Eu pelo menos procuro uma maneira e não por "invensionismo" dos que nada tem a fazer. Mas sim pois, esta forma de visualizar o problema tem se mostrado eficaz, por todo aquele que a utilizou, nos quatro cantos deste planeta. Não sou chegado a uma polêmica, embora vire e peixe me encontro no centro de uma. Talvez seja, pelo fato que tenho posições e as exponho. Isto num mercado cheio de disse me disse, assoberbado por milindres, e que o sucesso de um normalmente é a tristeza de muitos, causa polêmica.
Frequento leilões aqui nos Estados Unidos há mais de 30 anos e posso lhes afiançar que existem apenas dois povos que os frequentam em bandos: brasileiros e japoneses. Eu, ao contrário me sinto mais tranquilo tendo o tempo e o espaço de poder trocar idéias comigo mesmo. George Blackwell me disse em uma oportunidade que em leilões os chamados bandos, refletem uma sensação de insegurança coletiva como de predadores que necessitam atacar em bloco, para ter uma mínima chance de abater uma presa. E eu acho que ele estava coberto de razão.
Ninguém é dono da verdade, mas igualmente tem o direito não só de ter a sua verdade, como defendê-la. E quando vê sua defesa, ser tratada de maneira simplória, por gente que na realidade não disputou internacionalmente uma sequer carreira, das algumas que você inclusive ganhou, o sentido da coisa passa do de incredulidade a inveja repressiva.
Não adianta chegar em Keeneland sem um plano de ação, mesmo que esteja disposto a gastar qualquer tipo de grana. Vejam que os desaforos ate aqui produzidos por dona Mandy não surtiram os efeitos necessários. E eu torço para que surtam, pois, este mercado é melhor com a dona Mandy do que sem a dona Mandy. Nunca tive medo do poder financeiro do adversário. Temo mais a capacidade de alguns de sempre estarem em volta de cavalos que realmente valem a pena. Façam um leve exercício e descubram que com menor investimento, a Coolmore capta melhores resultados que a Godolphin, e nas poucas vezes que se atreve a investir no inédito alheio, a Juddmonte percentualmente os suplanta. Dificilmente perde a viagem.
Mas os investidores tem que compreender o real significado da palavra percentualmente. Você pode chegar num campo de batalha com um estilingue, ter sucesso, se souber usar a arma que lhe deram. E é por isto, que digo, que não se deve chegar a uma leilão de tal envergadura como o September Yearling sale de Keeneland, sem um plano de ação e a plena certeza dos alvos a serem atingidos. Mas deixemos o nem-nhem-nhem de lado e vamos a fatos.
Só para se ter uma melhor idéia, este sábado, foram disputadas no continente norte-americano, sete provas de grupo, quatro em Woodbine e três em Churchill Downs. Dois hipódromos acima de qualquer suspeita. Pois bem, examinem com bastante atenção o pedigree dos vencedores de três destas provas em pistas, que publico hoje, assim como os videos das carreiras, e descubram que mesmo com distâncias distintas e tipos diferentes de pista, uma coisa percentualmente tem tomado a solidez de um totem.
Estaria eu delirando, ou isto por coincidência aconteceu só neste sábado? Três em sete, são quase 50%, o que por si só, já se constitui num percentual sólido. Mas quantos dos inscritos traziam este tipo de pedigree? não sei, mas acredito que um percentual ínfimo, pois, como deixei claro em um artigo anterior, numa amostragem de 404 lotes que compunham a primeira parte do catalogo 2 de Keeneland, apenas 38 apresentavam estruturas similares a destes três já consagrados corredores. Logo analisem o baixo percentual de existência e o alto de acerto e constatarão a importância do fato, de adquirir o melhor fisicamente deste grupo, como forma de aumentar as suas chances de sucesso.
Agora se você não tem tempo? Ora bolas, arrume tempo ou contrate alguém que possa fazê-lo para você. Se você simplesmente duvida na força dos percentuais, ou numa teoria que a cada dia se consolida mais, ai já passa a ser área para um psicanalista, não mais para mim.