Para mim o pleno favoritismo demonstrado na pedra, de Stradivarius era puramente sentimental. Não há duvidas que ele é o melhor stayer aparecido na Europa nestes últimos anos. Não existe pelo menos para mim, e creio que ficou provado em suas corridas, a mínima dúvida que os 2,000 metros e os 2,400 metros não fazem parte de seu cardápio, quando o mais alto nível se mostra presente. Em determinados grupos sim. No mais alto patamar, nem pensar.
E juntando-se a isto o fato que a menos de duas semanas atrás, ele simplesmente disputou um Arco numa pista anormal, dá para se ter idéia, que o quadro para ele não parecia dos mais favoráveis. Seu favoritismo faz parte do romantismo em que esta atividade se encontra embargada desde os tempos que isto era um esporte de Reis. O mesmo dado a Enable no Arco.
E sabem mais porque, para mim, ele deveria estar agora comendo uma boa alfafa e esperado pelo ano que vem, ou quem sabe até o breeding-shed, ao invés de passar o vexame de nem se colocar numa prova onde seus adversários por ele foram batidos em diversas oportunidades? Porque cavalo não é sanfona. Ele é um elemento que se acostuma a ter um tipo de respiração, e mudar, o ritmo da mesma, logo, em tão curto espaço de tempo para correr 2,400 e depois 3,200, é um suicídio penoso.
O que falar do vencedor? Primeiro que ele pagou 25-1, logo nada ou muito pouco era esperado dele. Que de melhor até aqui, tinha a seu favor uma listed race em Haydock na distância de 2,400 metros. E segundo, que eu particularmente nunca tinha dele ouvido falar. Mas que sua vitória foi por larga margem, ela foi. Quem correu por Stradivarius - este sempre na quarta colocação nos paus - sambou.