Todo e qualquer forma de comunicação que emerja de onde for, e fale sobre nosso mercado, me parece importante. Somos uma ilha e precisamos nos fazer presentes fora de nossas fronteiras ou dos muros de nossos hipódromos como costumo a me referir. E no memento que as midias de maior impacto, não nos favorecem, temos que no mínimo criar estas formas de comunicação para que idéias sejam discutidas e peixes sejam vendidos.
O grande problema, é que existem 10% de opiniões com conteúdo e 90% de fofocas e criticas que não nos levam a lugar algum, na grande maioria destas formas de comunicação. Não há filtro e os senhores LuiZ se multiplicam. Eu particularmente mantenho este blog e gasto grande parte de meu tempo em pesquisas. Você sabem o tempo que se leva para dissecar um catalogo como o de Keeneland September? Eu lhes garanto que muito. Mas esta, acredito eu que seja a forma de se aumentar as suas chances de sucesso na seleção de inéditos.
Se no Brasil, com duas ou três maratonas de inspeções você tentar apenas se garantir no fisico , realmente há uma chance. Com quase 5,000 lotes em Keeneland, é humanamente impossível. Ainda mais que estes lotes chegam em dias diferentes e enquanto você os está examinando, o leilão está correndo solto e muita coisa acontecendo.
Logo, meu dia de 15 horas, já que durmo seis, dispenso uma hora na praia e duas com refeições, se torna bastante justo, tanto para pesquisar, quanto para escrever e concatenar uma linha de raciocínio. Desta forma não posso a me dar ao luxo, de perder tempo em 90% de fofocas, para chegar a 10% de coisas com real conteúdo que valham a pena.
Ademais, não preciso vender meu peixe, pois, ele está exposto nos resultados obtidos m pista. Não vivo de idéias e sim de ações, mas creio que as folhas eletrônicas que dão espaço a diálogos onde pessoas que normalmente não tem o espaço para fazê-lo, são altamente importantes, para quem tiver tempo de saber e consequentemente separar, o joio do trigo.
Recentemente uma desta ações midiáticas foi publicada por uma destes mercados eletrônicos, um trabalho que fiz sobre Tesio. Acho válida esta ação. Se o trabalho está a altura de quem lê, passa a ser uma decisão pessoal de cada um. Mas o simples acesso ao texto e a outros que possam vir, me parece de alta importância. Principalmente num pais, onde ler é ainda um tabu.
Cada um rege a sua vida da forma que mais agrado lhe trouxer. Eu desde cedo aprendi que um dos segredos do sucesso é primeiro estar bem consigo mesmo. O meu estar bem é ver grandes cavalos, aprender sempre que for possível, pesquisar e curtir os resultados de minhas investidas profissionais, ve o Mengão e desfilar no Salgueiro.
Se estou no lucro ou não?
Bem, acredito ser um problema que apenas me concerne, outrossim, também me sinto no direito de evitar que meu ouvido se torne um pinico, o que é possível de acontecer se você se deixar penetrar em discussões que não o levam a lugar algum e em picuinhas profissionais de nenhuma valia.
Se o cara acha que St. Chad deva ser encostado, que Spend a Buck será um desserviço a nosso turfe, ou que Burooj iria se constituir num atraso para a nossa criação, eu creio, que embora desagrade a meu gosto, é um direito que assiste a cada um. Como diria vó Adelina, tem louco para tudo. Assim como defender pedigrees abertos, não reconhecer a validade dos imbreeds e duplicações, negar a existência de certas transmissões genéticas diretas (dominâncias) e mais do que isto, minimizar a importância das família maternas, apregoando o simples uso de filhas de A, B ou C, que o faça e assuma as consequências que irão vir. Pois elas, virão com certeza.
