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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

PAPO DE BOTEQUIM: SEM PERDER A CORAGEM

Outro dia me referi a Cervantes como um ícone na literatura espanhola. Creio que o fiz merecidamente, pois, em minha opinião, Miguel de Cervantes Saavedra, não foi apenas um escritor de ficção. Foi igualmente um poeta, um novelista, um escritor de peças e acima de tudo um pensador. Quem se aprofundou em sua obra, como eu fiz, quando ainda adolescente, sente esta sensação.

Pois bem, um de seus personagens, talvez o mais famoso de todos e certamente o mais problemático, Don Quixote de la Mancha, foi indubitavelmente o que marcou mais época. Pois bem este idílico personagem nascido de sua imaginação como Alonso Quixano vivia a crise dos 50 anos e saído de uma seção de uma região chamada La Mancha resolveu combater a moínhos como estes fossem dragões. Mas dentro de seus pensamentos desprovidos de razão e visões alucinatórias ele transmite um pensamento que considero lapidar: O importante não é perder todos os seus bens, e sim perder a sua coragem.

Existem distintas formas de você demonstrar a sua coragem. Seja ela em termos físicos ou filosóficos.  Dentro daquilo que faço - analisar o turfe e selecionar cavalos de corrida - quando me refiro a coragem, propriamente o faço pensando única e exclusivamente na atitude de manter seus conceitos e defendê-los publicamente. Mesmo que estes desagradem a interesses comerciais, que são na verdade os verdadeiros dragões deste mercado. Outrossim a máxima de Don Quixote tem que ser mantida para o bem de seu futuro profissional. Perde-se um cliente, mas não a coragem de defender seus conceitos. Aliás eu diria, que este é na verdade é o grande desafio de quem escreve, ou seleciona um cavalo de corrida.

Escrever é um mergulho no escuro. Selecionar um cavalo de corrida, um salto em um buraco negro. Você é lido por quem o conhece e criticado por quem na verdade não o conhece. E estes críticos no escuro de seus respectivos e confortáveis anonimatos o fazem de forma implacável. Ao mínimo deslize do analista, nem que seja em relação a um gosto pessoal ou uma opinião particular, ele imediatamente o crucifica. O passado, mesmo que brilhante é esquecido. O que vale é exatamente aquele momento. Com a seleção de cavalos de corrida, a coisa funciona da mesma forma, principalmente quando você trás sucesso para uns e não para os outros, mesmo se levando em consideração, que diferentes formas de criar e treinar que cada operação exige, possam determinar o sucesso ou o fracasso de cada uma empreitada. Imaginem se Tiger Heart, More Than Ready, Acteon Man, Hard Buck e outros que tanto defendi em minhas colunas, quando ainda ilustres anonimos, não produzissem o que produzissem. Nem Poncio lavaria suas mãos.

Como sempre defendo aqui, a campanha de um cavalo de corrida é o último elo de uma longa corrente que tem seu inicio quando o óvulo é fecundado. A quebra de um elo, modifica toda e qualquer chance de aproveitamento máximo do ser em questão. Este não é um pensamento meu. É uma tese de Frederico Tesio.  Eu apenas a sigo...

Todavia, o que se diz, muitas vezes se perde no disse me disse, não foi bem assim e outras saídas providenciais, que sempre são encontradas em situações como estas. O que está escrito, não! Não só edifica sua opinião como fica gravado para sempre e gerações futuras são ainda capazes de o criticar depois de sepultado e muitas vezes já esquecido.

No futebol trocam-se de treinadores. No turfe de treinadores. Resultados são necessários e poucos são aqueles investidores que colocam a mão na consciência e procuram identificar qual é o verdadeiro problema de sua operação. E em nosso turfe, sempre existem aqueles famosos "amigos"  - aqueles que rotulo como os papagaios de pirata - que nos ombros destes investidores e não tendo um centavo sequer a perder, pois, nada investem a não ser saliva, se tornam atormentadores da mente alheia. Quando se aproximam e iniciam aquele celebre frase, "se eu fosse você..." creiam é o inicio do fim.

Quero deixar claro que não tenho procuração e muito menos sou dado a me meter em desavenças alheias, mas que o criador e proprietário Milton Lodi está com toda razão ao comentar que existe um exagero na graduação hoje aferida ao um dia importante, mas hoje nem tanto, GP. Paraná, disso não tenho o menor resquício de dúvida. Muita gente assim o pensa, mas apenas o Milton teve a coragem de colocar no papel. Não foi uma atitude politicamente aprazível. Todavia, que me desculpem aqueles poucos que assim não o pensem, mas um simples comparação dos campos dos anos 70 e 80 desta carreira, com os das duas décadas seguintes, servem de prova inequivoca, que a casa ruiu. Porque? Existem enumeras razões e não serei eu a enunciá-las.

Assisti a GPs. Paranás memoráveis como os de Negroni, Arnaldo, Grão de Bico, Riadhis, Reichmark, Clackson, Zirkel e Kigrandi, cavalos estes que se provaram em outros prados, serem verdadeiros ganhadores de graduação máxima. Não apenas eventuais como Inanias e Cia. Mas de 20 anos para cá, quando aparece um Baccarat e um Mr. Nedawi no Tarumã, temos que levantar as mãos para o céu. O que afirmo em relação a esta prova disputada nas areias deste histórico hipódromo se aplica a outra carreira, o Bento Gonçalves do Cristal. Ou será que o bi-campeão Starman, provou na Gávea ter o mesmo calibre do que apresentou no Rio Grande do Sul? Falo de Starman, pois, pertenci a operação deste corredor, logo, sei do que estou falando. O Guignoni é capaz de feitos memoráveis, de descobrir carreiras que melhor chances dão a um seu corredor, mas ainda não provou ser mágico ou milagrero.

Novamente desculpem.me, mas não podemos equiparar maças com batatas. E nem dar ouvidos a deturpadores da razão alheia que imediatamente saem a caça de alguém que expressou sua opinião e a provou com a simples apresentação da qualificação dos participantes do GP. Brasil, GP. São Paulo e GP. Paraná de 2010. Se sua justificativa não o convenceu, espere para ver o que o ganhadores destas provas fizeram ou irão fazer a seguir. E se querem uma serie histórica, usem uma amostragem mínima dos dez últimos anos.

O que me entristece é a tentativa básica deturpatória de embrulhar esta prova - em um só pacote - com a meritória criação paranaense. Isto me parece um perigosos disturbio funcional de mentes pouco usadas e por isto fadadas ao eterno insucesso. O Jael, o Sergio Meneses, o Afonso, o Weber, o Julio, o Naninho e outros criadores sediados no Paraná, estão acima de qualquer suspeita. A validade da graduação máxima do GP. Paraná é que sim.

Já dizia minha vó Adelina, que o moribundo que grita é aquele que não quer morrer. Faço delas minhas palavras, para o caso presente. Esperando, ou melhor tendo a plena certeza, que isto não afetara em momento algum a coragem do Milton em escrever aquilo que acredita e que sua experiência e vivência lhe dita. Esta é a coragem a que me refiro.