Pois bem, um leitor acaba de comentar que eu não tenho boa vontade com certos jockeys e apontou em especial, com Mike Smith. Repeti diversas vezes que todos tem o direito natural a ter sua própria opinião. Penso haver uma grande diferença entre gosto pessoal com opinião. Gosto pessoal não se discute, opiniões há espaço para fazê-lo. Eu tenho a minha. Você pode ter a sua. E assim viveremos felizes para sempre, se houver respeito mútuo.
Eu particularmente acho Mike Smith um bom jockey mas não a divindade, que a mídia o tenta vender. Ele não é criança, e não creio que tenha feito sucesso quando os chamados grandes estavam em atividade. Na foto de abertura estão quatro dos mais importantes jóckeys que vir atuar. Cordero, Pincay, Shyoemaker e Vasquez. E de quebra uma bicicleta.
Na fotografia que se segue, troca-se a bicicleta por Steven Cotten. E houveram outros como Gary Stevens que aparece na fotografia de encerramento, Pat Day, Jerry Bailey, Cash Assmussen e com certeza estarei esquecendo alguém. Logo só ai, tenho como certos nove elementos - desde lado do Atlantico - que considerei melhores do que ele. Mas o que define um grande jóckey? Para mim, é aquele que não complica com o grande cavalo e que de vez em quando faz um médio cavalo, parecer um grande cavalo.
Vi Lester Piggott, Frank Dettori, Yves de Saint-Martin, para mim os três maiores de minha época trabalhar na Europa. Portanto, adquiri ao longo dos anos, aquilo que chamo de um pequeno conhecimento de causa, e me sinto no direito para repreender certas atuações de Mike. E se assim não o fosse, entra ai a questão da opinião, que deve ser respeitada, da mesma forma que respeito a opinião dos outros.
O jockey não pode se considerar uma estrela. A única estrela nesta atividade é o cavalo. Jóckeys, treinadores e grous, são parte da engrenagem, mas na hora dos holofotes, tem que ser o cavalo o alvo da questão. Jockey deveria ser que nem juiz de futebol. Quantomenos aparecer, melhor irá brilhar.