Um dos escritores norte-americanos que mais me agrada, é William Falkner. Certamente é o que eu mais respeito. E uma de suas frases, talvez a mais curta, de sua retórica me soa de forma profunda e nítida: "o passado não passa"
Nos pedigrees, "o passado não passa". Mas na vida real não é bem assim. Hoje, por exemplo, o mundo carece de um Churchill, e tem que conviver com um Macron. Acha que Maranona é Pelé, e que o Leonardo di Caprio, é Lawrence Olivier. A capacidade das pessoas pode decair se elas não se repaginarem. Vejam hoje que o Palmeiras anda cortando um dobrado com o Vanderley Luxemburgo, e muito tem haver com aquele 4x4 que o Vasco conseguiu ano passado contra o poderoso Flamengo de Jorge Jesus. Muita gente deve ter pensado que o Vanderley estava de volta. Ressurgira das cinzas. Eu ainda penso ser um ledo engano, que já fora cometido por este mesmo Palmeiras achando que o Felipão era o mesmo Felipão de 2002. E mesmo o Flamengo, que hoje se encontra na luta pela liderança do campeonato brasileiro, penou por achar que ainda tinha um time imbatível, como o de 2019, e com isto chegou a figurar na zona da degola.
Todavia, nos pedigrees, as presenças de Northern Dancer, Mr. Prospector, Pretty Polly e La Troienne, parecem nunca querer virar passado. Estão presentes no dia a dia da atividade, agindo em seus mínimos detalhes. Percebam que um imbreed em qualquer geração que apareça pode agir de forma significativa na formação de um atleta. Assim como alguém como terceira mãe pode de ter influência relevante. Aliás, se assim não o fosse, compraria-se cavalos de corridas apenas por seus físicos.
Desta forma é importante se conhecer o passado , e esta é a tentativa que sempre faço por aqui, neste blog, que tem como objetivo principal, não tentar impor uma verdade e sim fazer com que aqueles que se interessam, passarem a ter um número mais amplo de ferramentas para levarem a efeito suas pesquisas e enriquecer seu aprendizado.
Não vivo de passado. Outrossim, acredito não só em transmissões lineares de algumas tribos e famílias, bem com em estruturas baseadas em imbreeds em chefes de raças e duplicações em matriarcas. Ao contrário dos humanos, certos chefes de raça permanecem por algum tempo influenciando pedigrees. Esta era a crença de Tesio. O fazia com linebreeds de St. Simon. Era também a de Boussac, que se utilizava de imbreeds em Tourbillon. E até de Lord Derby, que sempre primou por duplicações naquelas éguas que considerava suas matriarcas.
Não seriam eles três dos mais importantes criadores do século passado? Não teriam eles grande importância nas bases de mais de 80% dos pedigrees que oram vogam nas esferas clássicas modernas? Pois eles, atingiram este estágio por acreditar que "o passado não passa".
Não sei se Ribot bateria Enable no Arco, ou Tudor Minstrel a Frankel, nos Guineas. Na realidade isto pouco importa. O que importa é a transmissão que os cavalos conseguiram nos pedigrees de suas respectivas descendências. Estas transmissões quando permanecem provam que eles são para sempre, ou se não o são, pelo menos por algumas gerações.