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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

PONTO CEGO: AS SOMBRAS QUE DARÃO O TIRO E PROPICIARAM A QUEDA DE SEUS ADVERSÁRIOS


A vida é um mosaico formado por uma sucessão de acontecimentos, que juntos vão formando o perfil daquilo que você é, e principalmente do que poderá ser. Desculpem, mas isto não é um clichê. Cliche, é taxar a vida de uma caixinha de supresas, ou como uma caixa de chocolates, como diria a mãe de Forest Gump. Você pode tranquilamente minimizar as surpresas, tendo projetos.

Mas existem mutações, como por exemplo a cidade em que nasci e me criei. Segundo, meu pai, os anos 30 o Rio era Copacabana, a chamada Princesinha do Mar. Ai a moda foi indo para o Arpoador que dominou do meio da década de 50 a de 60, quando então Ipanema explodiu e foi a coqueluche da cidade até meados dos anos 70. A ascensão do Leblon, trouxe uma nova configuração não só na cidade como também em seus habitantes. Mas o Rio de Janeiro continua o mesmo, apenas sofreu mutações.

Com pedigree acontecem as mesmas coisas. Isto sim é um clichê. Outrossim, não acontecem apenas nos nomes, mas sim na forma pelos quais eles são ordenados. Isto é, suas estruturas genéticas. Hoje voltamos a era das duplicações, que esteve em voga por razões óbvias no inicio do século passado. Naquela época havia uma concentração criatória em poucos pontos e pouco eram também os chefes de raça vigentes. O que se pode dizer em favor do domínio dos ganhadores com duplicações naquela época era o fato que um bom garanhão cobria em média de 20 a 30 éguas por ano. Hoje, com os dois hemisférios, a situação é outra. Um fashionable pode tranquilamente cobrir 300 éguas em apenas um ano.

Porém não é o numero que faz uma duplicação funcionar e sim a qualidade das mesmas. E diria mais, a persistência em elabora-la, geração a geração. Criando uma base de transmissão difícil de ser abolida por gerações nos pedigrees. Tomo como exemplo a ganhadora este fim de semana na Nova Zelândia, Choice. 

Esta três anos, filha de Mastercraftsman em mãe Encosta de Lago, heroína da milha do Eulogy Stakes (Gr.3) no modesto hipódromo de Awapuni. Pois bem, a Austrália tem indubitavelmente o dinheiro, mas eu diria que é a Nova Zelândia que tem a maior inventiva. Eles não tendo cães, caçam com gatos, mas os constroem de tal maneira, que a eficácia me parece a mesma, embora numa ainda muito menor escala. Sou um fã incondicional da Oceânia, mas tenho um especial respeito pelo que se fez e está se fazendo na Nova Zelândia, afinal foi lá que Sir Tristram e seu filho Zabeel serviram e construíram uma tribo, que ainda se mantém com vigor, mesmo tendo os Danehills, como inimigos.

Choice é filha de Femme Britannia, uma Encosta de Lago em mãe Barathea, que não se colocou em sua única saída as pistas. No pedigree de Femme Britannia, chama a atenção seu Rasmussen factor na grande égua Fairy Bridge na razão 3x4, por seus filhos - irmãos inteiros - Fairy King (pai de Encosta de Lago) e Sadler's Wells (pai de Barathea, o avô materno dela). Mas a coisa iria parar ai? Certamente que não. Elas dificilmente param, nós é que muitas vezes não temos a devida paciência de descobri-las.

Ela possui também uma triplicação em Lalun, já que Fairy Bridge é filha de um filho de Lalun, Bold Reason, e a segunda mãe de Femme Britannia, é uma Pas de Sel, um filho de Mill Reef, cujo pai Never Bend, é outro filho de Lalun. Logo, está ai uma triplicação no nome desta outra importante matriarca.

O fato de um corredor ser filho de Mastercraftsman, numa mãe Encosta de lago, da linha 16-c, via Durtal, já serviria para que a sua página de catálogo fosse marcada. Para mim, é qualidade visível aos olhos de todos. Todavia a latência existente no pedigree de Femme Britannia, relatado a pouco, é apenas o começo. Ela não pode ser vista nas páginas de um catálogo. Sua mãe Baroness Britney, não possui apenas as já citadas duplicações em Lalun, ela o tem também em Nogara na razão 6x6 e o mais incrível de tudo se estudarmos seus linebreeds, constataremos que ela tem 9 linhas de Nogara, pois sua concentração em Nearco é absurdamente significativa até aos olhos dos menos avisados. 

E isto é outro detalhe que muitas vezes passa a desapercebido do investidor: a importância de uma grande concentração de Nearco em um pedigree, como Tesio o fazia em relação a St. Simons. Isto cria uma sólida base de transmissão. E até que possam me provar ao contrário, o invicto Nearco parece ser o inicio de quase tudo.

Voltem ao pedigree de Choice, que publicamos ontem, quando da apresentação dos ganhadores na Nova Zelândia e confiram o que eu acabo de dizer. Duplicações em grandes éguas,  principalmente em algo do naipe de Nogara, Lalun e Fairy Bridge, vindos de geração para geração, podem até não funcionar de primeira. Dificilmente deixarão de funcionar na segunda geração. Afinal, são como sombras que vão se formando, sem que ninguém as note. Toca-las?impossível. Senti-las? este é o seu desafio.  Mas, o que realmente interessa, é que quando chegamos a terceira, será tiro e queda... de seus adversários, que eu o bem o diga...