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terça-feira, 28 de abril de 2009

PAPO DE BOTEQUIM - ABRIL 27


HOJE TOMANDO CAFÉ NO DELANO E GASTANDO O LUCRO DE ABOVE AVERAGE (25-1), PENSEI PORQUE AS COISAS ACONTECEM NOS PEDIGREES.

E CHEGUEI A ALGUMAS CONCLUSÕES QUE REPASSO A MEUS PARCOS LEITORES

Tem muita gente que gosta do que faz, mas nem sempre faz o que gosta. Isto é, o individuo adapta-se ao que o destino lhe reserva. Admiro esta resignação. Infelizmente não a tenho, talvez por ter tido a pachorra de anos atrás decidir por meu próprio caminho. Não que não gostasse de exercer minha profissão, a arquitetura, mas sempre tive a certeza que não era aquilo que eu realmente queria.

Hoje a exerço muito mais. creio qu bastante do que aprendi em arquitetura o uso nos cavalos de corrida. Exemplos? Tudo para mim funciona como um projeto, com começo, meio e fim. O cavalo de corrida, como qualquer obra, tem proporções e para mim fica muito fácil aquilatá-las. Os pedigrees possuem estruturas próprias, as quais as chamo de equações genéticas e estas correlacionadas convenientemente lhe mostram a luz no fundo de qualquer túnel. Na verdade a formação profissional de um arquiteto o faz saber um pouquinho de tudo, torna-o rico em conhecimentos gerais e o mais importante de tudo, na detecção do detalhe.

Em uma atividade regida pela genética, logo calcada em incertezas, existem algumas certezas básicas. Como assim? Case um japonês com um norte-americano tipico, alto, louro e de olhos azuis e você certamente não terá um louro de olhos azuis. A formação craneana, o puxado dos olhos e a cor dos cabelos, tenderá para o lado oriental. A altura e a conformação mais alongada poderá tender para o lado ocidental. E o porque disto? Porque certas caractarísticas ficam marcadas ao longo de gerações, por causa de repetidos cruzamentos. O mesmo acontece entre o negro e o branco, onde o mulato é um dos maiores exemplos. Até a cor dos olhos pode tender a um verde, mas os cabelos e o chocolatado da pele, dificilmente deixarão de estar lá presentes.

Nos cavalos de corrida isto igualmente acontece. principalmente por serem raãs dirigidas pela mão do homem. Certas raças atuam de forma a se tornarem dominantes em certos aspectos. Detectá-las e saber distinguir suas melhores características de transmissão é o dever de todo agente ou criador. Na entrevista que publiquei neste blog com Woody Stephens ele captou que Danzig tinha a mesma eletricidade que seu pai Northern Dancer havia transmitido para a grande maioria de sua progênie. Convenceu a seth hancock a trazer m cavalo sem vitória clássica para dividir n Claiborne paddocks com champions do quilate de Nijinsky, Secretariat, Damascus, Mr. ProspEctor e outros de igual nível locomotor.

A Austrália, por muito anos teve as mesmas condições que os demais países do hemisfério sul. Importava elementos de segunda classe, alguns até com pedigrees de primeiro nível. As chamadas ovelhas negras. Mas, pouco a pouco, foi formando sua própria raça e cavalos como Star Kingdom, Sir Tristram e mais recentemente Danehill, moldaram um perfil aptitudinal para os cavalos nascidos tanto na Austrália quando na Nova Zelândia. A facilidade do idioma e as relações comerciais daquele continente com a Inglaterra facilitaram o sistema de shuttle e o que havia de melhor no mercado passou a lá pousar no segundo semestre. Hoje aquele continente é uma realidade.

Outrossim, seus criadores não se descuidaram e ao invés de partir para aquela febre comercial existente nos Estados Unidos de cruzar o bom com o bom, para vender o melhor em Keeneland, sem critérios ou cuidados maiores, tanto os Aussis como os Kiwis, abraçaram-se em teorias de cruzamentos. Hoje lideram o hemisfério e sempre que saem para a Inglaterra não voltam de mãos vazias. O Japão adotou a mesma metodologia e hoje floresce como uma das grandes forças do turfe mundial.

Mas vamos deixar os prólogos de lado. Toda semana analiso o pedigree dos ganhadores de grupo pelo mundo e descubro técnicas novas e antigas de sucesso. Não sei se outros interessados nesta atividade no Brasil e no resto da America do sul, o fazem também. Deveriam, penso eu. Os que o fazem entendem com inequívoca clarividência, o qual importante isto poderá ser para o futuro de suas investidas, seja na seleção de um produto para a corrida, seja para um elemento para a reprodução.

Bonitos muitos cavalos o são. Mas que realmente correm, poucos. Aprendi isto vendo carreiras em Belmont Park para perdedores aos cinco anos, onde mais da metade do campo era formado por cavalos que fisicamente estavam bem acima da média.

Esta semana na Austrália, como pode ser visto neste blog, houveram nada menos que sete provas graduadas, sendo quatro delas em Randwick, de graduação máxima. Um pedigree me chamou a atenção. A de um égua de seis anos chamada Amberino. Me chamou a atenção, a primeira vista, pela fragilidade estrutural do mesmo. O fato da pista de corrida não ser o lugar melhor, para uma senhora desta idade foi o ponto inicial de minhas constatações. O breeding-shed sim. Mas como levá-la a reprodução, sendo ela uma filha de Perugino, numa mãe Rustic Amber, numa mãe Comeram, descendente da apagada família A10? Com0 fazê-lo se esta senhora possuía apenas 12 chefes de raça em suas primeiras cinco gerações? E que na reprodução irá contribuir com apenas 5 para o produto a nascer de seu ventre? Vejo este problema constantemente quando faço as cartas de monstas de certos clientes brasileiros. Mas ao mesmo tempo, como ela galgou com sucesso a esfera clássica? Um aborto da natureza? pensei melhor. "Haveria de haver algo no reino de Abrantes", como diria minha saudosa avó Adelina. Esmiucei e achei.

Perugino é um ¾ irmão de Sadlers’s Wells, matungo de primeira qualidade que levado a pista correu em uma oportunidade, não ganhou e convenientemente foi preservado da desmoralização e exportado para o breeding-shed australiano, onde, como era esperado, pouco produziu até o presente momento. Como Geiger Counter e outros irmãos dos irmãos não o fizeram pelo mundo. Nossa top model Gisela têm quatro irmãs. Todas louras. Mas nenhuma como ela...

Provavelmente por tédio ou influência da solidão o proprietário de Amber Plate tenha a coberto com outros reprodutores em seus três primeiros anos reprodutivos. Nada conseguiu de produtivo. E no quarto, sentindo que as dificuldades surgiam a cada momento e os estavam levando a lugar algum, resolveu tentar Perugino e com isto evidenciar um Rasmussen Factor em Thong, já que esta importante chefe de raça é mãe de Special, segunda mãe de Perugino e igualmente mãe de Thatch, este o avô paterno de Rustic Amber. E a abóbora se transformou em uma carruagem de cristal. O produto deste cruzamento virou Cinderella e ganhou este fim de semana a milha do AJC Emancipation stakes (Gr.2).

Foi obra do acaso. Acredito que não, pois, este mesmo criador já havia tentado Amber Plate com Geiger Counter, determinando um mais ousado Rasmussen factor em Thong 2x5, mas evidenciou igualmente um Dosage Index excessivo de 5. Em contra partida o de Amberino é de 2,20. "Nem tanto ao mar, nem tanto ao vento" como diria a saudosa Adelina, mas da mesma forma, água que bate na pedra constantemente, um dia cria a ruptura...

Seria Amberino uma craque? Com uma certeza messiânica afirmaria que não, sem medo de estar cometendo uma injusti;a. E porque ela não é, já que trás a duplicação do cruzamento Forli-Thong? Simples de se entender: os mensageiros não são fidedignos. Porém, mesmo assim, criaram a oportunidade do aparecimento de um elemento de esfera clássica. Logo, houve uma melhoria substancial dentro de uma equação genética arquitetada por alguém, que não conheço mas para quem tiro o chapéu, pois, a tentou em mais de uma oportunidade.

Tenham certeza de uma coisa que minha profissão me ensinou. Por mais parcas que possam ser as ferramentas, qualquer um pode erigir uma moradia. Tudo é questão de tenacidade e observação. Esta seria a base do raciocínio que todo criador brasileiro e da América do Sul deveria ter quando idealizasse seus cruzamentos. Reforçar por meio de imbreedings e Rasmussen factors os resquícios de qualidade e as carencias de transmissão, que o pedigree de sua égua ou de seu reprodutor possa ter.

Chegaram as torradas. Vou ter que parar por aqui.