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HARAS ERALDO PALMERINI a casa de Lionel the Best (foto de Paula Bezerra Jr), Jet Lag, Estupenda de Mais, Hotaru, etc...

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HARAS RIO IGUASSU A PROCURA DA VELOCIDADE CLÁSSICA - Foto de Karol Loureiro

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HARAS SÃO PEDRO DO ALTO - Qualidade ao invés de Quantidade

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quinta-feira, 17 de abril de 2014

O QUE ESPERAR DAS VENDAS QUE ESTÃO POR VIR

Nesta minha fria semana em Bagé, converso com profissionais e procuro examinar algumas gerações, tendo como foco as fornadas de reprodutores iniciantes. É uma forma de você não só reciclar seu olho, como também, suas convicções. Nunca me neguei a dividir minhas opiniões com quem quer que seja e sempre que me é possível, as exponho aqui no blog, que na verdade, foi idealizado com esta finalidade.

Porque tenho esta forma de encarar nosso mercado? Não creio que o turfe tenha mais espaço para caixas pretas, que mantenham mistérios que apenas alguns possam ter acesso. Foi-se este tempo. Hoje profissionais tem que interagir em um beneficio comum. Afinal, em meu modo de ver, é da troca de experiências, que um mercado cresce, amadurece e se torna viável.

Até que possam provar ao contrário, Bagé seria uma espécie de Kentucky brasileira, mas tem que ser visto, como um mercado que tem as suas características próprias. Não se criam cavalos aqui, como são criados no Paraná e em São Paulo. Outrossim, existe uma maior uniformidade em fazê-lo entre os haras daqui, que nos dois outros importantes centros criatorios. Pois, tanto São Paulo quanto no Paraná, existem regiões distintas com diferentes meio ambientes. Bagé é mais coeso em pastagens e clima. Funciona como uma coisa só.

Do poderoso Santa Maria de Araras ao mais modesto investidor em Bagé, você pode constatar uma qualidade física, que é própria da região. O potro de Bagé se desenvolve com mais rapidez, que um potro em São Paulo. Por isto acredito, que éguas sediadas em Bagé, devam aqui se manter e ter seus filhos criados por aqui até uma determinada data. Alguns importantes haras, recriam no Paraná, mas há de se convir que Tijucas do Sul e São José dos Pinhais, estão mais próximos de Bagé, que outras regiões.

Eu tenho uma teoria, erigida por observação. O cavalo embora seja um nomade, não gosta de surpresas. É um devoto do cotidiano. Gosta de saber exatamente o que vai acontecer no minuto seguinte e tem hora para tudo. Hora de comer. Hora de ser escovado. Hora de sair. Aprende e segue a lida que lhe é imposta, sem improvisações.

Como sempre faço, tento fazer meu dever de casa, inspecionando potros da geração nascida no segundo semestre do ano anterior e aqueles que irão as vendas em coisa de semanas, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro. Os da geração 2012. E gosto de fazê-lo, quando ainda a sua preparação para estas vendas se encontra ainda no inicio. Nas vendas todos parecem lindos, mas antes de preparados, eles são exatamente aquilo que irão ser. Dá trabalho? Evidentemente que sim. Mas não se acham, Einsteins e Gloria de Campeão, sem que haja pesquisa e muito tempo dispendido em comparar o maior número de cavalos que seus olhos possam examinar.

Nesta semana em Bagé, tive o ensejo de inspecionar a nada menos de 400 futuros lotes e a principio posso afirmar, sem medo de estar cometendo uma heresia, que a qualidade de criação do cavalo de corrida brasileiro, em se tratando de físico, pouco deve a outros centros de criação. Podemos ainda pecar em genética moderna, mas não em qualidade fisica e de expressão.

Dentre os nomes de maior relevo em Bagé, pode-se notar os primeiros filhos de Manduro e Adriano, como também, um muito melhor aproveitamento de elementos nacionais como Redattore e de quase nacionais, como First American. Sobre estes dois arriscaria em afirmar, que devem ser considerados por qualquer mercado que se julgue sério, reprodutores de primeira linha. O são na pista, pois seus filhos demonstram grande capacidade locomotora e creio que exista uma razão para que isto aconteça. Eles produzem maravilhosamente bem.

Fico feliz de encontrar filhos seus, hoje nos principais haras brasileiros. Eles tiveram que percorrer um longo percurso para lá chegar. Demonstraram primeiramente seu valor e agora estão desfrutando de um aproveitamento mais condizente com seus currículos, já que ambos como corredores, demonstraram superioridade. E sempre é bom lembrar que ambos, andaram correndo o mundo, no inicio de suas respectivas carreiras, de haras em haras, de pais em pais, sofrendo as agruras de não terem chance de uma uniformidade em suas primeiras produções. Hoje, os criadores de maior requinte, conhecem as manhas de ambos. Do que necessitam e em que podem contribuir. E é assim que se melhora uma criação: observação e bom aproveitamento.

Sempre acreditei no individuo, independentemente do lugar em que veio a nascer. Nearco nasceu na Itália e Northern Dancer no Canadá. Nenhum dos dois centros podem ser comparados a Inglaterra, França, Irlanda ou Estados Unidos. Outrossim, são eles hoje, os responsáveis pelo maior percentual de ganhadores de grupo da era contemporânea.

A reprodutora tem que ter uma genética impecavel. O reprodutor, além disto a campanha. E fico feliz que em minha short list de elementos a acompanhar nas vendas, existam até aqui filhos de Redattore e de First American. E olha que não consegui ultrapassar, em minhas preferências, ainda a 18 lotes dos 400 até aqui inspecionados.