O que se viu nesta enxurrada de provas de grupo deste fim de semana, foi o aparecimento de vários ganhadores trazendo em seu pedigree, duplicações em matriarcas. Fato que não me surpreende, e afirmo que acontecerá ainda com maior frequência daqui para frente. pois, aqueles que tem algum discernimento na cachola, devem estar tomando conta do acontecido e se preparando para usar do mesmo artificio.
Evidente que temos no Brasil, uma dificuldade de assim proceder. Primeiro pela inércia natural de nossa linha de raciocínio e segundo pela falta de elementos a se trabalhar. Sem ferramentas fica difícil se edificar o que quer que seja.
Pergunto, porque os reprodutores de maior sucesso na atualiade, propiciam não só estas duplicações, como também tripés mágicos com o terceiro imbreed em cavalos como Seattle Slew, Buckpasser, Raise a Native, Nureyev, Saldler´s Wells Danzig, Danehill, Roberto ou outro que seja? Porque eles tem em seus pedigree obrigatoriamente Northern Dancer, Mr. Prospector, meia dúzia de matriarcas e pelo menos um terceiro grande chefe de raça, como a lista anteriormente apresentada. Não seria importante no critério de seleção seja de um reprodutor, seja de uma reprodutiva, levar este ponto em consideração?
Este para mim, é o cuidado básico que um criador deveria ter, com o reprodutor a ser anexado a sua criação. Alguém perguntaria, quer dizer que se não tiver mesmo que tenha sido um cavalo excepcional não valeria a pena? Valeria. Outrossim, valeria mais a pena, esperar por um que tivesse. Esta é basicamente a questão. Paciência e resiliência. Cavalos sçao como ônibus. A cada hora passa um. E esperar e se jogar no mesmo na hora devida.
Alguém em sã consciência na criação brasileira dá bola para isto? Atenta para estes detalhes? Tem a paciência de esperar pela hora certa? Ou prefere estudar aquilo que lhe apresentam, que na sua grande maioria das vezes são listas que rodam por vários países e depois de rejeitados aportam por aqui? Se o nome do pai é fashionable, muitas vezes este passa a ser o fator de mais importância. E eu não concordo, com esta diretriz.
Com a neutralidade que sempre procuro manter, acho que tanto o paraná como Bagé, deram uma boa mexida de reprodutores, nos tempos atuais. E noa é por este ser filho de More than Ready, Into Mischief, Kitten´s Joy ou Uncle Mo que as coisas mudaram de figura, pois ainda é bom se ter em mente que vivemos - na grande maioria das vezes - o enigma do alguém tem que vencer. Aceito o fato que houve uma melhora. O que nos falta é uma renovação de éguas, impossibilitada por estas taxas de importação malditas que nada somas para o governo, mas que subjugam nossa atividade de uma forma vil.
