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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

PAPO DE BOTEQUIM: OS NOSTRADAMUS DO IRAJÁ.

Não sei se o Paulo Guedes é um posto Ipiranga como o Bolsonaro o intitula, ou não, mas que suas frases são objetivas e mortíferas, disso não tenho o menor resquício de dúvida. 

Esta em que ele diz serem os petistas cartomantes com Alzheimer é bíblica. Eles que sabem tudo sobre os próximos quatro anos, mas não lembram nada dos últimos 16. Porque bíblica? Por que lembra demais uma faixa de proprietários de cavalos de corrida, que acreditam ser forças supremas do novo turfe, sem sequer saber o que o turfe seja. Não se lembram ou conhecem nada do passado e se acham prontos para estabelecer o novo futuro.

Transitam no mercado cheios de pompas e circunstâncias, tentam vender uma imagem que na verdade nunca serão, e mesmo, não figurando - a não ser quando fortemente assessorados - naquilo que são consideradas as carreiras importantes, acreditam que estão por cima da carne seca. E o mais curioso, predizem o futuro com a segurança de um Nostradamus do Irajá.

O Nostradamus do Irajá é um ser que se prolifera no cenário turístico nacional. Gente que quer, mas que realmente não pode. Que gostaria de ser, mas não é, e dificilmente será! 

Eu, por exemplo, sempre quiz, mas como nunca pude apeguei-me a parte profissional da atividade. É aquela velha história não deu para ser um bom jogador de futebol, tenta-se ser técnico, agente ou dirigente e assim participa da ação, da mesma forma, todavia, sem atrapalha-la. Mas cada um age segundo a sua própria consciência. O problema é que muitos não as tem...

Num espaço de apenas sete dias tive conversas com três turfistas, todos bem sucedidos em suas atividades principais, e que investem grande parte de seu tempo no turfe, como criadores e proprietários. E de todos senti uma certa apreensão quanto ao futuro de nossa atividade. E olha tratarem-se de pessoas altamente otimistas, como disse bem sucedidas e que mesmo vivendo em uma atividade que ate aqui provou ser deficitária e com mais baixos que altos, em posições inacessíveis a grande maioria dos seres humanos, continuam investindo, seu tempo e seu dinheiro. 

Com suas atitudes provam que o otimismo de continuar, crescer e enfrentar as fortes correntes contrárias, que realmente existe um arco íris, e no inicio dele, algo que vale a pena se conquistar.

O primeiro deles, o Afonso Burlamaqui me fez uma pergunta simples: quais são os haras que continuam crescendo hoje no Brasil. Pois bem, eu diria que talvez cinco: o Santa Rita da Serra, o Figueira do Lago, o Embalagem, o Anderson e o Philipson, só que este último, dividido em três países. Porque não citei o Santa Maria de Araras? Pela decisão comercial que adotou. Outrossim, mesmo que isto venha a reduzir seu plantel,  como parece ser um de seus objetivos, ele ainda será o maior de nossa atividade por um longo período.

Ora em uma atividade de alta competitividade que apenas cinco crescem e mais de 100 decrescem, evidencia que esta atividade está, no mínimo descendo a ladeira. Desculpem, mas isto não é ser pessimista. Isto é ser realista. Numa atividade que o maior e mais bem sucedido haras - tanto em pista como comercialmente - redefine sua linha comercial, é por que o mar não está para peixe, mesmo para aqueles que não os consome.  Volto a ressaltar, isto não é ser pessimista. Isto é ser realista.  

E o Julio Bozano, citado,  foi a segunda pessoa que me fez ver com clareza o que é este mercado. Perdoem-me, mas o Julio é uma pessoa vivida, bem sucedida e que demonstrou uma clarividência e um conhecimento de mercado que me causou bastante inveja. Em minha humilde opinião, ele ainda parece se preocupar com o que há de vir e com a antecedência se prepara para tal. E o primeiro passo, é evidentemente a contenção de despesas.

E chegamos a terceira pessoa, o Raul Lima Filho, um criador, proprietário, sócio atuante e turfísta, de outra geração, que sente ser este o momento de frear o caminhão que acelera na descida e com o agravo de mais tarde capotar se o freio seja acionado. A hora da mudança segundo ele é agora. É altamente producente, se ver alguém bem mais jovem que você estar querendo encarar algo que para muitos é um barco furado e a deriva.

Quero deixar claro que completo 70 anos este ano e participo deste mercado há mais de 50, e foi a primeira vez que um candidato a presidência do jockey Club veio a mim para expor suas idéias e pedir para escutar as minhas. Não tenho o menor cacoete para ser dirigente de nada. Acho que só sei selecionar cavalos de corrida e me dou bastante feliz por isso. Não sou sócio do clube e ainda por cima não sou formador de opinião neste quesito. Logo, estou isento de estar pretendendo algo com a vitória deste ou daquele. Outrossim, senti-me parte do mercado, pois, observo e embora mais para lá que para cá, ainda tenho a capacidade de concluir. A arquitetura me fez olhar e ver numa terra onde poucos olhos e entre estes menos ainda são capazes de ver.  

Meus amigos e inimigos, este é o sinal dos tempos e aquilo que sempre defendi aqui, seja no Jockey Club, seja no Brasil está acontecendo: a minha geração teve sua oportunidade. Agora é hora da que nos sucede, assumir as rédeas de condução. Eles são o futuro. Eles adquiriram experiência com os nossos erros e estão com fome enquanto muitos da minha geração estão bem alimentados. O mundo é dos arrojados. Dos que anseiam subir, não simplesmente estagnar-se no mesmo local num processo de manutenção do poder, de seu status social e egos pessoais, vendendo ser esta a melhor posição a se manter durante uma crise. Aviso aos navegantes, a crise não vai passar. E ficar inerte é o melhor caminho para ser engolido pela mesma.

A hora é realmente agora, pois caso contrário todos nós do turfe  - e principalmente eu que vivo dele - com o tempo, nos tornaremos mais Nostradamus do Irajá !