Einstein sempre dizia que o nacionalismo era como um sarampo e que atacava mais quando as pessoas eram ainda jovens. Eu tenho a minha própria versão, onde acho que se um cara inteligente resolve se "burrificar", basta deixar extravasar seu nacionalismo.
O que caras como Felipe Melo e Daiverson tentaram fazer, foi a defesa burra de um falso nacionalismo. E eu quando defendo o reprodutor nacional. de maneira alguma o faço por nacionalismo. Faço por que para mim, é mais importante a utilização de um craque nas pistas de genética média, do que um matungo na pista ou já fracassado no breeding-shed, de grande genética. E porque assim o penso? Porque a ovelha negra de uma familia, dificilmente será capaz de doar algo de importante a qualquer coisa que seja. Vocês se lembram de Nero, Caligula...
Mas pior que o nacionalismo está o bairismo, e o que aqui vou afirmar, nada tem a ver com este sentimento ainda menor. Perguntei ao Guignone, agora que a poeira descançou, que tipo de cavalo seria o invicto na areia, Laurent? E sua resposta foi direta: em trabalhos é do mesmo nivel que Bal a Bali e Estrela Monarchos. Bom em pista, ele já me impressionou desde a sua segunda vitória, logo, não precisei saber da opinião do grande treinador, a este respeito. Mas o que acontece nos bastidoes, é sempre importante de se saber.
Cavalo bom, distoa. Entra naquela história de respirar oxigênio enquanto os outros ficam perdidos no gás carbônico. Ainda mais quando nem dois anos completou. E falando de "respirantes" de oxigênio, dia 24 estreou em Newmarket um potro de dois anos que me parece fadado a ser algo especial. Linha de Hansili, imbreed em Danzig e Mr. Prospector, criação da Juddmonte e filho do muito badalado Kingman.
Kingman, só perdeu uma careira de suas oito carreiras disputadas, Foi os Guineos para Night of Thunder. No resto venceu todas a milhas que um grande milheiro poderia ganhar. O Sussex, o Jacques le Marois, o St. James Palace Stakes e o Irish 2,000 Guineas. Esta é a sua primeira geração.
Existem pontos de stamina no pedigree de Sangaius, e os pais de sua mãe, Empire Maker e Banks Hill, ele ganhador do Belmont stakes, ela ganhadora da Breeders Cup Filly and Mare, indubitavelmente são os mais emegentes num pensamento inicial. Mas o sprinter Danehill, pai de sua segunda mãe, e Kayiasi mãe de sua terceira, são transmissores de stamina. Danehill era um flyer e Kahyasi foi ganhador dos dois principais derbies europeus, o da Inglaterra e o do Irlanda. Assim Kingsman que era um milheiro, a nivel Frankel, de scendente porém uma linha de sprinters, Invincible Spirti-Green Desert-Danzig, provavelmente será ajudado pela stamina existente no pedigree de sua mãe. Até que distância? Não sei. Mas acredito que na milha ele virá a ser um osso muito difícil de se roído. E quase impossivel de se engolido.
Mas voltando a realidade brasileira, a impressão que Sangarius me deixou em sua estréia, foi a mesma que Laurent me sucitou na primeira que o vi correr na semana do GP. Brasil. Externei esta sensação e como aqui já frisei fui, imediatamente acusado de estar com segundas intenções. Amigos, o diferenciado, prova na pista se você é um puxa-saco, ou apenas um observador que sabe avaliar a verdadeira qualidade de um corredor. E agora que o Guignome me contou esta faceta das matinais, me sinto mais seguro em afirmar que ele não é de brincadeira. Como Sangarius possivelmente não será também.