Na defesa de teoria da escola de Chicago baseado num estudo chamado Crime and Punishment - que não é o romance de Dostoiyevski, é tese - o ser humano é teoricamente racional e certamente reage a incentivos. Incentivos estes que podem ser positivos, como também negativos.
Não me lembro quem o escreveu. Mas isto é tão verdadeiro, que um torneiro mecânico, eleito presidente, aplicou este preceito com inigualável maestria em nosso país. Incentivou positivamente a todos que garantissem fidelidade a ele, no maior volume de "gorjetas" da história do mundo moderno. Foi reeleito e fez um poste assumir seu trono por mais oito anos. Seriam 16, e quem sabe 24 anos de hegemonia, se ele tivesse colocado alguém com pelo menos um neurônio. Mas até nisto quiz levar vantagem...
Com o congresso, o judiciário, as estatais, a classe artística e a imprensa devidamente aparelhadas, e regiamente incentivada, foi criado um novo tipo de brasileiro. O homus teleguiado. Aquele que não pensa, tem boa aparência e só fala aquilo que seus superiores assim o determinam. E órgãos como o Senado, o STF, a Globo, a Petrobras, se dignaram a noticiar, apenas aquilo que o torneiro mecânico, e - seu bruxo de estimação - determinaram como a catequese a ser implantada. E quando uma Lava Jato, entra na parada e inicia - pela primeira vez em nossa história politica -a aplicação do incentivo negativo, a prisão, a coisa se torna insuportável. Anti-Democrática. Facista!
Mas o que o torneiro mecânico e seu bruxo de estimação não imaginavam é que a redes sociais iriam unir o pensamento dos descontentes, e o circo que eles armaram, ruiu. Além do crescimento da respeitabilidade para com a Lava Jato, os esquerdopatas perderam as eleições e passaram ao estágio de desesperados, cobrando aos comprados de uma obediência comprada e regiamente paga. Por isso, para reerguer o palco, a chamada lei da mordaça tem que ser aprovada e assim apenas a mídia comprometida, voltará a catequizar as ordens do senhor...
No best seller de Dostoievski, apela-se para uma linha moralista de consciência e valores. Na tese de Chicago, do mesmo nome, ela se ampara em punição como castigo, que um STF comprometido com aqueles que teoricamente teriam que pagar, parece não querer adotar. Vamos adiante
Quando entrei no turfe, senti que havia uma catequese. A BBA era nossa única "fornecedora". Tinha um representante no Brasil, e determinavam o que era bom para o Brasil. O que na verdade era bom para o Brasil, eram os rejeitados pela India, Africa do Sul, Korea, Turquia e outros centros igualmente dependentes da BBA, já que Japão, Austrália e Estados Unidos, resolveram criar uma vontade própria.
Quando trouxe os primeiros elementos norte-americanos - potrancas e éguas de cria - sofri uma pressão tremenda. Senti os tentáculos da BBA, mas como o que os representava, tinha um conhecimento bem limitado, achei meu caminho e posso assim dizer que ajudei a pavimentar uma outra alternativa: o mercado norte-americano. Somente o Antonio Cláudis Assumpção e o senhor Geraldo Bordon acreditaram na validade da aventura. Para os demais, quanto maiores mais tementes pareciam à BBA, e na opinião deles, pegava mal se usar um agente ainda garoto, em detrimento a uma potência da maior agência do mundo, a BBA. Pois é, ainda estou vivo e não acredito que ainda estejam...
Passaram-se as décadas, e os Estados Unidos passou a condição de também comprador, enquanto a Europa - principalmente a Inglaterra - se mantinham em apenas querer vender. O que os demais mercados emergentes, nem poderiam supor em utilizar.
Deu no que deu...
Alguém irá bramir que este ou aquele deu certo. Concordo, mas de quem estes ganharam? O roto falando do esfarrapado? E o preço que nos custou trazer os irmãos de Millenium, Henri le Balafre, Ghadeer, Alydar, Assert e outros? E os ganhadores do Arco e da Gold Cup? E cavalos nababescamente aproveitados quando em alta no mercado e reconhecidamente fracassados a seguir em estabelecimentos de cria do naipe da Coolmore, Aga Khan e Juddmonte Farms? Qual a validade de trazê-los? A espera do milagre?
Temos memória curta, já dizia um ex-presidente brasileiro, mas não acredito que tenhamos esquecido de nenhum destes e suas passagens desastrosas por nossa criação. Pois, para todo Crime haverá uma Punição.
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