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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

PAPO DE BOTEQUIM: A ERA DO ALZHEIMER

As vezes me vejo parcialmente perdido em meus pensamentos. Na grande maioria das vezes, isto acontece pela manhã quando desço a praia para colocar os pés na areia, apreciar o nascimento do sol e mais uma vez sentir que o mundo está vivo e pronto para enfrentar um novo dia.

Todos nós somos produtos de um meio e de uma formação. A minha, no concernente aos pedigrees e a atividade turfística em si, remonta ao final dos anos 60, quando passei a ter conhecimento de uma coisa chamada turfe e de um senhor chamado Atualpa Soares. Era um mundo novo que surgia à minha frente. E eu quiz nele mergulhar de corpo e alma.

Com este senhor aprendi em minha fase rudimentar a ter muito respeito a aquilo cognominado de passado, como sustentáculo daquilo que acontecia à frente de meus olhos. Outrossim, meu respeito maior se verificava com o presente e suas descobertas e experiências. Estas precisavam ser digeridas e acopladas a minha maneira de ver as coisas. Não foi simples.

Ainda no inicio dos anos 70 deixei de ter uma visão apenas eurocêntrica de pedigrees. Foram aqueles anos aqui citados da vitorias de Nijinsky, Mill Reef e Roberto no Derby de Epson. Nomes como Northern Dancer, Never Bend e Hail to Reason afloraram em minha mente, ate então apegada apenas aos nomes de outros, como Nearco, Hyperion, Blandford, Tourbillon e Harry On. Todavia, já naquele tempo passei a respeitar as novas características sem abandonar as assumidas anteriormente em meus estudos com o senhor Atualpa. Aprendi que o novo nem sempre mata o velho: eles podem coabitar por um longo período de tempo, podem inclusive se fundir e no caso de haver uma simples substituição de um pelo outro, algo do antigo normalmente permanece, principalmente em seus traços conceituais.



Não estou aqui, de maneira alguma, valendo-me do espaço que para mim criei, a defender os de minha geração. Sou ferrenhamente partidário da repaginação. Ninguém pode ficar para sempre arraigado a conceitos iniciais.  O mundo gira, a fila anda e só as arvores se mantém em seus lugares. Mas mesmo elas crescem. Não são seres estáticos.

Portanto, quanto enuncio uma crise, o falo por conhecimento de casa do que já fomos e hoje somos. Por isto, a atual posição do turfe brasileiro requer um reposicionamento, de quem viveu o que um dia fomos e sabe da necessidade premente do encaminhamento de saídas para esta crise instalada, através de longos anos de abandono, caso contrário a estagnação será fatal. Vivemos a beira de um beco que ainda contém saídas, mas cada vez estas saídas se perdem em número e aspectos qualitativos.

E na grande maioria das vezes, é do novo que precisamos para rejuvenescer nossas entranhas, com os pés afundados na areia fria de uma manha ainda não de todo ensolarada. Nossa atividade não vai bem. É um paciente que necessita de cuidados especiais e de um grupo médico que entenda realmente suas necessidades. Inspiramos cuidados. Estamos no CTI, mas com nossos sinais vitais ainda bem controlados. Mas até quando? Portanto, não creio que haja um minuto a se perder. Cada dia é menos um.

Temos que enfrentar melhorias, organizacionais e estruturais. Não é apenas a genética que nos falta. Faltam formação de profissionais bem como de turfístas. Faltam-nos arrojo e um senso direcional. Não quero ser a bússola de quem quer que seja, mas eu asseguro que tenho o Norte bem assentado em minha mente. Sei quando erro e porque errei. Tenho a perfeita noção que errarei mais do que acertarei. Todavia, também a certeza que quando acertar, nem o céu poderá ser o limite. 

E enquanto ela - a mente - funcionar sempre atentarei para as experiências do passado e os desafios do presente. Embora a atividade em si, parece ter adoecido e afundado numa era de desencanto, não a vejo ainda, como escrava de Alzheimer.