Não sei. Mas parece ser irreversível.
Não dá para se improvisar e muita improvisação leva a derrocada. O la Pomme, foi um projeto audacioso, mas que em minha opinião não rendeu o que deveria render, embora haja mais de 25 ganhadores de grupo entre os elementos por eles criados. Arrisco a afirmar que Gentleman, num patamar bem acima e no imediatamente abaixo Asidero, Winning Prize e Painter, foram os pontos mais altos por eles obtidos. O que para mim é pouco, levando-se em conta o investimento adotado. E não poderia ser esquecida a vitória de Lord Grillo, um ainda 3 anos, sobre Silver Charm, no Malibu Stakes (G1).
Mas em meu modo de ver, ele não chegou ao mesmo patamar de outros grandes centros de criação argentinos. O turfe é exigente. Não importa, o grau de investimento. Você tem que ter o diferencial.
O Flamengo, deu uma improvisada ao trazer um auxiliar técnico de um grande técnico de futebol, e parece estar pagando por seus pecados. Mas há de se levar em consideração que vários outros foram tentados e simplesmente nenhum deles quiz vir. O que veio, fritou. Pois, ele não tinha o diferencial, que Jorge Jesus provou ter. Seria o mesmo de contratar o chofer de Federico Tesio, para gerenciar seu projeto turfístico, mesmo levando-se em conta ser ele o maior confidente do grande criador italiano.
Um haras se monta com suas linhas maternas, e estas não se formam em curto período de tempo. Houveram alguns no Brasil, que iniciaram um processo de adquirir todas as éguas ganhadoras de grupo no pedaço e os dois últimos estabelecimentos que se utilizaram deste expediente, fecharam suas portas de forma melancólica. E é bastante simples de se entender. Se ganhadoras de grupo fossem as melhores reprodutoras, não haveria chance para as outras meras mortais. E mesmo dentro do principio das grandes linhas troncos erigidas por famílias bem sucedidas, existem mensageiras que levam o trabalho adiante e outras que não. Empacam.
È com muita tristeza ver algo tão forte como o La Pomme encerrar suas atividades na Argentina. Mas afirmo que foi ainda muito mais triste ver no Brasil, o mesmo acontecer com o Santa Ana, o São José e Expedictus, o Guanabara, o J. B. Barros, o Sideral, o Inshalla com seus titulares ainda vivos, depois de décadas de um sucesso, a meu ver, bem superior que o La Pomme na Argentina. Ver o Equilia e o TNT, transferirem suas atividades para outros países, como o la Pªomme está fazendo, também me pareceu doloroso.
A grande verdade, é a exceção do Chile, - cujo turfe me parece fictício já que dominado que é por uma família - está em ascensão. Todavia, mesmo esta ascensão hoje visível e respeitada, só se deu por uma mudança radical de rota. Não pela manutenção de uma improvisação. Eles terem deixado a improvisação anterior de importação de reprodutores de grandes pedigrees mas de campanhas pífias, por investimentos sérios capitaneados por Scat Daddy, fizeram toda a diferença.
A fórmula é conhecida. Logo, é preciso apenas ter a coragem de leva-la adiante.