Muitas dos cavalos que eu quero, financeiramente meus clientes não podem. Outros de excepcionais pedigrees poém de fisicos duvidosos que podem ser adquiridos, mas que na verdade eu não quero. E existem ainda aqueles sem pedigree mas de audacioso fisico que eu quero, mas não devo arriscar. Como se vê as três questões crucias na vida de qualquer um, segundo o Cortella, bem se aplicam as decisões que você deve ter ao inspecionar um potro para indicar a um cliente como um futuro bom atleta em corrida.
E ai chegamos a pergunta crucial: O que é mais importante em um cavalo de corida? E eu responderia que tudo!
Sim tudo, pois, um cavalo é um conjunto de detalhes liderados por um fisico, um pedigree e uma presença, atitude, expressão, isto é qualquer termo que você queira usar para expressar a sensação que ele lhe causa. Sempre digo aos que me ouvem. Existem cavalos que o compram. Algo lhe diz ser ele, e você não sabe explicar porque.
Ao Gonçalo disse que Much Better ganharia o Brasil, o São Paulo, o Latino, o Pellegrini e o Arco. Só não ganhamos a ultima, mas pelo menos estivemos na foto de chegada. Afirmei que Cara Rafaela, ganharia o Kentucky Oaks, e ela foi pelo menos terceira. Disse ao Aluizio que Estrela Monachos era minha segunda Cara Rafaela e ela ganhou o OSAF. Para clientes norte-americanos atestei que Hard Buck poderia ganhar o King George e Einstein o Santa Anita Handicap. O primeiro foi segundo no King George e o segundo cumpriu minha promessa. Estes foram cavalos que me compraram. Outros como Da Hoss, Sea Girl, Gloria de Campeão, Little Baby Bear e Indian Hope, me agradaram muito, mas nenhuma promessa foi feita. E esta é a vida, o querer, o poder e o dever...
Estou a alguns dias de pegar um avião e ir tentar achar algo que quero, posso e devo. E que preferencialmente me compre, como no ano passado um potro tordilho filho de Acteon Man de criação do Regina. Não é fácil acha-los, pois, no Brasil eles mão nascem em cachos, e o pior, são frutas unitárias de árvores incapazes de produzir todos os anos.