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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

PAPO DE BOTEQUIM: NA AFRICA DO SUL, UM FARDO PESADO SE SE CARREGAR

Wagner, o ganhador este fim de semana na África do Sul dos 2,000m da Summer Cup (Gr.1) em Turf, é filho de uma égua chilena, com avó e as onze mães subsequentes, de origem argentina.  É ARG para burro!

A história vem de longe. Remonta à britânica Tears (Blair Athol e Niobe por Loup Garou), égua esta importada à Argentina em 1882, onde sediou-se no haras La Curamalan dos irmãos Eduardo e Santiago Casey. Conheço bem a linha, pois, com ela trabalhei no Ojo de Água. Linha de extrema qualidade e inusitado classicismo, principalmente no entorno da milha. A filha de Tears, Mendiga foi adquirida pelo haras las Ortigas, da família Correas. Dai para a frente, a filha, a neta, a bisneta e a tataraneta de Mendiga, respectivamente Morena, Melilla, Muchas Glorias foram produzidas no Las Ortigas. Foi quando então o Haras Ojo de Agua entrou na parada e adquiriu à uma filha de Muchas Glorias, esta uma filha do invicto tríplice coroado britânico Diamond Jubilee. Logo impossível, ela própria, de ser negociada.

Malquerida, era filha de Lord Wembley, que embora não tenha luzido como reprodutor, transformou-se em um excepcional avô materno e esta cruzada a seguir com Congreve - um dos mais importantes reprodutores da história da criação argentina -  gerou a Malavida, que de má vida nada tinha. Deu sim uma boa vida, ou melhor uma vida eterna para o Ojo de Agua.

Malavida é a mãe de Margot, e Margot gerou a sua própria árvore, pois sua filha La Maleva pode ser considerada uma matriarca, por ser responsável pelo aparecimento de cavalos de grande capacidade locomotora, como El Botija, Mocito Guapo, Mi Quimera, My Swiger, Mi Surena, Mia Serenata, La Maltrecha, La Malpensada, El Garufa, El Compinche, Driver Champ, Smart Wells, e ficaríamos aqui, o resto do dia, a relembrar mais e mais de nomes importantes.

La Juerga, a segunda mãe de Wagner, foi exportada para o Chile, onde ganhou 9 carreiras em 32 saídas oficiais a pista, estabelecendo-se como uma ganhadora de graduação 3. O que para uma Forlitano, deve ser considerada um fenômeno. Talvez o fenômeno, dos fenômenos! Tratava-se de uma filha de La Garufa, esta uma irmã materna de de la Copera, que no la Quebrada veio a produzir a um dos flyer-milers mais excitantes do turfe argentino, El Compinche. Um ganhador de nada menos de 15 carreiras e recordista em San Isidro dos 1,400m, na espetacular marca de 1'20"57.

Logo explica-se como Wagner, um produto filho de dois perdedores, tenha se graduado na mais alta escala sul africana. Seu pai Tiger Ridge é um 3/4 irmão de Summer Squall e materno de A. P. Indy, por Storm Cat, que correu em cinco oportunidades, tendo de melhor a seu favor, uma segunda e uma terceira colocações. Resumindo, um matungo do mais alto refinamento. A mãe Cosima Liszt, correu igualmente cinco, sem conseguir sequer se colocar, em uma única oportunidade. E sendo uma neta materna de Rich Man's Gold em uma mãe, que mesmo clássica, era filha do execrável Forlitano, não surpreende. Um fardo duro de se carregar... Outrossim, que a linha de La Maleva foi capaz de suportar... O verdadeiro dedo de Deus!

Como igualmente não me surpreende o fato de todo este poder locomotor, a meu ver, vir, única e exclusivamente, desta linha materna, que consegue sobreviver as agruras mais sanguinolentas de vários eletricistas.

O que tudo isto sugere? Que no hemisfério sul, mais do que no do norte, a linha baixa é essencial. Trazer irmãos de A. P. Indy, de Storm Cat, de Henri le Balafre, de Millenium, de Ghadeer, e de outros que se consagraram reprodutivamente, de pouca ou nenhuma campanha, não propicia a nenhuma andorinha a fazer qualquer verão. Como já disse, são de uma solidão oceânica e de uma total indiferença cósmica. A não ser que a linha materna do produto a se gerar, seja composta de águias. Ai eu me pergunto: porque então não cobrir estas águias com elementos de qualidade, e com isto aumentar ainda mais o potencial deste produto?

Tiremos os olhos das miragens estrambólicas dos irmãos dos irmãos e voltemo-los de forma inteligente e corajosa, para aqueles que foram realidades clássicas em pista. Este é o princípio do turfe, em se tratando de reprodutores. Com as reprodutoras, as estatísticas demonstram serem outras as prioridades. Mas isto é assunto para outro dia.