Não sou um fã dos rates. Nunca escondi o fato. Afinal, acho que se tentar metrificar um cavalo, pelo que ele desempenhou em uma determinada corrida, não funciona se a idéia é comparativa com outro qual não teve a oportunidade de enfrentar. Concordo que o qualifica, mas não o faz melhor ou pior do que ninguém.
Vejam que por exemplo, uma outra forma de metrificação, aqueles que estudam o ângulo de um galão. O de American Pharoah era muito superior ao de Seattle Slew, mas eu aposto que o segundo bateria o primeiro em qualquer embate em tornos dos 2,000 metros no dirt de qualquer hipódromo. Talvez se ter a exata medida da rapidez de se alcançar o galão seguinte, pudesse melhor definir em termos qualitativos. Mas mesmo assim seria uma medição relativa, pois, existiria o grau de exaustão através da distância.
Houveram sopranos de primeiríssima linha, melhores até que Maria Callas, contudo a presença fisica da mesma em um palco e suas histórias extra teatro com Onassis a fizeram a número 1 no gosto popular. Logo, não existe um processo milimétrico que possa medir e comparar elementos sejam em pista ou em palco, que não se enfrentaram. Eu por exemplo sou um fá incondicional de Zenyatta, mas ela bateria a Ruffian? Duvido muito. Como seria para mim impossível assegurar se ela venceria ou não Raquel Alexandra, e olha que correram numa mesma época. E qual seria a melhor, se anexarmos na comparação a Beholder, Lady´s Secret e Azeri? Enable ou Zarkava, numa milha e meia na grama o mínimo que se poderia dizer é que sairia faísca. Ribot ou Sea-Bird? Você em sã consciência arriscaria um palpite? Seria Frankel superior aos dois? Na milha talvez. Na milha e meia, nunca.
Logo, não me venham com rates para qualificar atletas. É um processo que respeito, mas de maneira alguma prova coisíssima nenhuma.Pelo menos a mim. Como o caso do Byers Speed. Se eles funcionassem, não haveria necessidade de se correr um pareo. Ao ser montado, ele já estaria decidido.
Outra coisa que tenho restrições, é o handicap. O adotado por sexo, acredito ser ridículo e o por idade, ainda menos justo. Da mesma forma que ela tenta se justificar que um seis anos tem mais experiência que um três anos, eu diria que há muito maior possibilidade de um três anos conviver com menos problemas físicos que um seis anos. E porque uma égua seria inferior a um macho. Olhem o que acontece constantemente no Arco.
Recentemente o Flamengo levou um chocolate de del Valle. Perguntem se a diretoria do clube equatoriano, não trocaria de muito bom grado, do goleiro ao ponta esquerda, todos seus atletas com os atletas do Flamengo. Mas na real, o resultado foi 5x0. E poderia tranquilamente ter sido mais.
Não sou o dono da verdade e no tocante ao que expus acima, posso estar até errado. Mas piamente acredito que não esteja. Os rate é uma expressão comercial que não reflete para mim a realidade. Lembram dos rates dados a Enable, e a dois de seu companheiros de barn? Qual deles poderia batê-la? John Gosden e Frankie Dettori, não tinham duvidas que nenhum deles, tanto que evitaram de todas as formas o confronto. Outrossim, em termos de sindicalizações para aproveitamento reprodutivo, era importante que os machos tivessem ótimas classificações, inclusive acima dela. Não seria uma piada?
Rates no Brasil me parece um sofisma. Quem realmente tem experiência no mercado pode aquilatar quem serve ou não, e dependendo do propósito optar por A ou B, sem que seja necessário enfrentamento. Mas como o mercado é pequeno, no puro e simples enfrentamento, máscaras caem. Ao sabor do vento.