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terça-feira, 2 de abril de 2013

PEQUENO PAPO DE BOTEQUIM: É DO POUCO QUE SE CHEGA AO MUITO

Hoje é o dia dois de Abril. Para muitos, o dia seguinte ao consagrado aos bobos. Para mim, apenas a véspera do dia três, e o que seria o primeiro de uma nova etapa neste blog que está perto de completar cinco anos de existência. Mas que existe muita ação abobada neste mundo, e eu acabei de me deparar com uma. Depois de cadastrar um por um dos leitores - um total de 503, a Google me vem com uma observação que só poderia suportar um número, que na verdade era menor que 10% do cadastro. Muita gente me mandando e-mails, não sabendo por que estavam sendo recusados. Logo, o blog continuará aberto, até segunda ordem. Agora fica a pergunta, por que a Google não avisou antes?

Outro dia me perguntaram, qual era o maior erro que poderia ser cometido no turfe, e eu imediatamente respondi que o excesso. E o segundo? Eu diria que o desdém para a importância daquilo que percentualmente tem se provado como base do sucesso nesta atividade. E é exatamente isto que tentamos fazer por aqui. Mostrar quem ganha e quais coincidências cercam estes ganhadores. 

Hoje, quem não tratar de seus plantéis de uma forma minimalista, vai pecar pelo excesso, excesso este que em muitas das vezes será o grande responsável, a que você não enxergue, exatamente aquilo que está claro à sua frente e por isto deveria ser enxergado, a olho nu e em tempo recorde.

O mundo mudou e o turfe também. Não existe mais espaço para se amontoar e colecionar cavalos. Temos que ser objetivos e tentarmos nos focar apenas naquilo que realmente faz a diferença.  O que de maneira alguma é fácil. Outrossim, há de se lembrar que no mundo antigo, e não tão antigo assim, diria que de meus avós, os mais abastados moravam em casarões. Hoje eles se tornaram grandes demais e dispendiosos demais. Demandam um esforço financeiro e pessoal enorme, apenas para se manterem. E aí, quando você quer se livrar dele, só consegue alugá-lo para uma embaixada ou vendê-lo para uma construtora, que inevitavelmente o colocará abaixo.

Aga Khan foi no setor do turfe aquele que mais soube lidar com o excesso alheio. Comprou três criações importantes à portas fechadas. Separou, aquilo que acreditava ser o trigo e colocou o resto do joio a disposição de quem quisesse. Ele que recebeu com a morte de seu pai, um império turfístico combalido e cheio de dividas, diminuiu ao ponto de muitos acharem que iria extinguir-se, colocou a nova casa em ordem e se repaginou da forma que descrevemos anteriormente. Em  1977 ele pagou1,3 milhões de sterlinas pelo élèvage Alan Dupré e no ano seguinte 4,7 milhões  na mesma moeda pela massa falida de Marcel Boussac. Quanto pagou, mais recentemente pelo acervo Jean-Luc Lagardère? Confesso que não sei. Outrossim, deve ter sido muita grana. Não tanto quanto pagou pelo yacht de 164 pés Alamshar, que segundo as más línguas custou-lhe 100 milhões de sterlinas, e que em sua primeira viagem não conseguiu chegar aos 60 knots apregoados - o que seria para seu porte um recorde mundial. Na verdade não passou da metade.

Logo como numa caixa de bombons, só depois de abrir ele descobriu o que realmente havia nela. Tanto no yatch, quanto em seus três macro investimentos no setor equino.

Outro dia soltei sem querer algo que veio a minha cabeça e que causou muita risada. Eu na verdade nunca conheci uma mulher gaga. É a mais pura verdade. Pois bem, eu igualmente nunca conheci um criador que soubesse manter os seus limites numéricos. Existe sempre uma banha que pode ser enxugada em seus plantéis. Desculpem a comparação, todavia, a verossimilhança era para mim irresistível.

Sem um desespero cínico, ou um fatalismo jocundo, e tendo como base uma fé lancinante de frade, eu diria, que estão para vir muitas "liquidações" por ai. E por que? Por que as premiações em nossos hipódromos não acompanharam os investimentos feitos e não há coisa mais lucrativa que uma venda total de plantel nos dias de hoje. Preços estratosféricos, completamente alheios a realidade do mercado, são conseguidos. E como nas liquidações das grandes griffes, muita coisa é somada, que nada tem a ver com a originária, e vendida na mais desfaçatez possível. É de voluptuosidade enervante. A soma de todas as privações e renúncias, são esquecidas, quando um leilão de liquidação é oferecido no mercado brasileiro. Torna-se uma experiência obsessiva que se incorpora na mente de quase todos. Nada mais dispnéico.

O haras Mondesir que dá primeira vez, liquidou vendendo todo seu acervo e instalações a portões fechados, dando origem ao crescimento do haras Sta. Ana do Rio Grande, volta a colocar a venda todo o seu plantel e os preços que conseguiu, foram realmente dignos de nota. Não estou querendo aqui dizer ou mesmo sugerir, que ele vendeu por mais que suas coisas valiam. Neste setor, de há muito já aprendi, que o cavalo vale aquilo que lhe dão naquele exato momento. O meu ponto, é o momento. Vivemos um momento ruim em nosso turfe, mas esplêndido para liquidações. E você leitor sabe, qual observador é o brasileiro, para se aproveitar dos momentos.

Logo, aproveitemos o momento. "Minimalizemos" nossos plantéis. Sejamos extremamente rigorosos em nossas seleções, pois, no tufe, é do pouco que se chega ao muito.