SE VOCÊ NÃO GOSTA DE TURFE, PROCURE OUTRO BLOG. A IDÉIA AQUI NÃO É A DE SE LAVAR A ROUPA SUJA E FAZER POLITICA TURFISTICA. A IDÉIA AQUI É DE SE DISCUTIR TEORIAS QUE POSSAM MELHORAR A CRIAÇÃO E O DESEMPENHO DO CAVALO DE CORRIDA. ESTAMOS ABERTOS AS CRITICAS E AS TEORIAS QUE QUALQUER UM POSSA TER. ENTRE EM NOSSA AERONAVE, APERTEM OS CINTOS E VISITEM CONOSCO, O INCRIVEL MUNDO DO CAVALO DE CORRIDA, ONDE QUERENDO OU NÃO, TUDO É PRETO NO BRANCO!
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
PONTO CEGO. EXPRESSÃO DE PAISAGEM
Nunca fui a favor do jornalismo conclusivo. A função do jornalismo é informativo e deixar a que a conclusão seja feita por aqueles que leem. Não me considero burro. logo, não me agrada alguém achar que pode fazer a minha cabeça. Porém, não sou jornalista. Sou um analista. Logo, que teria todo o direito de ser conclusivo. Mas tento não ser. Pois, da mesmo forma que não gostaria que alguém achasse que poderia fazer a minha cabeça não me sinto no direito de fazer a cabeça de quem quer que seja. Defendo teses, mas de maneira alguma as vendo como verdades absolutas. As erijo em função de percentuais de acerto. Quem quiser as siga. Quem não, que as rechace. E a pista decidirá quem está com a razão
Ai vem a pergunta que não pode calar, porque nossa mídia atual é conclusiva? A pergunta foi retórica, pois sabemos a resposta. A mamata acabou, então o Bolsonaro sobrou! Ou teria que sobrar. A Globo não é lixo, como muitos a acusam. Seu nível de apresentação é dos mais altos que já tive o ensejo de ver. Todavia, viveu de mamatas e maracutaias. Pegou pela frente um cara que não está afim de dar continuidade a mesma, e apelou. jogou baixo e vai perder tudo. Até a concessão.
No turfe brasileiro existem aqueles dirigentes que tentam vender a verdade absoluta, como se fossem os arautos da verdade. Verdadeiras virgens inatacáveis. E apelam, para se manter dando as ordens. Como não sou e nem tenho vontade de dirigir nada, nem mesmo o meu carro, apenas tento estudar o que acontece na criação, pois, criar, como o próprio nome pré enuncia, é colocar no mundo, algo distinto.
Outro dia apresentei aqui uma tentativa que está sendo encapada pelo Figueira do Lago, com uma recém égua trazida de volta a seu convívio, onde a escolha do reprodutor que a serviria, teve como ponto básico de escolha, a concentração da família 2-n no produto a ser concebido da união. A mesma alternativa, numa muito maior escala, está sendo desenvolvida pelo staff do H e R, cobrindo as filhas de Acteon Man com o reprodutor Momento de Alegria. Porque outros estabelecimentos de cria não adotam posições semelhantes, com algumas éguas de seu plantel, e com famílias outras igualmente consagradas?
Apresentei experiências que estão sendo levadas a efeito por criadores indianos, e que em muito estão aumentando o sucesso daqueles que assim o estão fazendo, em pista. O cruzamento de Multidimensional com éguas filhas de Razeen, foi apenas um exemplo. A poderosa Coolmore, que na verdade não precisa mexer muito, pois, a sopa atual tem para eles um sabor por demais agradável, investiu em mandar éguas filhas de Galileo e Sadler´s Wells para serem cobertas por Deep Impact no Japão. Porque fez isto? Pois eles tem a perfeita noção que Galileo não é para sempre, e quando se habita este patamar, a Juddmonte, a Godolphin e Aga Khan o podem o desalojar de lá, a qualquer momento.
Fica claro que existem diversas formas de se tentar melhorar o funcionamento genético daqueles que cria. Se você acumula, em seu rebanho, através de anos, num tipo de éguas, porque não procurar um reprodutor que as auxilie no futuro a médio prazo? Porque não pesquisar por este reprodutor, ao invés de aceitar o que lhe é oferecido e que nem sempre irá satisfazer a seus propósitos? Lei do menor esforço?
Temo que certos brasileiros além de querer levar vantagem em tudo, aderem a lei do menor esforço e como desculpa afirmam que para ele o turfe é um hobby. Se é, é só no Brasil. Ainda mais que mexe com vidas humanas. Com famílias, que dependem da atividade. Deveríamos ter mais atenção para este fato.
Há um dizer popular, mais antigo que vó Adelina, que é muito importante saber perder. Eu acho que aquele que aprende a saber perder, é porque perdeu muito. E eu não aceito esta submissão a derrota. Cada uma deveria criar dentro de si uma revolta imensa, a cada derrota. Analisar porque ela aconteceu. E tentar minimizar os erros, com os ensinamentos que aquela derrota lhe trouxe, para evitar uma subsequente derrota.
E para falar a verdade vejo nosso turfe perder diariamente terreno e poucos são aqueles que se revoltam publicamente com o fato. A resignação gerada com a espiral do silêncio, credencia a inércia a se instalar no subconsciente de cada um.
Prefiro ter a reação de chutar o carro, como um Senna o fazia, quando perdia batendo na última volta, que a expressão de paisagem do Barrichelo, quando era obrigado a entregar uma prova para o Michael Schumacher.