HEADBAND, por Henry The Seventhy e Thermopylae, por Firestreak, foi arrematada por Cr$ 42.500,00, o quarto maior preço das 12 potrancas inglesas levadas à licitação. Nas pistas defendeu as cores do Haras Expert, e segundo levantamento feito no stud book brasileiro, correu 20 vezes em hipódromos oficiais, para vencer 11 corridas, sendo uma delas no Clássico Erasmo Teixeira de Assumpção (Centenário de Nascimento), com 4 colocações clássicas em provas de grupos, uma autentica sprinter.
Na linguagem popular “roçou pelo” com a nata da velocidade daquela época. Para se ter uma idéia ela fez 3º no GP Proclamação da República, onde sofreu prejuízos na largada, num campo com 22 competidores, vencido por Iburn, secundado pelo Hafiz, que naquela mesmo ano havia vencido em maio do GP. Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos de Corridas G1 em recorde. Pela Linha alta, como nossa personagem anterior La Malma (Manacle), era uma Owen Tudor / Hyperion, tribo que dominava as principais provas para sprinters do continente Europeu nos anos 70 e início dos anos 80, e sua mãe Thermopylae era uma Firestreak (Pharos), subfamília 6-e. Sua avó, Thiffany Case, por Never Say Die (Nasrullah) era neta de Abernant (Owen Tudor), cujo cruzamento possibilitou uma duplicação formula 1 em Mumtaz Mahal. Se abrirmos o pedigree de Headband até a 6ª geração contemplaremos diversas duplicações em chefes de raça, como o próprio Hyperion, Phalaris, Pharos, Fairway, Swynford e ainda nas matriarcas Scapa Flow e Mumtaz Mahal, simplesmente extraordinário. Levada para o Haras infelizmente gerou apenas 2 produtos, 1 macho por Millenium (Heidegger, 1978, 1 vitória em 4 saídas) e 1 fêmea por Duke Of Ragusa (Geographie, 1977, sem campanha). Geographie levada para o Haras gerou a 8 produtos, 7 machos e apenas 1 fêmea, Alabama Girl por Cap Ferrat, sem campanha e sem produção no haras pondo fim a sua descendência.
É de se lamentar o fato de que a única filha de HEADBAND, que acredito que tenha desaparecido precocemente, tivesse sido um produto de um cruzamento com o Duke Of Ragusa, que provou-se posteriormente ser um autêntico eletricista, com o agravamento de ter sido depois servida por outros garanhões de muita pouca valia, como Cap Ferrat, Euclid, Western, Keep The Promisse e Ozu, só para citar alguns. O sucesso em pista produzido pela HEADBAND, incentivou ao Haras Expert em adquirir sua irmã materna, que foi nominada como HEADCAP, por Manacle, o pai da La Malma. Abrindo um pequeno parênteses, Manacle foi o pai do Champion sprinter MOORESTYLE, ganhador dentre outras da super qualificada July Cup de 1980. HEADCAP teve campanha inferior a Headband, porém, sua descendência teve melhor aproveitamento no haras, dando o ganhador do GP. ABCCCC de 1997, Amor Por Inteiro (Sharannpour). Outra nota a se destacar é que essas importações realmente fomentavam o turfe brasileiro, com o sucesso dos estrangeiros em pista, instigava os criadores e proprietários da época em buscar cada vez mais reforços em outras praças, citando como exemplo o campo do GP. Proclamação da República de 1974, onde tínhamos anotados 15 competidores, sendo que 6 deles eram estrangeiros, 2 fêmeas inglesas (La Malma e Headband), 2 argentinos (Miss Norma e King´s Archer), 1 peruano (Satanás) e 1 irlandesa (Tuesday Night), sendo que esta irlandesa chamava muito a atenção por que tinha corrido e vencido por duas vezes na Inglaterra, trazida para o Brasil venceu na estréia e vinha assombrando os corujas de plantão pelos trabalhos apresentados. Ainda sobre a irlandesa Tuesday Night ela tinha como 3º pai e como avô materno o RELIC, que viria a ser avô paterno do pai do consagrado LOCRIS. O Champion sprinter IBURN, citado no início deste artigo, tinha como pai o Paddy´s Ligth, da tribo Hyperion, e tinha como mãe, uma inglesa (Tyburn) filha do mencionado Relic (War Relic/Man O´War).
HAFIZ, outro campeão da velocidade, também citado no início, era neto de Pewter Platter, um Owen Tudor / Hyperion. Percebe-se que o alvo da época priorizava as tribos que imprimia velocidade, fazendo um paralelo, seria como que se hoje estivéssemos trazendo para a nossa criação os Invincible Spirit (Danehill) e os Acclamation (Royal Applause). Espero que esses levantamentos incentive ao público do blog a leitura dos pedigrees dominantes naquela época onde nos poderá trazer um norte para novas aquisições tanto de garanhões como de matrizes. Realmente foi uma época muito promissória que infelizmente foi contaminada posteriormente pela importação de um grande contingente de garanhões de pouca valia prejudicando em muito a manutenção de boa parte das éguas importadas na época. Chegou a hora da retomada dessas ações e ferramentas não faltam para que façamos de forma promissora.
