Ainda não tive o ensejo de descobrir as vantagens de se discutir o sexo dos anjos. São anjos e pronto. Acredite o que quiser. Da mesma forma já cansei de explicar, porque deveríamos dar maiores chances ao reprodutor nacional. Quem preferir o similar estrangeiro, tenha apenas o cuidado de ter certeza que este similar seja realmente similar pelo o que apresentou em pista. Não inferior. E tenho dito.
Para dizer a verdade garanhão para mim não tem nacionalidade. Tem que ter pedigree, campanha e físico. Não importa onde nasceu. Acho muito importante que tenha tido campanha, pois, em seu book de éguas, a grande maioria não teve sucesso em provas de grupo e como diria o senhor Atualpa, um cavalo para ter classe - salvo um pequeno número de exceções - tem que tira-la de algum lugar. Afinal, classe não é que nem aveia que a gente planta, colhe e enfia pela boca do animal. Classe é algo que ele vai ter ou não, dentro do seu código genético.
Assim sendo quando eu defender ou indicar o garanhão nacional, fique claro que o faço, não por nacionalismo, e sim por que na grande maioria das vezes, ele foi em pista bastante superior ao similar que aqui aporta, com pedigrees exuberantes, nem sempre com físicos condizentes, mas de campanhas sofríveis. Muitas vezes trazidos por serem irmãos de alguém. E este é na minha opinião o inicio do fim.
Outro detalhe que gosto de ressaltar, um reprodutor nacional tem que ser respeitado em temos aptitudinais, quando ele ganhou provas importantes. Outrossim, mais do que isto de quem ganhou, como ganhou e em quantas oportunidades. Os "achadores" de uma importante carreira perdida e aqueles que ganham várias, em turmas sofríveis, devem, a meu conceito, serem olhados com com certo receio. Vou me reportar aqui a cavalos nacionais que me causam respeito por todos estes atributos, evidentemente com mais e menos grau de confiança e ai entra o seu toque pessoal de escolha.
E creio que terei que iniciar pelo centro criatório de Bagé, pelo simples fato de lá estar o maior número deles. Alguns já testados e outros ainda a serem testados. Posso me esquecer de um ou outro, pois, faço este artigo fora de minha casa, onde lá tenho todos os dados armazenados em minha nave mãe - não o Ayrton Soares e sim meu computador.
Dentro os já testados e creio com sucesso diria que Mensageiro Alado, Dancer Man, Redattore, Master Lorenzo e Acteon Man, são cinco elementos que não podem ser esquecidos. Primeiro por que em pista foram grandes cavalos de corrida, cada um em sua especialidade. E um deles, Redattore, até a nível internacional.
Mensageiro Alado não saiu do Brasil, mas venceu uma das mais difíceis provas de velocidade até hoje já realizadas em território brasileiro. Trata-se de um filho do extraordinário Ghadeer, na importada Key to the Edge, uma Sharpen Up, neta da grande matriarca, Key Bridge. Uma das obras primas de Paul Mellon.
A segunda mãe de Mensageiro Alado era Key Link, uma Bold Ruler, da onde, em minha opinião, este produto do Haras Santa Ana do Rio grande tirou suas mais acentuadas características físicas. Para mim ele sempre foi visto, fisicamente como um Bold Ruler. Ganhador de três provas de graduação máxima.
Seis são os seus filhos ganhadores de grupo que temos em meu database. Dentro das opções que teve, pode-se dizer que Mensageiro Alado razoávelmente atingiu seus objetivos.