Um blog, deveria tentar ser uma coisa agradável de ser lida. Concordo, que de vez em quando não o é. Um que prima por uma determinada fração, como o turfe, deveria ter artigos sérios que podem ou não concordar com sua linha de raciocínio. Mas que reflitam a idéia de quem o escreve. E assim sendo, que pelo menos o suscitem a pensar no assunto. Como balançar a medida? Não sei. Só vocês podem me responder se consigo ou não.
A verdade é que pouca gente se arrisca a escrever, principalmente num assunto tão gasoso como o turfe. Uns contam histórias, que na verdade são mais simples de serem escritas e aceitas. Quando estão mergulhadas em fatos verdadeiros. Aquelas fragmentadas em suposições, me preocupam um pouco. pois, revelam tendencias pessoais em um assunto em que você deve se manter o mais neutro possível.
Hoje a grande mídia brasileira, é tendenciosa. Não se limita a dar a informação. Quer fazer a sua cabeça. E ainda pior, só revela os fatos que acreditam que vão favorecer a um dos lados. Acho isto de uma pobreza retumbante. Mas há de se relevar o fato, pois, de uma hora para outra a torneira de ajuda financeira governamental, cessou. A fonte secou e a garganta ficou seca e amarga.
Tenho tentado abrir o espaço para aqueles que tenham algo de útil a ser dito. Poucos, até aqui, aceitaram a incumbência. A estes poucos agradeço ardorosamente a ajuda, pois, como eu, se arriscam num mercado onde a vaidade impera e poucos são os que aceitam criticas.
Vivemos este fim de semana um festival do Grande Premio São Paulo, que não só foi prejudicado pela pandemia, como também pela proximidade para com o Festival do Grande Prêmio Brasil. Coisas que acontecem, mas que não deveriam acontecer. O Flamengo num exíguo espaço de tempo disputou 18 pontos dos quais ganhou 16. Mas se preparou para isto. Sabia o que veria pela frente. Nosso turfe ao contrário, não está preparado para absolutamente nada. E creio que se não houver harmonia entre os hipódromos a coisa tende a feder.
A Gávea passa a ter uma nova linha politica. Espero que alinhada aos demais hipódromos, pois, capitanear uma atividade, não é querer crescer sozinha. Em minha opinião, tem que ajudar as outras que fazem parte da atividade. Precisaríamos ter um Grande Prêmio Brasil forte. Um Grande Prêmio São Paulo igualmente e quem sabe a volta das forças que um dia tiveram os Grande Prêmios Paraná e Bento Gonçalves. Deveríamos unificar nossas tripleces coroas, talvez a transformando em sêxtuplos coroas, num sistema de pontuação. Com Cidade Jardim e Gávea, cada um contribuindo com três provas da milha a milha e meia. E talvez criar algo semelhante para as pistas de areia. O mesmo deveria ser criado para os de mais idade. Seriam championships, que uniriam cada vez mais os hipódromos. E, quem sabe, patrocinadores seriam mais fáceis de serem convencidos.
Sei que são apenas idéias, e que merecem apreciações técnicas bem mais evoluídas. Outrossim, creio que poderiam ser melhor desenvolvidas por quem estiver com a mão na massa. Não podemos nos deixar levar por bairrismos e muito menos admitir que nosso turfe é regional e não nacional. O calendário deveria ser brasileiro, e não tão somente, carioca, paulista, gaucho ou paranaense. A pedra deveria ser única. E nosso sentimento comum.
Acredito que cabe a ABCPCC tentar unir as pontas. Hoje, com a mudança politica levada a efeito na Gávea, acredito ser possível. Gostaria de ver os quatro presidentes de nossos principais hipódromos, sentados a mesa com o presidente da ABCPCC com vi uma única vez em um simpósio patrocinado por uma empresa. A hora é de união. Nosso futebol está uma bosta, pois, há desunião. O sonho de cada um dos 12 chamados grandes e eliminar as chances dos outros 11. Não podemos deixar isto acontecer com nosso turfe, que é cravejado de gente bem sucedida e consequentemente inteligente.
Se este não foi um assunto agradável de se ler, acreditem, será bem agradável futuramente de se comentar, casos os quatro hipódromos venham a se unir. Pois acreditem, a pela primeira vez um sol brilhando no horizonte...