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sábado, 1 de fevereiro de 2020

PONTO CEGO: A INADIMPLÊNCIA NÃO TEM COR, CRFEDO OU NACIONALIDADE

Não tenho um explicação plausível para a questão, mas suspeito que a inadimplência crônica seja algo doentio. Como um cara ser cleptomaníaco, pedófilo ou mentiroso de carteirinha. Afinal investir pesado, mesmo sabedor que na verdade, dificilmente irá cumprir com seus compromissos me parece mórbido.

O mercado funciona em conjunto, onde alguém produz e outro adquire. Cavalos de corrida não são coisas baratas de serem criadas. Exigem tempo e dinheiro. Por isto, a atividade em seu inicio era considerada o Sport of the Kings.

A complacência para com o inadimplente é diretamente proporcional a dificuldade que o mercado encontra em submergir de uma situação didicil. Fácil de se entender em mercados como os nossos, mas dificil de se aceitar em outros desenvolvidos como o norte-americano. Zayat está sendo acusado de o estar fazendo - ou fez - em longa escala. Ele que é por assim dizer, muito bem sucedido como proprietário. Mas a ânsia de se manter no apix, o impele a tentar cada vez saltos mais altos.

Aceito que não deve ser fácil ganhar o que ele ganhou e passar algum tempo no limbo a espera de nova ocasião propicia. Mas isto é parte do jogo. Todos devem se preparar para os momentos de calmaria. Pois, não garanto que como diria vó Adelina, que aquele que espera sempre alcança

No turfe as coisas não acontecem por acaso. Elas precisam de tempo e oportunidades. Na Grand maioria das vezes de conhecimento e imaginação. Mas esta imaginação não pode ser paranóica. Destituída de bom senso. Ela tem que ter equilíbrio e discernimento do que seja acelerador ou freio. Forçar as oportunidades me parece altamente perigoso, pois, quanto mais alto forem os prêmios maiores serão os investimentos para consegui-lo e quando conseguido, mantê-lo.

Sou da formação, que não consigo dever. Logo, tive que me adequar a meus limites. Entendo que existam riscos, mas eles deveriam ser melhor equacionados, por aqueles que arriscam, não tendo o necessário respaldo financeiro para cumpri-los. O que me apavora é aquele que o faz, de forma continua, ciente, que nunca irá cumprir com seus compromissos, quando perdoado, volta a repetir a mesma ação. Confesso que os reincidentes me preocupam. Principalmente no Brasil, o pais das quatro instâncias. Estes que assim constantemente repetem o delito, tem a atividade como se ela fosse um "jogo" e faz outros que nada tem haver com isto, a participar deste seu "jogo", exigindo paciência dos mesmos.

Não acho justo algiém que deva no mercado, possa usufruir de crédito para tentar sair do buraco, pois me parece mais viável ele levar outro com ele para este buraco. Sei que quem deve tostão vai apara a prisão. Mas aquele que deve bilhão nem sempre. Existe uma maior condescendência para com ele. Logo para que lhe conceder crédito?

Como está sendo demonstrado, a inadimplência não ter cor, credo ou nacionalidade. É como uma epidemia. Pinta quando menos se espera é é difícil de ser debelada.

Falar dela - a dita cuja - nunca pode ser visto como perda de tempo, pois, ela corroo as estruturas de qualquer mercado.