domingo, 3 de março de 2019

PAPO DE BOTEQUIM : UM FOUNTAIN OF YOUTH PARA SE ESQUECEFR

É carnaval no Brasil. Temos um Carnival sendo disputado no hipódromo de Meydan, em Dubai, e o que se viu ontem aqui em Gulfstream Park foi um dia de grande festa, quase carnavalesca, com publico saindo pelo ladrao. parecia os idos tempos de Fla Flu no Maracanã. Porém, o que realmente faltou, foi um grande cavalo que desse um tom maior ao evento.

O dia do Fountain of Youth stakes, vem se transformando, ano a ano, num dia de grande festa em Hallandale, onde resido. Ontem fui as carreiras com o Naninho, leia-se haras São Luiz,  ele ficou impressionado não só com o número de pessoas, bem com a diversidade das mesmas. Em idade, em vestuário, em classificação social, enfim em tudo e este é para mim o segredo do turfe norte-americano. Ter se popularizado, angariando interesse de todo e qualquer tipo de pessoa. A forte carga da mídia, incentivada pelo peso dos patrocinadores dá o toque de requinte na situação. E a turma vem e joga.

Calor brutal, em pleno inverno, e gente de bermuda, chinelo, tênis, terno e gravata, só faltou chapéus. Contudo, como disse meu pessimismo estava concentrado em eu não ter identificado, até o presente momento, um elemento sequer de diferenciada classe na prova principal. Afinal, uma festa composta por 14 carreiras sendo nove das mesmas de grupo,  e uma distribuição nestas nove provas principais de bolsas que somadas chegavam  a quase 1,700,000 dolares, é para mim um luxo.

Eu creio que as três últimas carreiras do programa de alguma forma, a milha para fêmeas no dirt, o Davona Dale Handicap (G3), os 1,700 metros tambóém no dirt do Fountain of Youth stakes /G2) e o MacDiarmida States (Gr.2), são na realidade os pratos principais do banquete. E eu acho que o menu estava fraco e ainda por cima foi servido de maneira indevida.


NA PROVA RESERVADA PARA FÊMEAS, 
O TRIUNFO DE UMA 
QUE PAGOU 51 PARA CADA DOLAR JOGADO
E QUE EM SEU CURRICULUM
TINHA ATÉ ENTÃO UMA VITÓRIA



Não me convenci do que assisti e muito menos creio que alguém possa ficar convencido.

NA PROVA PRINCIPAL
UM GANHADOR QUE TINHA 
EM SEU CURRICULUM
APENAS UMA VITÓRIA


E aquela dúvida atrás. o da frente parava ou o que tirou segundo corria muito no final?

E NA TERCEIRA CARREIRA
A CONFIRMAÇÃO DO NIVEL 
QUE SE ENCONTRA NOS DIAS DE HOJE
UM DERBY WINNER BRASILEIRO



É triste ver um derby winner brasileiro - não interessa que se da Gávea ou Cidade Jardim - apresentar-se da forma que Vettori Kim se apresentou. Ganhou apenas de um, que de a muito havia abandonado a carreira. É verdade que no paddock estava opaco e com pinta de desgastado, mas a seu favor diria, que não era só ele. Representaria ele, o que de melhor uma geração tinha a oferecer? Valeria ele o preço aludido quando de sua venda? Que perfil poderíamos erigir sobre o que temos a exportar? Mas voltemos a prova que mais interessa nop momento.

Desculpe a minha ignorância, mas não consegui visualizar, até aqui, um elemento sequer que tenha disputado este Fountain of Youth States (G2) com real gabarito para ser considerado um elemento com chances a almejar o Kentucky Derby.  Aliás é uma impressão geral que tenho sobre esta geração. Concordo, que o mesmo estava acontecendo no ano passado, até que Justify surgiu no horizonte como uma luz salvadora. Imediatamente o elegi, em sua segunda carreira, como um virtual aspirante a tríplice coroa. Não só pelo potencial que ele demostrou, como também pela fragilidade de seus adversários.

Creio que o Fountain, ainda esteja devendo como um preparatório, já que seu último ganhador que depois veio a ter sucesso no Kentucky Derby foi Thunder Gulch em 1995. Outrossim, para este longo período houveram alguns ganhadores do Fountain of Youth, que se provaram como bons corredores. Como é o caso de Pulpit, Cat Daddy, Quality Road e Orby. Logo, não é hora ainda de se ligar o alarme, mas pelo menos se ficar de orelhas em pé...

Se não aparecer mais alguém, creio que o Florida Derby, poderá ser um xarope.