PAPO DE BOTEQUIM: NÃO QUERO APAGAR A LUZ

Recebi um puxão de orelha. Um leitor e amigo de longa data disse eu estar me metendo em politica do clube quando na pagina de abertura do blog, afirmo que este blog não é lugar de fazer politica. Pois, não é mesmo. E o que fiz, e gritar minha insatisfação pois vivo desta atividade. Ela me dá o meu sustento. E consigo me manter nela, num veio principal, pelos resultados obtidos de meu trabalho como selecionador de inéditos. Contudo, no jeito que está sendo conduzida esta atividade, em dez anos - pelo menos na Gávea - o publico da social se evaporará! E este público é o pulmão e o coração de nossa atividade.

Não sou um cara de luxos, mas necessito de três refeições, um teto para dormir e um carro que me leve aonde quero ir. E isto nos Estados Unidos requer dinheiro. Aqui a inadimplência não cola, muito menos sobrevive... E pela situação que se coloca, o futuro do turfe brasileiro me parece mórbido. Com cara de estar a espera do fim... 

Aprendi neste pais, onde hoje moro: uma coisa são eleições sujeitas a alternâncias: hoje um vence, na próxima outro e assim por diante. Outra é se construir um projeto de permanência duradoura, onde à compra das bases de manutenção do poder se torna inevitável. Vide o PT. Quando este objetivo do jogo é alcançado automaticamente as regras de conduta são modificadas. Ancora-se na certeza que qualquer fim justificará o meio. E se você não participar da curriola, SIFU !

O PT provou isto e foram 16 anos de penúria que deixaram o pais endividado e desacreditado. Hoje os artistas e a imprensa brasileira sem o auxilio da mamata que fazia deles lacaios de um governo corrupto, chiam. Vamos querer isto para o Jockey? Eu penso que não. Gostaria de alternâncias, mas se houver permanências aquele que partir para seu segundo mandato tenha em mente que o terceiro deva ser de outro.

Temo feudos. E não quero apagar a luz no fim.