Tome conta do que é seu!Se você for a Australia e quando entregar seu passaporte sentir da parte do funcionário do setor dos costumes que ele o olha de forma distinta, corra. Aqui se castra, por nada.
Já comentei isto anteriormente. Como são muitos bons os prêmios na Austrália e existe sempre uma forma de você encaixar o seu cavalinho devido ao grande número de hipódromos em funcionamento de forma simultânea, lá compra-se físico, mas nem sempre muito pedigree. E quando isto acontece, a primeira coisa que fazem é castrar seu pupilo, já que o quadro de reprodutores naquele continente pode ser considerado internacionalmente fashionable. Mas olhem os números que apresento a seguir.
Fechamos até aqui 21 provas de grupo, sendo que 15 vencidas por elementos nascidos machos. Pasmem, mas o número de elementos castrados excede até as mais otimistas perspectivas. Foram 13. Isto significa um percentual de 86,66%.
Mas o que me faz esta semana voltar a falar sobre a Austrália é seu cometimento com o Rasmussen Factor, teoria que naquele continente foi desenvolvida pelo jornalista Leon Rasmussen. Destas 21 carreiras de grupo disputadas, sete foram vencidas por elementos que trazem em seu pedigree o RF até a sexta geração. Este percentual de 33.33%, hoje está inferior ao obtido até aqui no continente asiático, onde para um igual número de carreiras, houveram nada menos que 12 elementos possuídores do RF. Resumindo, 57,14%. mas não é exatamente aí que quero chegar.
Esta semana, o castrado de quatro anos Fair Trade (Danewin-Villa Igea por Papal Power) venceu em Flemington, os 1,400m do Hayes stakes (G3) em 1'22"50. Até aí, nada que possa impressionar. Outrossim, ao se analisar seu pedigree, a primeira coisa que me vem a mente é o fato dele ser um descendente direto de Mumtaz Mahal (9-c*). Pelo augusto ramo de Mumtaz Begun/Sun Princess, sendo a última, a mãe de Royal Charger.
Pela imagem do simulcasting de Gulftream me pareceu um cavalo lindo. De uma linha materna consagrada na produção de garanhões, melhor do que isto, de chefes de raça. Pois, além de Royal Charger, deste veio igualmente desvendem Nasrullah e Kalamoun e os menos votados Nizami, Risen Star e Longlet. Porém isto não parece ter sido apelo suficiente, já que castraram o bicho. Mas o que me deixa ainda mais impressionado, é o fato dele além de ser filho de um bem sucedido filho de Danehill, sua quarta mãe é Eight Carat.
Para os desavisados, a não ganhadora em cinco saídas as pistas Eight Carat (FOTO) talvez possa ser considerada uma das cinco melhores produtoras do mundo, dos tempos contemporâneos. Ela é responsável por nada menos que cinco ganhadores de graduação máxima, Diamond Lover (Sticks and Stones), Kaapstad (Sir Tristram), Marquise (Gold and Ivory), Mouawad (Zabeel) e Octogonal (Zabeel). Logo tê-la em sua linha baixa, me parece bom negócio.
Parênteses. Apenas a titulo de curiosidade, três dos cinco ganhadores de graduação 1 produzidos por Eight Carat, são descendentes diretos por via alta de Royal Charger, via seu maior mensageiro no continente australiano, Sir Tristram. Fecha parenteses.
Mas aqueles que possuem Fair Trade não tiveram olhos para o lado reprodutivo da questão. E o crime é ainda maior, do tipo inafiançável quando se presta maior atenção nos meandros deste pedigree. Olhando com mais atenção observaremos que existe um Rasmussen Factor, formula 1 em Cotehele House, por intermédio de seu filho Danewin o pai de Fair Trade e por sua filha Wycombe, esta a mãe de Villa Igea, a mãe de Fair Trade. Isto significa que Cotehele House, uma filha direta de Eight Carat, age neste pedigree na razão 2x3 e consequentemente Eight Carat na razão 3x4.
Um cruzamento que me parece uma obra de arte. E que se repetido em sequência, poderá um dia brindar o público com um cavalo fora de série.
OS CRUZAMENTOS QUE AGREGAM RFS FORMULA 1 TEM SIDO DE UMA EFICÁCIA ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA. VEJAM ESTE QUE APRESENTO A SEGUIR.
Esta sendo oferecida por aqui uma reprodutora pelo consagrado pai e avô materno Silver Hawk, numa irmã materna da mãe do mais insinuante velocista da era moderna do turfe norte-americano, Artax. Esta reprodutora citada se encontra cheia de Forest Grove (Forestry-Storm Cat).
O que isto possa sucitar de importância neste artigo?
Fagers Charisma, avó de Artax - e consequentemente da mãe desta reprodutora em questão - é igualmente a avó de Charm a Gendarme, mãe de Forest Grove. Logo, o produto a nascer, se não já nasceu, como seu predecessor um potro de 2008, terá um RF formula um. Coisa que catalogo algum do mundo será capaz de publicar com as três gerações que conta de espaço.
Não seria esta uma grande oportunidade de aquisição, em se tendo em conta a fragilidade em que se encontra o mercado de cavalos de corrida aqui neste pais?
