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sexta-feira, 19 de setembro de 2014
PEQUENO PAPO DE BOTEQUIM. OS HARDY HAR HAR BRASILEIROS
Existem teses de difícil defesa, que por assim serem, evidentemente geram baixa possibilidade de aprovação. O mesmo acontece com os sonhos, todavia quando a imaginação corre solta e existe gente que acredita que possa haver luz no fundo do túnel, independentemente da extensão do mesmo, as coisas acabam acontecendo, como este desafio entre o Baze e o Ricardinho, que parece ter sido bolado pelo Rizzon, - leia-se Jornal do Turfe - em conjunto com a diretoria do hipódromo do Cristal e alguns patrocinadores.
Imaginem os dois maiores ganhadores de provas do mundo, se reunindo na Inglaterra convidados pela Raínha e correndo em Ascot. Pensando bem é mais do que viável. Tanto que concretizou-se. Mas convidados pelo Rizzon para demonstrarem suas qualidades no Cristal, a principio era impossível de se acreditar. Evidentemente que a iniciativa tinha que se vista pelos eternos pessimistas como uma tese de difícil defesa e com baixíssima possibilidade de aprovação.
Pois bem o evento cristalizou-se. A iniciativa de todos que estiveram a volta da empreitada, foi simplesmente espetacular. Merece aplausos e muitos agradecimentos. Uma lição aos pessimistas, que se encolhem no manto, do Hardy Har Har ! Vocês se lembram dele? Personagens do Hanna Barbera? A pequena hiena que sempre quando algo surgia à sua frente respondia para seu otimista amigo o leão Lippy: Que dia, Que mês. Que ano. Nós nunca sairemos vivos daqui...
E sempre saiam vivos e ilesos. Mas, já na situação seguinte, ele voltava a dar vazão a sua eterna desordem depressiva e mais choramingo e mais negatividade.
E por que? Tudo derivado de uma depressiva e amorfa falta de visão. Lembro que muitos achavam que ganhar a Dubai Cup com um cavalo brasileiro era conversa de quem queria viajar. Que sequer se colocar em uma carreira como o King George com um brasileiro filho de Spend a Buck, era querer pagar mico. Que sequer correr o Arco, com um cavalo que não custou mais de US$3,000 era sonho para as mil e uma noites. E tudo aconteceu. Evidentemente que os Hardy Har Har nacionais, mudaram de estação e passaram a falar de outras coisas.
O que me deixa mais feliz com esta iniciativa, é o fato de estarmos vivendo uma era atípica em nossa história turística e mesmo assim existe gente que consegue sonhar por vôos mais altos. Sonhar, projetar e concretizar. Pensem, que pela primeira vez em nossa história de corridas, temos apenas três hipódromos oficiais em funcionamento. Em nosso rebanho, o menor número de éguas de nossa história nos últimos 50 anos, quase 40% a menos do que no inicio dos anos 80. Decrescemos na relação prêmio-manutenção. E não estamos mais vindo aos Estados Unidos ganhar provas que realmente valem a pena. E tudo isto por que? Porque a maioria não acredita em si próprio.
O desconhecimento da causa, nos faz acreditar que tudo possa ser impossível. Hoje grandes investidores, quando assessorados, o fazem com gente que nada sabe e o pior, em todos este anos que estiveram em ativa, nada concretizaram de positivo. Concordo. Não é fácil se ganhar duas Breeders Cup Mile com um cavalo de US$6,000. Ou ter o melhor cavalo do continente, gastando-se menos que US$3,000. Que se possa selecionar éguas e adquiridas por menos de seis dígitos com a capacidade de gerar elementos como Bernardini, Real Quiet, Unbridled's Elains, Redattore, Neo Universe e tantos outros. Mas impossível, já provei, que não é.