sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

PAPO DE BOTEQUIM: A TRISTE REALIDADE DO SHUTTLE NO BRTASIL

Gasta-se no Brasil uma nota preta em shuttles. E não é para menos. Os principais criadores se juntam e anseiam trazer coisas que realmente possam fazer a diferença. Mas estariam eles fazendo? Tenho as minhas duvidas.

Apresento na tabela subsequente, os números de 20 importantes shuttles realizadas recentemente no Brasil e me permito a achar que poucos foram aqueles que realmente contribuíram para uma melhoria das coisas em nosso turfe.


Apenas oito (40%) destes animais importados atingiram o percentual mínimo de 5% de produção de individuais ganhadores de grupo. Porque adoto este parâmetro? Quando se cobre mais de 60 éguas, dos haras que os utilizam, há obrigatoriedade de uma resposta a altura. Não são haras qualquer e consequentemente não são reprodutoras comuns. E imaginar que três ganhadores de Arco, vindo a cobrir juntos 331 éguas e não terem conseguido sequer um ganhador de prova de grupo 1, para mim, é o inicio do fim. Um festejo ao ridículo. Uma exaltação a vergonha.

Alias seis foram os reprodutores desta lista, a não conseguir sequer um ganhador de graduação máxima. Reprodutores estes sediados em centros da importância do São Paulo, Tijucas do Sul e Bagér e nota-se que sete incapacitados de sequer atingir percentuais superiores a 2,5% de aproveitamento nas provas de grupo.

E qual o aproveitamento lógico de filhos machos destes oito que conseguiram dizer, pelo menos ao que vieram? Ele não mereciam terem  filhos que atingissem um alto padrão, a chance de serem aproveitados reprodutivamente. Afinal este é dos objetivos do shuttle: a melhoria genética do centro a que servem.


NÃO DEVERIAMOS TENTAR EXPLORAR 
PELO MENOS UM FILHO GRADUADO DE
ROY, ROYAL ACADEMY, RODERIC, 
ELUSIVE QUALITY, REFUSE TO BEND 
E NORTHETRN AFLEET?

Respondam-me honestamente não seriam bem mais da metade deste elementos trazidos a peso de ouro, inferiores a alguns reprodutores nacionais? O fato deles terem fracassado em centros mais adiantadas, pode criar a falsa impressão que num centro de menor competitividade, a mesa poderia ser virada. Não entendo porque. Pois, seria como pegar um menino que nada consegue na vida morando na Avenida Vieira Souto, ao ser transferido para o complexo do Alemão, se torna um gênio da cocada preta. Ou vó Adelina, transferindo-se para a Bolivia e lá sendo convocada para a seleção nacional de futebol...

E que lições recebemos destas iniciativas? Espero que pelo menos algumas...