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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

PONTO CEGO: O CONJUNTO DENTRO DE UMA FINALIDADE OBJETIVA

Sou apreciador de ópera. Não um entendido, mas alguém com os conhecimentos básicos, que me fazem acreditar que um dos êxitos dela permanecer viva desde o século XV até os dias de hoje, é a sua noção de conjunto. Certo que existem o tenor, o barítono, a soprano e a média sopranos, além do coro, do tema, da orquestra e do maestro. Outrossim, a plena sintonia entre os componentes de uma determinada ópera a fazem palatável aos gostos mais apurados. E este gosto persiste atráves de séculos.

Em um time de futebol, é também esta sintonia entre o conjunto de uma equipe e sua torcida que goza o sucesso de uma empreitada. E deles que fazem ir ao estádio para se divertir. E é, exatamente isto que está acontecendo neste exato momento com a equipe do Flamengo de Jorge Jesus. Tornou-se um prazer, mesmo numa quinta feira fria e chuvosa, num jogo contra o último colocado da tabela, numa disputa do nada, 70,000 deslocarem-se de suas casas afim de assistir a um espetáculo. Como contribuir? Com uma ação de gala e meia dúzia de gols.

Não houve no Brasil, melhor equipe neste século que o Flamengo de Jorge Jesus  E talvez no continente. Jogam por música, como seguindo uma partitura. Na beira do gramado, Jesus age como um maestro ditando o ritmo de sua equipe. E nas arquibancadas a torcida se diverte cantando, torcendo, vibrando como numa festa semanal que tem se repetido. Pena que o Maracanã diminuiu sua capacidade de publico. É pequeno para acomodar a torcida do Flamengo.

Este era a situação de nosso turfe nos anos 50. Haviam torcidas por cavalos, por jaquetas e até jóckeys. A atendencia era enorme. Eram necessários, planos de trânsito e especial policiamento, em dias de Grande Prêmio Brasil. E nós perdemos tudo isto. O futebol carioca estava igualmente perdendo, mas o Flamengo de Jorge Jesus está resgatando o passado. A internet e a praia continuam fazendo concorrência, mas o bom espetáculo atrai sempre o publico. Porque não somos capazes de fazer o mesmo com nossas corridas na Gávea? Seriamos incapazes de proporcionar bons espetáculos?

Não sou promoter de festas, mas creio que existam alguns profissionalmente capacitados de convencer uma boa parte de nossa população, a vir pelo menos quatro vezes por ano ao hipódromo da Gávea. O carioca em si, já é uma festa. A Sapucai, bomba pelo menos duas noites por ano. O que falta a nós?

Temos menor apelo que o surfe?

Vejo hipódromos no mundo inteiro sendo abarrotados de gente nas grandes festas. Gente branca, negra e amarela comparecer, jogar e se divertir. Ver a Rainha ou aquele cantor Pop, faz parte do programa. Seria então impossível para os promotores de criar uma grande festa?  E qual seria o grande problema em cria-la?


ESTA SIMBIOSE QUE EXISTE ENTRE 
A TORCIDA DO FLAMENGO
E O TIME DE JORGE JESUS
DEVERIA SER REPETIDA ENTRE 
O GRANDE PUBLICO
E CAVALOS COMO BAL A BALI,
ITAJARA E MUCH BETTER

Talvez ampliada por outros fatores, deveríamos emoldurar esta mesma simbiose para com o nosso turfe e a população. Volto a repetir, pessoas pagam para se divertir. Seja na ópera, no cinema, no baile Funk e até em um estádio de futebol. Haveria divertimento suficiente para um leigo, passar uma tarde de fim de semana na Gávea? Saberia ele, imediatamente dominar as performances anteriores de um cavalo apresentadas num programa? Nas condições atuais, creio ser bastante improvável. Logo algo deve e tem que ser mudado.

Nosso chamariz é o jogo. E jogar em cavalos de corrida há de se convir, que é muito complicado. Sei que sou exceção , mas muitos dos jogos não sei nem como jogar. Imaginem o leigo. Numa loteria esportiva, na raspadinha ou mesmo nas maquininhas do casino não há muito no que se pensar. No turfe, tudo tem que ser pensado. logo o passo inicial é o fortalecimento da informação, que torne um leigo seguro, que possa ter alguma chance seguindo a linha dose raciocínio de um expert. E para isto necessitamos dos órgãos de comunicação. Se almejamos a massa, temos que nos valer da comunicação que atinge as massas. Como fazê-lo? Só há uma forma até a coisa engrenar: patrocínio.

Perguntem a algum dirigente do Flamengo qual o custo para o clube de um televisiomento de seu jogo? A resposta é simples, NENHUM. O Flamengo ganha pelo direito de imagem. Como poderíamos almejar o mesmo? Bancando durante cinco anos o patrocínio do televisivamente da carreira. Criando interesse. Tentando angariar publico. Seriamos que escolher algumas provas como os Grandes Prêmios Brasil, São Paulo e mais a Copa ABCPCC, e talvez o Latino e o Pellegrini, criando uma interligação de pontuação entre as mesmas, com bônus a quem fizesse mais pontos. Funcionaria. A isto rotulo de uma noção de conjunto dentro de uma finalidade objetiva.


EVIDENTE QUE ALGUÉM 
COM CONHECIMENTO DE TURFE 
E DE MARKETING 
TERÁ UMA MELHOR IDÉIA
OU COSTURARÁ ALGO MAIS SUTIL
NESTA QUE VOS APRESENTO