DE BOAS INTENÇÕES O INFERNO ESTÁ CHEIO E A CBF TAMBÉM!”
Terminou aquela que pode ter sido a mais fraca Copa da era moderna e quiça de todos os tempos. Para se ter uma idéia, o campeão da mesma, a Espanha, precisou de 27 minutos a mais e o uso de 20 distintos jogadores, para ultrapassar a marca de 8 gols consignados por Ronaldo sozinho, na Copa de 2002. Acho que isto define por si só, o que foi esta Copa. De um mediocridade incomparável, impregnada de sandices e incoerências, que só pode ter agradado a aqueles dados a um conformismo burguês.
Apenas a Alemanha, por breve período, parecia ser o time que poderia dar algum brilho a competição. Outrossim, em duas oportunidades demonstrou sua total instabilidade. Mudava de ritmo, como uma faceira adolescente, muda de humor.
Acredito que vão dar a Inesta o premio de melhor jogador da Copa. Ele realmente é um bom jogador. Mas poderia ser ele comparado a outros que ganharam esta distinção em Copas anteriores, como Beckenbauer, Pelé, Maradona, Zidane, Romário, Garrincha? Não creio que seja possível um mera comparação. Em momento algum pode ser atribuído a ele a capacidade de respirar o ar dos anteriormente citados.
Aqui entre nós. Ninguém é laranja por acaso. Três finais. Três derrotas. E uma coisa é certa. Se aquela máquina de jogar futebol que era a laranja mecânica dos anos 70 não ganhou, não seria justa esta laranjada azeda, a fazê-lo, agora. Ademais a Holanda, vice campeão, foi durante toda a competição o time mais desleal, o que mais fez faltas, o que mais reclamou e o que mais malandragens tentava aplicar. Os dois carecas eram useiros e vezeiros em tentar aprontar. O seu número 6, o tal de Martin Bommel, - não confundam com Martim Bormman que tinha o mesmo carácter, mas foi de uma outra época e era alemão - que muito me lembrava a Dunga, quando este era jogador, pelo pequeno tamanho de seu futebol e pela grande deslealdade com que entrava em seus adversários. Contra o Brasil, só faltou puxar de um punhal. Todavia, não sei se por hipermetropia, estrabismo ou astigmatismo o juiz japonês não tomou o menor conhecimento de suas atrocidades. Foi por isto que o Brasil perdeu? Evidentemente que não, porém, isto somado aos dois legitimospenaltys não dados em nosso favor, contribuíram em muito.
Agora deixar um juiz japonês apitar nosso jogo, foi a meu ver uma total irresponsabilidade da parte da CBF. Experiência e tarimba é o mínimo que nossa confederação deve exigir na escalação de um árbitro. Afinal até os uruguaios dissuadiram os organizadores da competição a escalar o juiz inglês – o que acabou apitando a final – se não me engano em seu jogo contra Ghana, por achar que ele poderia se vingar, das atrocidades levadas a efeito pelo juiz uruguaio, na partida em que a Inglaterra foi goleada e eliminada da competição pela Alemanha. O que sugere que a confederação uruguaia, tem muito mais força que a brasileira. Força e certamente inteligência.
O futebol está decadente. Muito dinheiro e pouca objetividade. As federações estão praticamente dirigidas pelos patrocinadores. Não existe mais aquele condicionamento de defender a pátria. Ainda mais que no time adversários sempre existem três ou quatro companheiros seus de clube. A FIFA quer agradar a gregos e a troianos. As arbitragens foram abaixo da critica. para onde estamos indo?
Ganhou a Espanha que soube manter a base de um time que andou na proa do futebol mundial estes últimos anos: o Barcelona. Sete de seus jogadores foram titulares. Se conheciam bem e jogavam dentro de sua pátria. O que ajuda em termos de espírito. O conservador treinador espanhol – que em muito me lembra o Felipão - usou o sistema que usamos antigamente, além de montar uma família, não apenas um time e muito longe de ter escalado um ajuntamento de jogadores,m como Dunga e Parreira o fizeram. Tivemos, a uma determinada época como base, o Santos, o Botafogo. Hoje é impossível. Os times brasileiros estão esfacelados. O jogador que aos 18 anos mostra alguma qualidade, migra para o velho mundo, tão logo faz 18 anos. Mas, o Dunga nunca acreditou nos jovens. Questão de gosto. O que sei é que Pelé ganhou a sua primeira Copa com 17 anos. Outrossim a seleção de Dunga tinha uma idade média de 29,3 anos. Não teria sido melhor colocar a defesa brasileira e do meio de campo para frente a meninada do Santos? Até o Robinho jogaria melhor.
Agora estamos para colocar outro técnico no lugar de Dunga. Felipão seria a solução, mas não vai ser fácil. Poucos tem conhecimento porque ele largou o comando depois da conquista em 2002 e porque não aceitou assumir depois do fracasso de Parreira em 2006. A CBF não tem como lhe dar, aquilo que ele exige. E não estamos falando de dinheiro.
O Murici Ramalho, tem a qualidade técnica mas não o perfil que a CBS exige. O Leonardo tem o perfil, mas não provou ainda ter a qualidade técnica. O Wanderley Luxemburgo parece queimado, definitivamente, para o todo e sempre. Assim creio que o Mano Meneses, seja a melhor, ou melhor a única opção. Se não a melhor, pelo menos a mais viável de acerto a médio prazo.
Esta foi uma Copa que não deixa saudades. A única coisa boa, é que agora são 8 as nações que podem ostentar estrelas em suas camisas. Desta forma, pouco a pouco, a Copa do Mundo está deixando de ser o Clube do Bolinha, ou melhor o Clube dos 7 e se tornando um evento aberto a todas as nações, que acreditem ser possível.
Este ano numa Copa fraca, Espanha e Holanda foram a final. Parabéns a ambos. Séculos atrás, quando o mundo ainda era fraco, foram exatamente Espanha e Holanda, que juntamente com a Inglaterra, dominaram o mundo.
Vamos ver o que vai acontecer aqui no Brasil em 2014. Até lá, procura-se um goleiro para o Flamengo que não seja dado a ações mortíferas, e um treinador para a seleção brasileira, que acredite que possamos jogar futebol.
E o que isto tem a ver com a Bo Derek? Absolutamente nada!