup? Quem pode me garantir que Nijinsky, ali posicionado, não lhe garanta stamina? Agora para os que não notaram, é mais fácil se viver os pesadelos do que os sonhos. E para estes pobres de espirito lanço outro pesadelo ainda mais avassalador. Tanto Blazing Speed quanto Bal a Bali, tem como avós filhas de Ogygian. Seria apenas uma coincidência? Uma conspiração austral? Eu diria que não. Afinal para quem acredita em pedigrees e sabe como dissecá-los, isto se chama um pattern.
O meetings de Royal Ascot, Arc, Saratoga e Keeneland, são quatro exemplos de topos de escadas. Todos - evidentemente com sanidade mental - querem chegar lá, poucos o conseguem e apenas alguns, são capazes de manter-se. E quando nestes meetings, você identifica um determinado pattern, por que não copiá-lo, em um centro menos competitivo, mesmo que tenha que utilizar-se de mensageiros, de menor valor?
Sei que muita gente não gosta de ler o que acabei de escrever, afinal não são apenas os avestruzes que enterram suas cabeças, ao primeiro sinal de perigo. Mas erradicar de suas mentes estes conceitos, é como ser viciado em bebida e acreditar que não há pressa em morrer.
ACORDA BRASIL



























