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terça-feira, 17 de setembro de 2019

PAPO DE BOTEQUIM: UM SONHO QUE PODE SER SONHADO

Sonhos são para ser sonhados e até vividos se tiverem um mínimo de critério lógico. Contudo quando este critério extrapola os limites da lógica, passam a ser desvairos, que nunca o levarão a situações melhores

A idéia quixotesca de Woodrow Wilson da Liga das Nações nunca conseguiu vingar, já que nem o seu criador conseguiu convencer a seu governo de participar da mesma. A Itália se retirou a seguir e Hitler tratou de afastar-se no final de 1933 com 93% de aprovação popular. Todavia, as realidades que levaram a este fracasso são fáceis de serem decifráveis. É impossível de criar um modus-vivendi desenhado por representantes das mais importantes forças do mundo e acreditar que seres, supostamente pensantes de diferentes credos e distintos costumes, poderiam, de uma hora para outra, viver de comum acordo com as punições, as restrições e as novas fronteiras traçadas, dentro de quatro paredes, por meia dúzia de elementos. A frágil e inoperante liga das nações, oficialmente é extinta dando lugar as Nações Unidas na mesma época que o julgamento de Nuremberg é levado a efeito.

A Alemanha é dividida e um muro erigido. O fascismo e o nazismo são oficialmente varridos da face da terra, mas o mundo mostra estar dividido. Abre-se o caminho para uma nova guerra, denominada fria e levada a efeito por duas filosofias conflitantes; o comunismo e o capitalismo. Uma guerra sem fronteiras ou exércitos, com batalhas travadas em becos escuros e em escritórios governamentais, que servem de pano de fundo, para livros e seriados, passa a ser o verdadeiro termômetro entre as nações sobreviventes aos dois conflitos mundiais.

Mas o pesadelo providencial que pelo menos algum daqueles homens deveria ter tido, os levaria a longo prazo a visualizar que nem mesmo a queda do comunismo, tornaria possível o sonho deles de se tornar realidade, pois, embora o muro de Berlim ruísse, décadas depois, igualmente ruiriam as estruturas territoriais por eles idealizadas com quatro guerras nos Bálcãs. Primeiramente Eslovênia, depois Croácia, seguida por Bósnia-Herzegovina e finalmente arrematada por Kosovo. Passaram a não mais existir Iugoslávia ou mesmo Tchecoslováquia, o que determina como fato e não como opinião que raças, crenças, costumes e civilizações não podem ser acondicionadas dentro de um macro projeto urbano idealizado dentro de quatro paredes, por meia dúzia de pensadores. E enquanto representantes da Bósnia, Croácia e da republica Iugoslávia desfaziam em Novembro de 1955 em Dayton, aquilo que o tratado de Versailles havia imposto, uma nova força surgia no mundo para enfrentar o capitalismo e substituir o nazismo, o fascismo e o comunismo. Como todo “ismo”, outro exagero criado por algumas mentes consideradas humanas, o terrorismo.

Quando três influentes homens, politicamente se tornam incorretos pelo simples fato de não terem a mais remota concepção de que poderiam estar errados e além disto se deixam misturar com sentimentos de revanchismo, e de divindades, cobranças tornam-se reais, pois, embora vendam a idéia que adoram a democracia na realidade não sabem o que ela realmente representa. Seus atos provam não ter o mínimo respeito pela opinião pública, e com isto criam a oportunidade que os Mussolinis e Hitlers se locupletem da ira alheia e as destinem a direções ainda piores.


Wilson, Clemenceau e Lloyd George, terminaram aquela primeira reunião verdadeiramente cientes que estavam vivendo um momento histórico. estavam redesenhando aquilo que acreditavam ser o melhor destino da humanidade. No fundo de seus corações acreditavam que estavam colaborando para um mundo melhor. A pressão que tinham em seus ombros era imensa. De um lado os direitistas querendo justiça, de outro esquerdistas clamando por reformas e no meio conservadores tratando de burocraticamente tentar equilibrar estas forças conflitantes. Todavia, o que talvez lhes tenha traído seja o fato de uma premissa simples e fácil de ser entendida; “Não é difícil se começar uma guerra, o difícil é viver depois da mesma”.

Um mal reprodutor é como uma guerra perdida e disputada em seu próprio território. Terra arrasada é o que sobra. Hoje os japoneses e alemães que tiveram suas respectivas criações de cavalos de corrida dizimadas após a segundo conflito mundial, talvez sejam os dois mais criteriosos críticos a genética supérfula. Aquela que brilha mas descasca, que deixa resíduos ao invés de substância.

Nestas vendas, senti a Coolmore arredia e compreendo o porque. O domínio de Galileo, como pai, sire of sires e avô materno é tal, que me coloco no lugar deles e penso  que ao passar a minha frente algo extraordinário de fisico, eles que certamente tem 20 iguais aqueles e todos filhos de Galileo, pensam: vão gastar seu dinheiro para que?

Mesmo que com todo o respeito que os Curlin, Tapits e Medaglia d'Oro inspiram, Galileo criou um império genético maior que seu pai Sadlers Wells e aproxima-se de igualar o de seu avô, Northern Dancer. Eu, não imaginei, que um outro cavalo em meu espaço de vida poderia fazer frente a Northern Dancer em termos de dominância global. Acredito que alguém, no meio do século passado, também tenha duvidado que Nearco pudesse vir a ser mais dominante que St. Simon. Mas fez.

Logo quando você tem a graça divina de poder contar com um Galileo, pouco ou nada tem que ser feito. Mas quando não tem, a única saída é sonhar com algo distinto, que possa de alguma maneira, chacoalhar com o bambuzal. 

Desculpem a ousadia da afirmativa, todavia não vejo as coisas serem devidamente chacoalhadas no Brasil. Não damos força ao bom cavalo nacional e preterimos o bom corredor do hemisfério norte com discreto pedigree, ao cheiroso e cheio de adereços, que fracassou em pista ou no breeding-shed, ansiando que com a simples mudança de hemisfério, o milagre se verifique.

Ghadeer nunca teve um grande pedigree e foi apenas sofrível em pista. Mas aqui chegou inédito. Bilhete Fechado. O tempo provou que o bilhete estava premiado. Contudo, éguas de primeira linhas dos três mais importantes Haras da época, não se furtaram de para ele mandar o que de melhor tinham. Como explicar ser ele um excepcional avô materno e não conseguir que pelo menos um de seus filhos, emplacasse positivamente em nosso mercado reprodutivo?

Teria Clackson um pedigree superior? Duvido. Logo é nossa atitude que tem que ser mudada. Temos que selecionar melhor e cair de cabeça por inteiro. 

O José Carlos Fragoso Pires Junior que sempre me manda interessantes textos sobre assuntos gerais, me mandou um em que o autor, J. R Guzzo cita algo que acredito piamente. Diz ele, a única ferramenta disponível para ser ter uma idéia decente das coisas é pensar. E pensar como se sabe, é uma das atividades humanas  mais odiadas neste pais, (o pais evidentemente é o Brasil) sobretudo por aqueles que imaginam saber o que estão falando.

Sonhar é um direito de cada um. Isto para mim, é um conceito básico de convivência. Se meus sonhos são altos e nele estão incluídos o King George, o Arco, a Breeders Cup, o Santa Anita handicap e Dubai Cup, azar o seu. Poucos entenderam e muitos o criticarão. Porém, já ter participado com cavalos por mim selecionados em todas estas provas, ter ganho três delas e ter sido segundo em outra, me autoriza dizer que enquanto houver lógica, há uma chance do sonho se tornar realidade. E não é o poder financeiro que irá mudar o curso do rio. Agora sonhar em trazer um já fracassado depois de todas chances a eles serem dadas com esquemas superiores aos nossos, e acreditar que ele com a simples mudança de hemisfério poderá tornar-se um novo milagre como a da multiplicação dos pães, me parece mais um pesadelo.

A Europa vive o Braxis. Ainda em países como a Espanha existem ações separatistas. E eu pergunto, onde evoluímos? Em que os dirigentes atuais diferenciam-se de Wilson, George ou Clemanceau? Só posso pedir por palmas para quem disse Não é difícil se começar uma guerra, o difícil é viver depois da mesma”