Você que agora me lê, está certo. Eu escrevi isto ontem. E aqui entre nós, pode parecer a primeira vista falta de assunto ou mesmo pouca imaginação. mas não é. Deveria sim escrever todos os dias, pois, só assim, muitos iriam dar conta da importância destes conceitos e coloca-los em prática.
Com raras exceções, nossa criação, nossa "dirigência" e até os proprietários, em sua grande maioria, pertencem a minha geração. A geração dos Baby Boomers. A geração que veio a este mundo, nascido de pais que sofreram as agruras de uma guerra, de nossa primeira ditadura e que necessitavam solidificar as família, como um marco, um cais, um castelo, para ter certeza da validade do mundo em que viviam e por pouco não foi para a cucuia.
Sai do Brasil em 1987, já como profissional na área de cavalos de corrida. Tomei esta decisão por achar que ela enriqueceria meus conhecimentos. Não me arrependi. E acompanhei a jornada de Ayrton Senna, torcendo na telinha e tendo a prova inquestionável, que o Brasil poderia produzir brasileiros como ele. Expoentes. Rezava todos os dias para ser um deles. Infelizmente minhas preces nunca foram ouvidas. Paciência.
Esta mesma certeza tenho em relação ao cavalo nascido no Brasil. Nossos criadores, estão no mais alto patamar desta atividade. Tem perfil internacional e muitos de nossos haras não devem nada aos de Kentucky, County Kildere e Balcarce. E temos que levar em consideração, que todos estes centros citados, possuem uma maior força genética que a nossa.
Na atual situação em que vivemos, evidentemente que nossa safra é bem mais reduzida em quantidade que de outros centros do hemisfério norte e acrescentaria da Oceânia. Mas eu disse quantidade, não qualidade. Se estes centros produzem dezenas de grandes cavalos ano, nós podemos contar no dedo, os de mesmo nível. Mas aqui entre nós, você precisa apenas comprar um. E não é impossível que ele seja o novo Einstein, o Hard Buck, ou mesmo o Glória de Campeão e venha a arrebentar além fronteiras. Sou a prova viva que é possível. Ou será que tenho uma bola de Cristal?
O que é preciso? Ver o maior número de potros possíveis e saber separar o joio do trigo. Recentemente, quando prestava serviços ao Stud Estrela Energia, vinha ao Brasil e corria a grande maioria dos Haras Brasileiros. No primeiro ano, vim apenas aos leilões e adquiri a tão somente sete elementos e entre eles estava Punch Punch, com um pedigree exótico, mas que corria muito e foi segundo no Grande Premio São Paulo, e depois de ganhar duas no Carnival de Dubai, classificou-se para a Cup. Nos dois anos seguintes, examinei mais de 1,000 potros e além dos adquiridos, que muito sucesso trouxeram a este importante investidor do turfe, ele poderia ser o dono de Dono da Raia, Quick Road e do próprio Einstein, se o primeiro não não fosse vetado pelo cliente e os dois seguintes por seu treinador da época.
Se você examinar um grande número de animais, você pode fazer a sua escala de escolha. Agora se você não sabe o que está fazendo, pode olhar 10,000 e não achar nenhum.
Abaixo alguns elementos da geração 2012, já selecionados por nós, para futuras vendas.