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segunda-feira, 20 de maio de 2019
PAPO DE BOTEQUIM: UM STAYER DE PRIMEIRA LINHA
Sou um apaixonado por violinos e nunca consegui esconder meu grande respeito para os Stradivarius.
Não consigo também esconder minha maior predileção pelo form britânico. Foi de lá que tirei meus primeiros ensinamentos e na realidade foi também o meu primeiro e mais profundo amor. E mesmo em se tratando de provas que exijam apenas stamina, considero certos ganhadores, cavalos especiais.
Tenho viva lembrança de elementos como o ganhador de três versões da Ascot Gold Cup Sagaro. Os de duas Ardross e Le Moss e o recordista com quatro Yeats. Todos foram cavalos extraordinários. Algo me diz que Stradivarius, irá bisar a grande prova em 4,000 metros de Royal Ascot, no meeting que se aproxima. E creio que tenho fundamentos para defender esta tese, Afinal, sua atuação na Yorkshire Cup, demonstrou que ele além de ter stamina, possui aquela vontade de vencer que diferencia as feras dos gatinhos selvagens. Ele corre com raiva e extrema determinação. Ele luta por cada centímetro com as orelhas para trás como a procura de mais chão. E ele tem Dettori que apenas a Godol[hin parece n'ao ter interesse de usar.
Seu pedigree me parece superior aos anteriormente citados, todos ganhadores da Ascot Gold Cup. Talvez a exceção de Yeats. Mas mesmo comparativamente o acho de uma potencialidade indiscutível. Seu pai Sea the Stars - irmão materno de Galileo - tem o ecletismo próprio do cruzamento de um flyer, com uma ganhadora do Arco, filha de um milheiro, numa linha alemã de alta potencialidade staminica. Já se provou em pista e no breeding-shed. Levado a cobrir com uma matriz de alto poder staminico, já que se trata de uma filha do Derby winner francês Bering - segundo colocado para Dancing Brave no Arco - numa neta da extraordinária Pawneese, produziu a algo que no fundo, não acredito hoje ter adversários em distâncias longas.
Muito foi cobrado de Pawneese, por sua apagada participação no breeding-shed. E não tiro a razão da cobrança. Ela tinha um pedigree discutível. Há de se aceitar que Stradivarius é o primeiro grande cavalo a descender dela, mesmo sendo ela uma descendente da consagrada família 9, principalmente por seu ramo de maior transmissão de stamina: o de sua mãe Plência. Dele, entre outros descendem o ganhador do King George, Montaval e o herói do Arco em recorde, Peintre Celebre. Ambos com reconhecida fraca participações no breeding-shed.
Eleito o Cartier stayer Horse of the year, na temporada anterior, este cinco anos, a meu ver, tem tudo para repetir o feito. E a dobradinha John Gosden e Frank Dettori, a mesma de Enable, que tem confirmada sua volta a pista, provavelmente no meeting de Royal Ascot, para tentar uma inédita terceira vitória no Arco. é uma garantia que dificilmente seu padrão de carreira tenderá a cair.
Adquiri recentemente uma potranca que tem este tipo de pedigree, onde o fundo transborda para onde você direcione sua visão. Guardada as devidas proporções trata-se de um Victory is Ours numa mãe Nedawi, na linha de alta stamina de Sea of Love. É fundo para ninguém colocar defeito e ainda por cima ela tem um fisico do tipo das grandes corredoras do século passado. O que se procura com isto? Uma ganhadora do Diana ou uma cinco anos sem vitória. Este é o preço do risco. E para todo o risco haverá um preço. Resta a você avalia-lo e topar o desafio.
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