Escrevo, depois de ter assistido a algo que não acreditava ser possível. O placar já era adverso de 2x0, o Gabigol perde um gol impossível de ser perdido, e a beira do campo o técnico bate palmas pelo esforço. O Jesus teria de descabelado, xingado e trazido o time à sua responsabilidade. Já o fazia quando tinha o placar a sua feição de 4x0. Quanto mais por 2x0, contra! Logo, que me desculpem aqueles que assim não concordam, mas o Flamengo não estava perdendo vitima da da altitude, e sim por um problema de atitude. E a atitude tem seu início, de cima para baixo. Do treinador aos jogadores. Isto faz parte do manual de quem dar certo.
Em derrotas, culpados podem ser apontados. Vexame é de todos.
Aliás, não tenho a menor dúvida que para se alcançar sucesso em qualquer atividade, são necessários quatro fatores: um pouco de sorte, relativo talento, razoável capacidade de concentração e acima de tudo muita transpiração. Afinal, nada é conseguido de maneira fácil. Principalmente se não houver a correta atitude. Quanto mais alto for o patamar, mais foco há de se ter e torna-se necessária muita clareza de atitudes. Principalmente em se tratando de ciências nada exatas como a genética nos cavalos de corrida.
Tento passar informações aqui sobre as análises que faço quase diariamente tendo como base os resultados das provas de grupo no mundo. De terça a sexta, me sobra este tempo de análise sobre o que aconteceu no fim de semana anterior. Tendo descobrir a razão de coisas acontecem e nem sempre tenho as respostas. Outrossim, pelo menos sinto direções. A famosa bússola que sempre aqui comento, que determina o norte que o levará a Roma.
É um processo que necessita-se tatear. Muita atenção e excessiva observação. Nada tem que ser recebido como conclusivo, logo, se existem dúvidas, estas dúvidas devem ser respeitadas. Resumindo, para se almejar Roma tem que ser atitude.
Se existe um tribo que demonstra atitude, esta tribo é a de Halo. Aliás Halo era um cavalo com tremenda atitude. Eram necessários dois homens, munidos de longos chicotes para retira-lo de seu paddock na Stone Farm. E Halo não sei porque cargas d'água não funcionou no cenário norteamericano. Mas seu filho Sunday Silence foi o maior ganhador de estatísticas para reprodutores na Japão e seu legado parece continuar por intermédio de seu filho Deep Impact e Southern Halo foi o maior ganhador de estatísticas para reprodutores na Argentina e agora por intermédio de seu único filho de real valor nascido nos Estados Unidos, tem em More than Ready, um detalhe inédito: um elemento que sempre se posicionou entre os dez primeiros colocados das estatísticas para reprodutores, nos dois hemisférios: Estados Unidos e Austrália.
Atentem no diagrama abaixo o robusto número de filhos de Halo, que conseguiram produzir neste século pelo menos a um ganhador de grupo e notem igualmente que apenas dois de seus filhos foram incapazes de gerar a um filho que reprodutivamente pudesse não gerar um ganhador de grupo. Não é fácil se abrir um leque destes.
O que falta a tribo Halo, é um Galileo, diriam alguns. Discordo, Sunday Silenc e e Southern Halo, foram reprodutores de altíssimo nível, como o está sendo Deep Impact. Se nenhum deles se fez na Europa ou Estados Unidos, é outro problema.
Seria então um contra senso imaginarmos a possibilidade de criar veios nacionais de descendentes de Agnes Gold, Hat Trick ou Verrazano, para se formar uma tribo genuinamente nacional? Porque as coisas podem acontecer no Japão no caso de Deep Impact e na Australia, no caso de More than Ready, e são impossíveis de acontecer no Brasil. Só uma resposta: por culpa única e exclusivamente da falta de oportunidade com que brindamos o reprodutor nacional.
A isto reputo atitude.
.....Saint Ballado