Meus caros e parcos leitores, de há muito é dito e aceito, que o que nosso Brasil, varonil do céu cor de anil, não é para iniciantes. Não é e sinto afirmar que pelo jeito nunca será! E eu no exercício de minhas funções, complementaria, que muito menos é para os inadvertidos.
Pois bem, para estes últimos advirto que uma nação que discute se o ex-ministro da justiça está com a razão, ou quem esta razão está na verdade com o presidente, enquanto o mundo arde com milhares de mortes na luta contra uma epidemia, não me parece ser, a principio, um pais a se levar a sério. Não só não parece, como acredito que nunca irá ser... Pois, para a culminar, a imprensa que aqui toma partido e deixa claro de que lado recebe, deixa também de lado os verdadeiros problemas, afastando-se de suas verdadeiras causas e aproveitando, quando muito, para manipulação de interesses próprios, principalmente com os concernentes a um novo governo que lhe cortou a galinha dos ovos de ouro: a propina.
Será que não existe uma outra preocupação?
O que está acontecendo em nosso pais, infelizmente está sendo refletido em nosso turfe, que até que possam me provar ao contrário, não é uma atividade apenas esportiva para o deleite de alguns. É uma atividade econômica e acima de tudo social, para muitos e nestes me incluo. Porém, por motivos, que me recuso a discutir se são menores ou maiores, continua sendo tratado como uma arena politica.
O Coliseo da Gºavea, não é lugar para pessoas serem devoradas por leões. Deveria ser palco de uma industria que alimentasse famílias e trouxesse deleite para uma população. Mas sem corridas, como ma intitularíamos? Voltar a ter corridas, mesmo sem publico, é um avanço- Fazê-lo deduzindo os ínfimos prêmios que já eram pagos, um retrocesso. Parece até que alguém quer levar uma vantagem na atual situação.
A Boeing acaba de rasgar seu contrato com a Embraer. Não poderia ser neste ato, estar contido um indício que transacionar comercialmente com o Brasil, na atual conjuntura, pode queimar o seu filme? Não é uma situação vista como boa. O mesmo digo em relação a nosso turfe. Hoje, apoiar certas medidas que estão sendo levadas a efeito em nosso turfe, não poderiam queimar o seu filme?
Tanto na comercialização como na organização, me parece que estamos navegando com barcos inapropriados e muitas vezes contra a corrente. A principio, o turfe não deveria ter sido parado na Gávea, e agora que os brasileiros irão viver as três semanas mais violentas desta epidemia, ele acena com uma abertura. Isto não seria estar navegando contra a corrente?
Deveríamos usar este tempo de quarentena, para tentar solucionar os nossos problemas. Não apenas os do nosso teto bem como aqueles que afligem diret ou indiretamente nossa atividade. Desde já repito, não ter as soluções, mas volto também a repetir, não sou pago para isto e muito menos me arvorei a assumir um cargo cuja uma das responsabilidades seja esta. Tenho sim, o direito de cobrar uma ação, como meus clientes o tem que cobrar meus resultados.
Aos que não querem largar seus cargos diretivos, por ambição ou falta do que fazer, um conselho de quem depende desta atividade: se não tem soluções, que abram caminho para aqueles que as possam ter.
Vamos equipar nosso barco e coloca-lo na posição certa.
