Um leitor que parece ter suas duvidas sobre a qualidade do reprodutor nacional, afirmou que tirando Clackson (foto de abertura), nenhum outro elemento brasileiro brilhou na criação brasileira. É uma opinião, como a de que a terra é um cubo, e o infinito tem um fim.
Diria ser um fato e não uma opinião que Redattore e Romarin, estão entre os melhores 23 reprodutores em atividade no Brasil, por número de individuais ganhadores de grupo, acima de reproduzes que aqui chegaram - alguns a peso de ouro - como Earldom, Felicio, Vettori , Millenium, Amigoni, Yagli e outros. Estaria eu escorregando na maionese?
REDATTORE
Para, este mesmo período da provas de grupo, Dancer Man, Baronius, Only Once, Egoísmo, Zenabre, Kenético, Thingnon Lafre, Quintus Ferrus, vieram a produzir mais de sete individuais ganhadores de grupo, o que para um reprodutor nacional no Brasil, é um afronta. Pois, as chances que eles receberam, sejam quantitativas, como qualitativas, estiveram sempre abaixo da crítica. E assim mesmo produziram mais ganhadores de grupo que Our Emblem, I Say, Free Hand, Thundering Force e outros ainda menos votados. Logo, mais respeito com o reprodutor nacional.
O que pode ser dito é que nenhum reprodutor nacional foi capaz de ganhar estatísticas de reprodutores no Brasil. Justamente pela falta de oportunidades, a que me refiro. Mas dizer que isto é uma tônica no hemisfério sul, me parece ser uma falta de informação. Por exemplo na África do Sul Jet Master e Dynasty venceram neste século, estatísticas. Ainda neste século, Redoute´s Choice, Encosta de Lago e Snitzel o fizeram na Austrália, assim como Zabeel na Nova Zelândia.
ROMARIN
Certo que Brasil, não está sozinho nesta anomalia. Argentina e Chile também sofrem do mesmo mal. O que me leva a pensar que que a América do Sul. em termos de criação de cavalos de corrida tem conceitos distintos da África do Sul e da Austrália. Outrossim, pelo menos a Argentina pode se gabar que Candy Ride, Forli e Lord at War, conseguiram algum sucesso na criação norte-americana.
Eu acho que quem foi em pista, apto a vencer nos Estados Unidos provas de grupo, e possui um fisico atlético, com um mínimo força genética seria capaz de se tornar algo especial, se convenientemente auxiliado por boas éguas em um bom número. Seria o caso de Redattore e Romarin, respectivamente o segundo e terceiro reprodutores nacionais com mais individuais ganhadores de grupo. estaria eu dizendo uma asneira?
Hoje vejo um esforço para lançar Arrocha, por parte de seu criador que o levou aos Estados Unidos e teve a coragem de o trazer de volta. Está certo que pousei possa não emitir confiança. mas olhem com atenção o pedigree deste cavalo e pensem nas possibilidades de grandes estruturas genéticas que podem ser montadas com seu auxílio. banquei este desafio com Momento de Alegria, pelas estruturas genéticas que ele poderia montar se éguas de Acteon man a ele forem ofertadas. Que mal há nisto? principalmente se você estiver imbuído no desejo de correr seus próprios cavalos. Haveria outro desejo nos criadores de menos de três éguas?
Da seletiva lista de elementos nacionais que expus acima, apenas Dancer Man era filho de um nacional, o que nos impele a acreditar que os netos dos reprodutores nacionais estão fadados ao ostracismo.
Vamos parar de esculachar com o reprodutor nacional. Poderia até aceitar o fato se trouxéssemos genética de primeiro mundo com campanha pelo menos honesta em prados de primeiro mundo. Mas temo em vista o que estamos trazendo, não me parece o caso... Acredito está que esta negatividade não tem a menor justificativa. A não ser por nosso eterno complexo de vira-latas!