Woodrow Wilson, David Lloyd George e Georges Clemanceau não imaginaram que as medidas traçadas em 1919 no palácio de Versailles iriam gerar tantos problemas a médio e longo prazo, para aquilo que ansiavam preservar: a humanidade
Poloneses iniciaram uma guerra contra os Russos pelos territórios que ambos acreditavam lhes pertencer. O IRA tomou corpo para a emancipação da Irlanda. Judeus e árabes disputando sangrentamente cada milímetro daquela terra prometida a ambos por forças divinas. Lawrence da Arábia se rebelou contra os seus e se alinhou com os muçulmanos. Gregos se digladiaram com Turcos por fronteiras não definidas. Forças italianas ocuparam Adis Ababa e anexaram a Etiópia as colônias de seu país. O Egito e a Índia conseguem suas independências do regime britânico.
A ascensão do general Francisco Franco numa sanguinária batalha que devastou o território espanhol e que inspirou Pablo Picasso a pintar sua obra prima, Guernika, se torna realidade. O General Antonio Oliveira Salazar assume o comando em Portugal. A Pérsia vira Irã. Os japoneses invadem a China. Hitler assume o poder total na Alemanha, se auto intitula Führer e revestido de plenos poderes renuncia ao tratado de Versailles, reocupa a região industrial do Rhineland, anexa a Áustria e a Tchecoslováquia, assina um pacto de não agressão com a Rússia e sem que os aliados esbocem a menor reação, se torna o rei do universo.
A Itália invade a Albânia. A Alemanha recebe um ultimato de França e Inglaterra, não se intimida e invade a Polônia que é dividida com os russos. A Rússia tenta conquistar a Finlândia. O mundo está novamente em guerra. Uma segunda barbarie desta feita com armas ainda mais poderosas. A Alemanha invade a Dinamarca, a Noruega, a Bélgica, a Holanda e Luxemburgo. O Japão se une a Alemanha e a Itália. A Alemanha invade a França e posteriormente a Rússia. A Itália invade a Grécia. O Japão captura Manila, Singapura, Ragoon, Mandalay e as Filipinas. O Estados Unidos a tudo assiste, lucrando financeiramente com o conflito até que os japoneses arrasam com Pearl Harbor. E ai, os Estados Unidos entram novamente numa guerra que não é sua. Itália, Alemanha e Japão são derrotados por uma força aliada. E tudo terminou com uma imensa perda de vidas dois cogumelos gigantes que determinaram que dali para frente as coisas teriam que ser tratadas de uma forma distinta se a humanidade tivesse o desejo de se preservar.
Pelo menos ate aqui o são. A gente só não sabe até quando. E ai eu me pergunto. Porque com cavalos de corrida a coisa seria diferente? Erros são cometidos da mesma forma e quando um sai, dois entram e o numero de imperfeições tende a dobrar.
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Poucos são aqueles que realmente aprendem. Hiroshima e Nagasaki serviram de lição, e as aquisições feitas, de cavalos de corrida, em Tattersall por japoneses nos anos 70 e 80, demonstraram que aquele nunca seria o caminho. O de comprar passado sem constituição de um presente seguro. Os criadores japoneses, iam ao mercado europeu adquirir os ganhadores de Derby depois, que eles provarem no breeding-shed, serem incapazes de produzir qualidade, achando que por ser um mercado ainda em ascensão, melhorariam seus rendimentos. Qualquer semelhança com o Brasil? Certamente não será mera coincidência.
O que nos separa? Não é apenas o poderio ec Taste quanto depois Sunday Silence e King Kamehameha lhes ensinaram que o caminho era distinto. E o maior aproveitamento possível de seus melhores filhos, inevitável. Afinal o bilhete fechado era mais seguro, que aquele corrido e que nunca foi premiado.
Ninguém pode colocar limites em seus sonhos. Se não há dinheiro de o fazer a cores, que o faça em preto em branco. Agora deixar de sonhar por acha-los impossíveis de serem vividos, é que me parece ser um erro que nos levará primeiro ao desestimulo e depois ao abandono.
Ninguém pode colocar limites em seus sonhos. Se não há dinheiro de o fazer a cores, que o faça em preto em branco. Agora deixar de sonhar por acha-los impossíveis de serem vividos, é que me parece ser um erro que nos levará primeiro ao desestimulo e depois ao abandono.