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terça-feira, 26 de maio de 2020

PAPO DE BOTEQUIM: A BANDEIRA DOS TORDILHOS - PRIMEIRA PARTE

The Tetrarch

Difícil tarefa. Mas pedido de amigo tem que ser cumprido. Ainda mais que 90% do mercado gosta dos tordilhos.

Deva ser sabido, presumo eu que o tordilho é dominante em pelagem, o que em outras palavras quer dizer que para que nasça um tordilho um dos pais tem que ser tordilho. O castanho domina o alazão, que por sua vez não domina absolutamente nada, é um recessivo. Ele só aparece se houver contribuição genética de ambos pais.

Entendido a mecânica de funcionamento da transmissão de pelagem, séculos atrás fiz um presente ao senhor Atualpa, traçando o caminho dos tordilhos até o seu reconhecimento histórico. E assim sendo, cheguei a um ilustre desconhecido que atendia sob a alcunha de Darcy´s White Turk. Um tordilho cujos pais eram desconhecidos assim como seu ano de nascimento. Ele gerou ao igualmente tordilho Hautboy em 1690, que por sua vez gerou a tordilha old Win Mare em 1701, mãe do tordilho Alcock´s Arabian no ano de 1712.

Outrossim, na pesquisa, por outras fontes na verdade cheguei a três pilares: o citado Alcock´s Arabian e mais Danton Arabian e uma égua, sem nome, filha de Browlow Turk. Destes três segmentos apenas primeiro foi capaz de fazer existir esta corrente tordilha até os dias de hoje. Como os tordilhos sobreviveram? Eu acho que por sua perseverança.

E deve ter havido bastante perseverança, pois apenas Crab, entre os tordilhos filhos de Alcock´s Arabian, deu a continuidade a extirpe
por quatro ramos de tordilhos: Crab Mare (1750), Blossom (1742), Whiteneck (1751) e Rib (1736). E tão somente uma de suas filhas, gerada por Regulus e nascida no ano de 1758, levou a coisa adiante.

Parece fácil, assim descrito, mas num tempo que poucos cavalos recebiam um nome, vocês sabem quantas éguas estão listadas como filhas de Crab? Mais de 50. E de Regulos? Mais ou menos o mesmo número. Contudo chegamos lá, com a mesma perseverança, que os tordilhos chegaram até nós até os dias de hoje. pelas seis gerações seguintes, apenas um tordilho manteve a linha viva, e assim chegou-se a Master Robert (1811), que por dois de seus filhos, Rust (1830) e  Drone (1823), foi possível estabilizar a pelagem. Porém foram necessárias mais cinco gerações para se chegar a Grey Leg (1891) para que estes viessem a ser reconhecidos como "iguais". e este inicio foi pelo ramo, hoje praticamente extinto de Rust

Xandover (1927) ganhador da Poule dessa dês Poulains foi o primeiro tordilho a ganhar algo de realmente sério no tufe europeu. Ele era filho de Condover e Xanthene (1912), esta uma filha de Grey Leg e algumas décadas depois foi a vez do tordilho Airborne  (1943) surpreender a grande coletividade, vencendo o Derby e o St. Leger de 1946. Acredito eu que foi ele a razão do senhor Atualpa acreditar em tordilhos, advindas de pelo menos três mães tordilhas. A terceira mãe de Airborne, era Barrier (1910), também filha de Grey Leg.

Mas foi o ramo de drone que eternizou os tordilhos entre nós, por intermédio de seus descendentes, The Tetrarch e Native Dancer, todos oriundos de Le Sancy.

Mas vamos como jack, por partes. Whim (1832), ganhadora do Anglesey Stakes, era uma filha de Drone, e na reprodução destacou-se por gerar a Chanticleer, um cavalo reconhecido pelo temperamento irascível e por suas 19 vitórias, incluindo a Doncaster Cup de 1948.


Le Sancy

Le Sancy é aquele considerado o pai de todos os tordilhos. Correu 43 carreiras vencendo 27, sendo seus maiores feitos as duas vitórias no Grand Prix de Deauville e o Prix Daru. O que faltou a Le Sancy em pista lhe sobrou no breeding-shed, onde se transformou num tremendo sucesso. Todavia seus dois únicos sucessos na mais alta esfera dos clássicos com filhos de sua pelagem, foramPalmiste, ganhador do Prix de Jockey Club - Derby francês -  e Semendria, ganhadora do Grand Prix de Paris - a época a mais importante carreira do turfe francês, que viria a ser tornar a terceira mãe do ganhador do Arco, o também tordilho, Biribi. Novamente as três mães tordilhas...

Outra filha de Le Sancy, Tagale, é responsável pelo aparecimento da ganhadora dos 1,000 Guineas e do Epson Derby, Tagalie.  Mas quiz o destino que a bandeira dos tordilhos fosse empunhada por Le Samjaritain, ganhador do Grand Prix de Deauville.


TAGALIE

Mas não foi bem por ai, que a bandeira dos tordilhos se manteve içada. Como veremos amanhã.

CONTINUA AMANHÃ.