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terça-feira, 23 de julho de 2019
PAPO DE BOTEQUIM: O TURFE PRECISA DE UMA TIA LEILA
Fui perguntado recentemente como ter um projeto bem sucedido, não tendo o devido amparo financeiro para monta-lo? Vou responder em duas etapas.
A principio, todos os projetos bem sucedidos precisam de uma tia Leila. O Palmeiras usa a primazia de ter a original. O Flamengo e o Corinthians as tem também só que em forma de torcidas fervorosas. Até o Bangu nos tempos de Castor de Andrade teve seu lugar ao sol, a nível nacional. Enfim, cada um se vira com a tia Leila que pode ter.
Isto não credencia ninguém a sentir um cheirinho, antes da hora. Quanto mais de churrasco, na terra da garoa. Principalmente se seu ponta de lança - o famoso camisa nove - tem quinze parafusos a menos na cabeça. Ai merece chuva de pipoca mesmo... Mas ao contrário das muitas manchetes que vi, que dinheiro não trás felicidade nem muito menos bate pênalty, o Real Madrid e o Barcelona, na Espanha, o PSV na França, o Bayern de Munique na Alemanha e o Mancheter City na Inglaterra, destroem anualmente esta tese. Logo dinheiro bem gerido, sem duvida alguma, pode e deve se transformar em algo similar a sucesso duradouro.
No turfe a Coolmore é o maior exemplo positivo. Pode não ter a inventiva da Juddmonte Farms ou a tradição de H.H. Aga Khan, mas alia investimento a conhecimento e imaginação, para se transformar - em minha opinião - no numero 1 do planeta. A Godolphin, com um pouco mais de conhecimento e apuro poderia inclusive se alinhar com o grupo irlandês. Logo, dinheiro, ajuda e ajuda muito. E é, em minha maneira de ver, um dos principais motivos para o turfe brasileiro estar na situação que ora se encontra. Precisamos de uma tia Leila...
Porém eu diria que a Italia no inicio do século passado contava com muito menos recursos que a Inglaterra e a França, e Tesio, de alguma forma apagou esta impressão com os resultados obtidos.
Tesio com muito menos investimento foi capaz de bater aos mais ricos que ele. Mas ele foi único naquilo que fez e nunca deixou que as pessoas suspeitassem a razão. Hoje, com o auxilio da informação, dá para se esmiuçar aquilo que ele procurava. Mas naquela época, as pessoas não tinham o menor conhecimento do que se passava no cérebro daquele italiano, sempre de mal humor. Linebreeds eram coisas impensáveis de serem detectados da forma que Tesio os usava e foi onde ele mais se esmerou.
Seus pedigrees em quatro gerações não faziam - para a grande maioria - o menor nexo. Mas quando abertos em nove gerações, eram potencialmente letais. Mas ele tinha igualmente sua tia Leila na figura de sua esposa dona Lydia que não só levantava os pedigrees, como também o ajudava financeiramente, e quando o dinheiro encurtou para manter o custo operacional, ele arrumou um sócio financeiro, que acatava todos os seus desígnios.
Eu acho que para qualquer problemática haverá um "solucionática" como o defendido um dia, por Dada Maravilha. E por isto abro um parênteses. Notei com atenção o custo que a NASA declarou para tentar criar vida em Marte. Para mim, eles estão indo pelo lado mais difícil: o da solução tecnologia. Bastava tirar o Lula da cadeia, que ele com a Oldebretch, uma nova estatal e com políticos coniventes, construiria um pais por lá e resolveria até o problema da falta de oxigênio. Se bem que nem isto é necessário para a sobrevivência de um petista... Ele se adapta a tudo se houver acesso ao poder e consequentemente à máquina financeira. Fecho o parênteses.
Sei que é bastante difícil, mesmo para o estudioso entender o que Tesio fez em termos de linebreeds em St. Simon. Ele escolhia vencedores de Derby para cobrir suas éguas, que produziam mais com as suas éguas com que a dos outros. Alguns até, somente com elas. O que isto significa? Que ele era um mestre na seleção de linhas maternas, e na confecção de pedigrees que funcionavam classicamente. E para tal, sua chave de segurança, eram os linebreeds e o Derby de Epson.
Sei que quando falo de Tesio, me refiro a uma exceção. Houveram outros grandes criadores e eu acredito que o Prince Khalid Abdullah seja um deles. Karim Aga Khan outro. O que fazem para enfrentar paleta a paleta com Coolmore e Godolphin, é quase que milagroso.
E nós temos que usar de muito conhecimento e imaginação, para uma vez ou outro criar algo a nível internacional. Que sejam com inbreeds ou linebreeds, pois, em termos de pedigree, teremos que trazer cavalos de fraco aproveitamento reprodutivo, ou de apenas razoável participação em pista, se inéditos.
Infelizmente não consigo identificar nenhum Tesio em nossas lides. Mas acredito que possam existir alguns, que acreditem em seus métodos e tentem no Brasil repeti-los, pois, só assim, - penso eu - conseguiremos galgar um espaço maior no universo internacional.


