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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

PAPO DE BOTEQUIM: MUROS QUE PARECIAM INTRANSPONIVEIS


Senhores com todo o respeito, mas me arvoro a afirmar que as vezes a ingenuidade ou cegueira com que as coisas do turfe são tratadas, me deixam atônito. 
                                                                                      
Um tiro, seja ele qual for e de que calibre seja, vem de algum lugar. Ele não nasce de uma combustão expontânea. Ele é produto de um gatilho acionado e uma mira feita. 

O que se viu neste último domingo, foi algo que vem se montando a mais de cinco anos. Lentamente, de carreira a carreira. Ano a ano. Só não notou quem assim o quiz.


A queda daquele que parecia ser - e talvez o seja - o melhor potro desta geração Hard Boiled, pegou muita gente de surpresa, mas não para aqueles que estão acompanhando a ascensão do Figueira do Lago, no hipódromo da Gávea. Dia a dia este estabelecimento de cria, vem obtendo sucesso e impondo seu lugar de direito nas estatísticas cariocas de proprietários. Não sou eu que o digo. São os números que cada vez o clamam no mais alto som.

Luto para incutir na cabeça de interessados, a necessidade de se traçar um objetivo e sobre conceitos claros, eleger um projeto, montar uma equipe e sair à luta. Este é o formato do sucesso. E o Figueira é um exemplo disto. O elegeu, elaborou um projeto e pelo que me consta esta colhendo seus frutos.


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Foi um processo longo, mas pautado por uma obstinação digna de registro. O Figueira do Lago teve que enfrentar muros que para muitos seriam intransponíveis. A começar com a mudança do haras de Campinas para São Miguel Arcanjo. Depois com o conceito de mudar para coberturas estudadas à utilização de um pastor chefe. Em terceiro lugar sobreveio a necessidade de manter as éguas onde estes reprodutores serviam, no Paraná e em Bagé num processo caro. Quarto a mudança de todo a sua operação de treinamento para o Rio de Janeiro, primeiro com o Venâncio Nahid, depois a dividindo com o Dulcidio Guinone e finalmente passando a grande maioria para este ultimo profissional.  Contratação de jóckeys de primeira. E sexto a transferência de seu coordenador técnico, o veterinário Christian Schlegel para o Rio de Janeiro de uma forma definitiva. Senhores, isto tem um custo não só financeiro, como mental, além de grande resiliência. Como o Flamengo, o Figueira de um ano para cá tem sentido o cheirinho, e como o clube carioca, recentemente passaram a sentir o doce aroma do sucesso.

Concentrado na Gávea, pouco a pouco os frutos foram florescendo de todos os lados. Venho alertando por aqui, esta relevante mudança. Mas sei que muitos a confundiram como propaganda de um patrocinador, esquecendo-se do fundamental, eles não vendem e pouco estão se lixando se alguém quer comprar seus produtos. O Figueira parece ter o mesmo lema do Flamengo. Ganhar e bater seus recordes.

O Figueira do Lago é um haras moldado ao jeito antigo: cria para correr, como foram outros grandes de nossa história e este ano finalmente assume a liderança nas estatísticas por prêmios ganhos de proprietários. Trouxe 37 elementos, que hoje contam com três anos, dos quais 35 já correram e 20 ganharam. Seu posicionamento na estatística e a recente vitória de seu pupilo Mondragon, são frutos de um projeto bem sucedido que pouco a pouco vai se tornado transparente a vista do mercado. Não há mistério. Há muito trabalho, conhecimento e imaginação.


Estive recentemente no Figueira, nesta última viagem que fiz ao Brasil. É um modelo a ser seguido. Como o Santa Maria de Araras e o Anderson, tem em sua sede principal, apenas a recria. Trabalha em um regime de coberturas que tentam espelhar a modernidade genética vigente e confiança em três haras satélites, dois no Paraná e um em Bagé, para receber deles desmamados, seus verdadeiros projetos de atletas. No haras situado em São Miguel Arcanjo, eles passam a ser moldados sobre a égide daquilo que foram iniciados nestes três haras suporte, numa operação custosa e diligente. Uma equipe ativa, fiel e antiga, que acompanha o haras praticamente desde o seu inicio, foi igualmente transladada de Campinas para onde hoje o haras reside.

Assim sendo posso dizer que sei  de onde vem o tiro e aqui neste blog cansei de anunciar que ele viria. Era uma questão de tempo. Quero deixar mais do que claro, que o Figueira tem sua equipe e sua direção. Sou apenas um consultor que respondo quando sou perguntado. O sucesso desta empreitada tem tão somente cinco pilares. Os Magalhães, o veterinário Christian Schlegel, os três haras que mantem suas éguas em regime de pensionato, e duas equipes, uma no haras de recria e outra de treinamento na serra carioca que cuida do treinamento de sua cavalhada. E mais ninguém. Este é o âmago deste sucesso.



A genética que possuem, e que aceito o fato que em parte houve minha contribuição, é de primeira linha de combate, levando-se em consideração o parâmetro nacional. Muito prejudicada pelas adoção por parte do governo de taxas absurdas de importação, ela permanece hoje em estado de hibernação. Se estas taxas caírem, e Deus é grande - e Jesus ainda maior - e o Paulo Guedes for suficientemente inteligente para revoga-las, o Figueira notadamente há de voltar a trazer para o Brasil, um manancial genético que apenas enobrece nossa criação.

Qual o limite deste haras?

Juro que não sei. 

Sei apenas que colocaram há mais de cinco anos o sarrafo lá encima, como o meu querido Flamengo o fez este ano, e recentemente, ambos, estão o alcançando e nitidamente demonstrando, que querem subi-lo mais ainda.

Aos Magalhães tiro o meu chapéu...