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domingo, 9 de agosto de 2020

PAPO DE BOTEQUIM. COISAS DO TURFE BRASILEIRO

COURTIER

Recentemente fui arguido, se seria possível a um cavalo brasileiro que nascesse em nossa temporada considerada normal de nascimentos, de vir a correr algo da tríplice coroa norte-americana. E impossível de isto vir a acontecer. Mas como seria no sentido inverso, isto é para um nascido na temporada considerada normal de elementos norte-americanos de correr nossa tríplice coroa? Diria que  é apenas improvável, embora eu mesmo tenha já provado ao contrário. Em duas oportunidades... 

Afinal dentro daquelas coisas improváveis que consegui somar em minha vida, como levar cavalos brasileiros a ganhar a Dubai Cup, o Santa Anita Handicap e ser segundo no King George VI, uma vez o consegui com a norte-americana Cara Regina ganhar o Diana carioca, e quase o fiz também com outra norte-americana, Little Baby Bear no Diana paulista, que é ainda mais difícil de se conseguir, pois, neste segundo caso, a filha de Broad Brush nem três anos tinha completado. E foi segundo perdendo a prova a centímetros do disco.

E lembro que, mudaram o Diana paulista de grama para areia, - numa atitude inédita e que nunca mais veio a ser repetida - atitude esta que não deveria ser levado a efeito em se tratando de uma prova de graduação máxima. Todavia, interesses haviam de facilitar vida de outra/s que melhor se saíam nesta pista.

Quem cria quer que aquele que nasce tenha o melhor pasto. E isto evidentemente acontece na primavera.

E ai entra outro detalhe curioso. Alguém me perguntou porque certos animais estranham a grama se desde que nascem são apresentados a ela em seus piquetes? Eu como você, acho que isto nada tem haver esta estapafúrdia observação. Eu acho, que uma das causas, possa ser uma questão de equilíbrio fisico. Certas linhas, eu dou exemplo nos Estados Unidos, as linhas de In Reality, Deputy Minister e Seattle Slew, possuem estas características e tenho certeza que seus descendentes não nasceram no deserto e que conheceram a grama desde o seu inicio. Mas tem um fisico a meu ver mais direcionado a pista de dirt.

O que eu realmente acredito, é que certas linhas e até certos condutas de criação, se adaptam melhor a certas situações. Situações tais como tipo de pista, diferentes distâncias, desenvolvimento muscular prematuro ou tardio, formas diversas de correr, enfim, detalhes que determinam certas tendências. Você, como selecionador, por observação tem que notar estas nuances e usar de toda a sua inventiva para adapta-las as diversas formas de atuação.

Porque os europeus evitam selecionar nos leilões de Keeneland elementos descendentes destes três chefes de raça citados? Porque seus descendentes mostram-se inferiores na pistas de grama. Porque aqueles que anseiam a correr o Derby e o Oaks, não optam por filhos de Kodiac ou Dark Angel? Porque seus descendentes dificilmente passam dos 1,400 metros. Ninguém diz para um descendente de Seattle Slew que ele vai correr menos na grama ou para um filho de Kodiac que os 1,400 metros é o seu limite. Eles simplesmente são assim por suas respectivas naturezas e uns sofrem da inadaptação da grama e os outros com o aumento da distância.

Estava pensando isto olhando o mar de Hallandale Beach, igualmente conhecido como oceano Atlântico e me deu uma vontade grande de subir e pedir a ajuda do Marcel Bacelo, pois, tem algo que me chama muita a atenção.

Não existe a menor dúvida que Courtier se transformou em um reprodutor importante com a estréia de sua primeira geração. Ela oficialmente está constituída por 62 produtos registrados, dos quais 32 (51,6%) já correram, 11 (17,74%) ganharam - nove em Cidade Jardim e dois na Gávea -  e outros detalhe interessante é que cinco nasceram no haras Cima, dois no São José da Serra,  e um no Anderson, Don Juan, Paulo Rodolfo Fisher e Carlos Santos.

E creio que seja licito de afirmar que o líderes das gerações paulistas, sejam dois de seus filhos, Dashing Court e Fast Jet Court, ambos criados pelo haras Cima. Não teríamos um perfil, mesmo que prematuro, do que Courtier é capaz?

O fato de seus filhos se sairem melhor em Cidade Jardim do que na Gávea, é explicável, pois, os treinados no Tarumã tendem a correr em sua primeira temporada em Cidade Jardim. Outro fato dos dois melhores produtos até aqui serem de criação naquele que mais filhos ganhadores dele obteve até aqui, determina que de alguma forma, o haras Cima, conseguiu, pelo menos nesta primeira geração, a receita do bolo. Terceiro que os filhos de Courtier devem ser vistos como elementos precoces, de classe e com uma boa vontade de vencer, até a milha, em ambas as pistas.

E como tudo que chega no Brasil é moda, e não consegue se manter por mais de 15 minutos, sua segunda geração é composta de apenas 21 elementos, e a terceira com 44. Para se ter uma idéia, o haras que o pensiona, tem apenas dois elementos registrados na primeira geração e tão somente um, na segunda. Parece que não acreditavam nele...

Coisas do turfe brasileiro.