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sexta-feira, 24 de abril de 2009

ENTREVISTA COM WOODY STEVENS - TERCEIRA PARTE


Continuação

"A velocidade de Danzig era algo sobrenatural. Nunca tinha experimentado nada igual. Sua invencibilidade em pista e pelos tempos e distâncias como ganhou, me fazem crer que ele seria imbatível se os seus joelhos tivessem aguentado".


RG - Voltando as boas recordações, quem foi o melhor cavalo que o senhor treinou?
WS – Danzig.

RG – Era o que tinha maior classe?
WS – Não. Mas o que certamente tinha mais velocidade. E com os joelhos que tinha, demonstrou talvez ser uns de maior coração.

RG – Os joelhos lhe deram muito trabalho?
WS – Não sei se trabalho propriamente dito. Mas com certeza foi a razão de muita insônia.

RG – Outros a se citar?
WS – Vários. Tive o privilégio de treinar um bom grupo de excelentes cavalos. Muitos seriam os melhores nas mãos de outros treinadores menos afortunados que eu. Mas poderia dizer que Conquistador Cielo era o de maior classe. Mas um cavalo que não era muito afeito a luta. Gostava de traçar seu próprio caminho. Por fora de todos, sem contato. Se prejudicado por algo, mesmo com algo que apenas lhe chamasse a atenção, podia não ser o mesmo. O que fez naquela semana do Belmont, não creio que um outro cavalo seria capaz de fazê-lo. E isto o coloca entre os grandes de nosso turfe.

RG – Esta vontade de traçar seu próprio caminho, foi a razão dele ter perdido o Travers?
WS – Possivelmente. Era um tira-teima entre os ganhadores do Derby, do Preakness e do Belmont. E acabou dando Runaway Groom. Isto não lhe parece curioso?

RG – Quais outros cavalos o senhor gostaria de citar?
WS – Acho que Devil’s Bag talvez tenha sido o mais precoce cavalo da história deste pais. Tinha uma habilidade natural que nunca virá até o momento. Achei que com ele aos três anos iríamos dominar o cenário.

RG – Tive o privilégio de assistir em Hialeah o Flamingo. O que aconteceu naquele dia?
WS – Time for a Change e Dr. Carter eram muito bons cavalos, mas Devil’s Bag nunca demonstrou ser o mesmo da temporada anterior. Foi uma mudança rápida, pois, no preparatório do Flamingo ele ganhou bem. Não, como realmente queria, mas levei em conta a inatividade. Ele deveria evoluir, o que não foi o caso.

RG – Ai ele ganhou o Derby Trial e mesmo assim o senhor não o correu no Kentucky Derby?
WS – Não havia sentido.

RG – Pelo que entendi, seu melhor cavalo foi Danzig. O de mais velocidade. Conquistador Cielo o de mais classe e Devil’s Bag o mais preococe. Como situaria Swale, neste seleto grupo?
WS – Por estas ironias da vida era o de maior coração. E foi morrer ainda jovem por insuficiência do mesmo. O que a principio pode parecer um paradóxico. Mas esta é a vida. Talvez com mais tempo ele se provasse até superior a Danzig, mas a velocidade de Danzig era algo sobrenatural. Nunca tinha experimentado nada igual. Sua invencibilidade em pista e pelos tempos e distâncias como ganhou, me fazem crer que ele seria imbatível se os seus joelhos tivessem aguentado. Sempre fui um amante da stamina, mas creio que me apaixonei pela velocidade de Danzig. Tanto assim que convenci Seth (Hancock, o dono da Claiborne Farm) a tê-lo como garanhão na mais importante fazenda do mundo. Ele não tinha a campanha que seth exigia entre seus garanhões. mas graças a Deus ele me ouviu. E o fiz, porque tinha confiança que aquela velocidade se transmitida a seus filhos, seria a marca de um novo grande garanhão. Luro me disse que esta mesma eletricidade estava contida em Northern Dancer (pai de Danzig). E isto normalmente não falha reprodutivamente.

RG – Algum comentário sobre Gone West?
WS – Bom cavalo, de excelente físico e pedigree. Mas não pode ser colocado no mesmo nível dos que citei. Achei que me daria o sexto Belmont. Infelizmente estava enganado.

RG – Se Forty Niner ganhar as duas provas restantes nesta tríplice coroa, o Travers e a Classic, o senhor o colocaria neste mesmo grupo?
Ele sorriu.
WS – Se ele ganhar todas estas carreiras para mim, o colocarei em minha casa em frente da lareira!

RG – Para terminar duas perguntas que sempre faço aos treinadores que entrevisto. Qual foi o melhor cavalo que o senhor viu correr?
WS – Secretariat.

RG - E o que o senhor gostaria de ter treinado?
WS – Aí a lista seria grande...

RG – Pelo menos alguns.
WS – Secretariat, Kelso, Forego, Ruffian... muitos.

"Sempre fui um amante da stamina, mas creio que me apaixonei pela velocidade de Danzig".

Renato Gameiro - Pimlico racecourse May de 1988