Algo ou alguém criou em nós a capacidade de existir, forjando-nos com duas características básicas: a de respirar e a de raciocinar. A última nos difere dos animais e vegetais. Prefiro me sentir como criado por alguém, do que simplesmente por algo e acho que a capacidade de decidir, depois da de respirar, seja a mais importante. Não vivemos como os animais dirigidos por apenas instintos. Criamos o nosso próprio destino. Temos que ter a capacidade de decidir. certo ou errado, depende do conhecimento e da imaginação de cada um.
Para se viver no mundo dos cavalos de corrida, são necessárias decisões que vão desde a seleção, à execução. E muitas vezes, você tem que ser inconsequente para dar o passo seguinte. Aliás o simples fato de se criar ou adquirir um cavalo de corrida num turfe como o brasileiro, já lhe concede, por si só, a alcunha de inconsequente. Outrossim, no momento que se decide ter uma cavalo de corrida, você tem que estar completamente ciente, que é para frente que se anda, e o passo seguinte, qualquer que seja, exige um risco, que será dado na direção correta, se houver conhecimento, imaginação e muito de inconsequência.
Sempre acender o fósforo para se ter certeza que ele funciona, lhe tira a oportunidade. Momento é uma coisa que passa e não volta jamais, como a chance de um cavalo sair pelo mundo, dada a capacidade dele demonstrada. E este seu discernimento em decidir, pode ser feito sem prova, como no caso de Einstein, ou com poucas provas como no caso de Leroidesanimaux. O primeiro foi inédito e o segundo com apenas três carreiras. Acredito que estes dois, e mais Sandpit, Siphon, Riboletta, Pico Central, Redattore, Gloria de Campeão e Hard Buck, foram os nove elementos brasileiros exportados, que melhor sucesso tiveram no hemisfério norte, não só na qualidade das corridas que venceram, bem como na quantidade das mesmas. Evidenciando com isto não apenas classe como também consistência. Afinal sem a última, fica difícil ressarcir-se do investimento imposto
Eu penso que a consistência tem muito haver com o número de provas que o cavalo brasileiro deixou para trás em seu continente de origem. Penso igualmente que a exceção de Einstein, todos os demais citados tiveram o sucesso que tiveram por serem levados ao exterior por seus próprios proprietários brasileiros, pois, o inicio bem feito, - aclimatação e adaptação - são essenciais.
Mas notem que foram os cavalos menos "usados" em seu inicio que melhor resultados tiveram em distâncias e pistas que davam vantagem ao elemento local. Einstein, Pico Central, Gloria de Campeão, Hard Buck e Riboletta, venceram ou correram bem, na pista e distância que mais apetecia a seus adversários. No dirt, na velocidade e meia distância e até na milha e meia de grama de Ascot.
Logo, nenhum cavalo brasileiro que atingiu os dois objetivos primordiais, correu mais de 11 vezes no hemisfério sul., sendo que três - Einstein, Pico Central e Gloria de Campeão - dos que demonstraram grande capacidade locomotora em condições mais adversas, o fizeram não mais de 8 vezes.
Einstein - nenhuma
Leroidesanimaux - 3
Siphon - 6 (duas na Argentina)
Pico Central - 8
Gloria de Campeão - 8
Hard Buck - 9
Redattore - 10
Riboletta - 11
Sandpit - 12
A razão desta nota? Pois, quando acordei hoje pela manhã, consultando minha caixa de mensagens, notei que mais de um leitor não aceitou o fato que um cavalo como Garbo Talks, que atingiu sua nona carreira, se tentar a décima e quem sabe a décima primeira no Derby, já estará dando chance de não vir a ser no hemisfério norte o que seria, se melhor poupado.
Ele ganhou no melhor tempo para a grama e creio não haver o menor resquício de dúvida, ser ele o líder desta geração. Logo não creio haver dúvidas da classe que tem.
Há de haver inconsequência. Há de haver um risco na decisão de se levar avante a campanha de um animal no hemisfério norte. Há de se confiar na qualidade de seu pupilo. Todavia, nunca haverá certeza a tenham convicção que não há inconseqüência maior do que privar a algo de extraordinário valor, de disputar aquilo que merece fora de nossas fronteiras.
Se vendido, ai não está mais aqui quem vos fala. Da mesma forma que cavalo dado não se olha os dentes, cavalo vendido é dinheiro depositado. Mas se levado. depois de muitos fósforos já acendidos, como garantia de funcionamento, pode faltar na caixa, alguns, quando mais deles você precisar.
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