Sei que vivemos num ano atípico e tudo pode acontecer. Até acharem o Lula inocente, contudo até aqui Champs Elysees não tem me provado ser um grande garanhão, pois, embora seja filho de um dos maiores ícones reprodutivos do turfe moderno, Hasili, falta-lhe algo. E estamos falando de um ganhador de grupo com cinco outros irmãos, igualmente ganhadores, todavia no breeding-shed não me parece do mesmo calibre de seu irmão Dansili, embora sobejamente seja superior a seu outro irão Cacique, que além de tudo parece sofrer com problemas de infertilidade. E olha que muita força foi feita para trazê-lo para o Brasil. Não sei para fazer o que? Passear?
Dame Malliot é uma descendente direta de Mumtaz Mahal, cuja mãe, Stars in Your Eyes, trás uma estrutura genética que respeito muito, pois, é formada por cavalos que demonstraram em pista gostar de ganhar. A se conhecer Galileo, que deve ser considerado hoje o maior espécime equino da face da terra, Arazi, que ganhou em Churchill Downs, uma Breeders Cup Juvenile que certamente entrou para os compendio da história, Dancing Brave, que conquistou aquele que é considerado o mais competitivo Arco de todos os tempos, e o fez em recorde e finalmente Habitat que não teve adversários nas milhas européias no final dos anos 60 e é considerado por muitos - no quais me incluo - como o precursor do sucesso do cavalo norte-americano em pistas do velho mundo.
O que tenho eu então contra Champs Elysees? Absolutamente nada
Porém, o que realmente me intriga em Champs Elysses, é o fato de entre seus 13 individuais ganhadores de grupo haverem, um total de nove fêmeas. Está claro que seus machos correm menos que as fêmeas. Porque? Não tenho a menor idéia. Não é usual, mas possível. Um outro reprodutor - evidentemente de melhor qualidade de transmissão clássica - era Sir Ivor que igualmente primava por esta característica. A de produzir melhores fêmeas.
