Eu não queria falar mais sobre este assunto, mas o presidente Mauricio Galliote, aquele que não consegue ganhar sequer o o campeonato que chama de Paulistinha, fracassou. Sua gestão é uma piada. Suas atitudes ridículas. Nem o dinheiro que tia Leila - a futura presidenta - jorrou, qual uma louca desvairada, foi suficiente para manter seus dois técnicos, que embora ultrapassados, eram ainda considerados medalhões e agora chegou a vez de seu diretor de futebol. Até então, que agia como um emissário divino.
O que o "Parmera" ganhou este ano?
Só não consigo ver diferença entre o "Parmera" e o direcionamento atual turfe carioca. A verdade absoluta é que falta vontade de pisar no acelerador. A mão direita precisa largar, de uma vez por todas, o freio de mão. A era é de agir qual o Flamengo. Não mais do conservadorismo ávaro e ultrapassado de gestões como a do "Parmera" e do Jockey Club Brasileiro. Não se utiliza um sistema monárquico na era da Internet.
Amanha volto para falar de Mondragon. E do que uma égua A.P. Indy pode contribuir. Da guinada de gestão que o até então conservador Figueira do Lago deu, para chegar onde está chegando e creio que permanecerá por muito tempo. Sem abandonar o tradicionalismo, partiu para a modernização de seus conceitos, partiu qual o Flamengo para conquistar novos horizontes. E pasmem, o conseguiu.
Se você ama o turfe, e imagina que um dia o nosso possa crescer, não abandone este texto. Veja os conceitos utilizados pelo Flamengo para se virar uma mesa, que parecia presa ao solo.
Caros amigos, o Flamengo de Jorge Jesus joga por controle remoto, como tudo não passasse de um video game. Estabeleceu uma tabela de consumo: para o Grêmio são cinco, para o Vasco quatro. Para o "Parmera" três. Você marca seu nome na cartela e espera a sua hora para ser decapitado. E qual seria saída? Grama sintética? Manutenção de torcida única em seu estádio?
Desculpem, mas não há convicção, no que está sendo feito.
E o que discutir? Não adianta proibir a maior torcida do Brasil, ensandecido pelos resultados atuais, de comparecer a um jogo. De não retransmitir a partida para Portugal. E mesmo assim, jogando em casa, levar um passeio, como levou. Mas o que os "parmerenses" poderiam esperar? São 19 pontos de diferença. Sabe o que isto representa? Outro patamar.
Alguem já notou que o Flamengo, em seu novo projeto acaba de ganhar, depois do estadual, os campeonatos nacionais do sub-17, do sub-20, o profissional da serie A, o continental e está de olho em um mundial? Estaria sua diretoria escorregando. na maionese?
Desculpem a insistência, mas se nossos hipódromos seguirem o exemplo do Flamengo, eu piamente acredito que dias melhores haveriam de acontecer. Basta se analisar a situação atual em que se encontra o clube carioca e o que ele era a menos de uma década atrás. O Flamengo chegou, de forma fulminante, em menos de uma década, aonde só esperava chegar em duas. Muita água rolou abaixo da ponte. Muito cheirinho se perdeu no ar. E muitos exemplos para nossas diretorias turfísticas estão ai para serem copiados. Resta saber se há interesse de nossa parte, em mudar de patamar, como o Flamengo fez? Posso estar errado, mas não sinto esta vontade.
O projeto rubro-negro teve seu inicio, quando empresários bem intencionados, que se conheceram nos estádios, chegaram a conclusão que o Flamengo só iria sair do buraco, quando um grupo se unisse, ganhando politicamente o clube e o reorganizando de baixo para cima. Limpando a sujeira que era uma constância e projetando algo muito maior pela frente: a troca de um patamar.
Logo a ação se inicia com a paixão sendo coordenada pela ação. Um grupo de bem resolvidos na vida e mais do que isto bem intencionados, que cessou com aquele processo de espera ad eternum, de um marasmo de achar que nada poderia acontecer. Este grupo de talentos, enfrentou o problema, derrubou a inércia do processo. e acreditou que outro patamar poderia ser atingido. Mesmo não havendo gasolina inicial para tirar o carro da garagem. Como? Veremos a seguir.
O passo inicial em 2012, tão logo a eleição veio a ser ganha, foi fazer uma auditória, coisa que sempre você deve fazer. Quanto temos a pagar? Quantos temos a receber? Conclusão? Que em 2013 haveria menos $140 milhões naquele que seria o primeiro ano de uma gestão de gente bem intencionada. O que em outras palavras, era mais do que um déficit. Era um buraco negro.
E agora? Só a paixão o leva adiante, pois, a premissa básica passa a ser sonhar com o impossível. E assim teve inicio o processo. Uma divida colossal e apenas um ativo resumido em 40 milhões de torcedores. Teria feito? O processo passaria a ser convencer a estes 40 milhões de consumidores, que se houvesse paciência e confiança, aquele produto até então fracassado, de gosto amargo, poderia se transformar em algo palatável.
Paciência e resiliência. O ano mágico haveria de chegar. Para muitos uma triste ilusão. para outros, quem sabe a redenção?
O que é preciso para se iniciar um processo de redenção financeira seja num clube, seja em sua vida pessoal? Transparéncia, honestidade e venda de uma possível credibilidade. Chama-se os credores e explica-se a situação. $850 milhões de divida bruta. $750 milhões de divida líquida. E nós vamos pagar. Simples e direto. Papo sério.
Foi feito um escalonamento de ressarcimento, com negociações de dividas, sentando com o governo e credores. Todos os pagamentos seriam honrados e isto é o passo inicial para o crescimento da credibilidade. E o Flamengo pode então respirar e pouco a pouco, deixou de lado os aparelhos que o mantinham respirando mas num processo terminal. O primeiro passo foi abandonar o CTI.
A idéia passou a ser andar sempre para frente com passos que poderão ser vistos como pequenos, mas que o levarão a vencer as distâncias e tapas que por ventura possam se contrapor. O processo teve seu inicio com a venda da crença que a idéia é esta, estes são nossos objetivos e nós não vamos abrir mão deles. E a credibilidade dos credores e a paciência da nação rubro-negra, foram imprenssindiveis.
A correlação entre paixão e razão é por demais complexa, exige um pulso firme de não ceder as tentações, principalmente quando o fantasma da queda para uma segunda divisão avizinha-se de uma forma relevante. A crença que clube grande não cai, já levou muitos a cair... A tentação de curto prazo de eliminar o problema o impele ao erro. Nunca esquecer onde estamos mirando. A mudança de um patamar não é simples. É custosa, necessita de tempo e acima de tudo conceitos.
Passa a ser um questão cultural o controle de despesas: ganhar e gastar menos do que se ganha, sem uma possível queda de qualidade. A divida continuava, diminuindo a cada ano, mas a partir do segundo ano de gestão o superavit que se tornou uma constância nas finanças do clube.
E pasmem, parte deste processo de rendenção pode ser atribuído a licitação da garagem. Sim, o Flamengo tinha uma garagem imensa, na lagoa Rodrigo de Freitas, que servia a seus associados, muitos deles, ligados ao clube. pelo processo de estacionar e morar ou trabalhar perto. Qualquer semelhança com a sede do centro do Jockey Club Brasileiro, não é mera coincidência... E isto por uma taxa mínima mensal de manutenção de um titulo patrimonial. Pois bem privatizou-se a mesma e criou-se uma nova receita cuja importância não era apenas uma nova entrada de dinheiro e sim a amostragem aos credores, que fundos e sacrifícios estavam sendo feitos de forma que ele um dia viesse a receber o que lhe era devido e acordado.
A noção do sacrifício tem que ser amplificada de modo que o prêmio um dia possa ser dividido por todos Ou todo mundo está junto, ou não haverá efetiva melhoria. Não adianta o pai ou a mãe se sacrificarem e os filhos esbanjarem. O mesmo acontece num clube, num negócio ou numa empresa.
Poderá ser visto pela ótica cultural como um exemplo de crença na possível mudança de patamar. A privatização das vagas na Gávea, apenas soaram como um pequeno exemplo, que o sacrifício. Até do presidente que tinha que pagar a partir dali por sua vaga. Isto não só gerava uma nova receita como evidenciava uma pequena parcela de sacrifício, e o principio básico - antinacionalista - de não haver a mínima possibilidade de manutenção de regalias.
Reconhecer a situação precária em que se vive não é vergonha. Vergonha, é simplesmente ignora-la e continuar vivendo numa situação fictícia como se nada houvesse acontecido. Com as finanças controladas os primeiros passos passaram a ser dados.
A contratação do Guerrero se deu em um momento em que o Flamengo já podia dizer que havia estancado a sangria. Ele foi o pontapé inicial de um novo processo. Tudo passou a ser uma questão de custo e oportunidade. Com um faturamento $680 milhões, pagar uma divida que caiu de $750 milhões para $360 milhões poderia ser vista como uma questão lógica. Porém, a lógica do credito é dever e ter como pagar. Assim com os juros baixos, para que se eliminar a divida? Insano pensar ao contrário. Não seria mais prudente investir no time e dobrar ainda mais o faturamento?
Não seria no turfe, mais sensato se aumentar prêmios, de forma a criar um atrativo de crescimento de nosso quadro de proprietários, e consequentemente nosso números criatórios e programas com mais cavalos? Ou a solução seria a de se ter dinheiro no cofre enquanto a atividade definha em todos os seus setores?
Senhoras e senhores, os dividendos de um clube de futebol, são sua vitórias e seus títulos. E enquanto os adversários cujas torcidas dão em Kombis, gozavam que os únicos títulos que o Flamengo colecionava, eram os boletos a pagar, a coisa estruturou-se. Os pobres coitados não viram de onde veio o tiro... O Flamengo com a contratação de Guerreiro sinalizou que estava com a idéia precípua de atingir outro patamar. Não apenas de ser um campeão estadual, mas nacional, continental e quem sabe mundial.
Esta nova concepção passou a atrair não só novos investidores, a nível de sócios e patrocinadores, como também de atletas que sentiam a solidez do clube e dele passaram a achar que lhes servia. Um trouxe o outro. O boca a boca que seria jogar no Flamengo, trouxe de volta gente que estava muito bem obrigado no futebol europeu. e eles foram pinçados a dedo. Não houve a insana crença de se montar dois times, onde na verdade quem quer ter dois, acaba não tendo nem um. Era um time pontual, aquecido pela base de meninos.
O Flamengo não fez apenas um CT. Fez dois, os melhores do continente. Importou tecnologia e profissionais de alta competência. Investiu na base e voltou a luzir o lema que craque se faz em casa, Olhem o que esta base trouxe em termos de receita para o Flamengo, Paquetá, Vinicius Junior e tantos outros, vendidos por quantias astronômicas Você quando quer mudar o patamar de sua vida, seu primeiro passo é investir em seus filhos. E os filhos do Flamengo são a sua base.
Quantas famílias se perpetuam no turfe?
No Flamengo um atleta fratura um membro ou um distende um músculo, volta a ativa em tempo recorde, tal é o avanço de sua estrutura profissional. Isto se chama credibilidade. Isto se chama consciência. Conseguidos pelo simples ato de não se gastar mais do que se ganha, e de se pagar aquilo que se deve e foi renegociado, religiosamente. Hoje até o Neymar brinca de vir jogar no Flamengo. O problema passa a ser em lugar de quem...
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