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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

PAPO DE BOTEQUIM: QUANDO UM FATO SE TORNA UM FEITO

 

Existe o fato e esta deveria ser a importância do repórter. Descobrir e divulgar o fato. O problema é que o repórter hoje, quer extrapolar as suas atribuições e contribuir com uma análise do qual em sua grande maioria não está preparado. E para piorar ainda mais a a situação, ele dá o desfecho, com sua opinião.  Sou ainda do tempo que o repórter trazia o fato. O colunistas analisavam detidamente o mesmo. E mesmo assim a decisão final ficava por conta do leitor. Coisa que hoje dificilmente acontece. Era um concessão que os órgãos de comunicação antigamente faziam para com seus seguidores.

Hoje não. Os órgãos de comunicação querem ser os juizes dos fatos. Entregara a seus seguidores a obra completa. Não dando ao leitor, ao ouvinte e ao espectador, a mínima chance de exercer o direito de decidir sobre a questão.  Considero isto, a imbecilizarão das massas. Impetrado no início do século pelos movimentos de extrema esquerda.

Eu quando acompanhava a Globo, não estava o mínimo preocupado com a opinião do Bonner. Queria na realidade saber o que um analista melhor preparado do que ele, opinaria. Mas pouco a pouco, os grandes colunistas de jornais foram morrendo, desaparecendo e acredito que hoje poucos são aqueles que merecem respeito pela lisura de seu raciocínio. Foram-se os Alexandre Garcia, os William Waack e outros menos votados ficando os Guga Chacras e as Miriam Leitão da vida.

Estaríamos, nós brasileiros, trocando o sonho de um futuro melhor pelo pesadelo de um passado caquético que em lugar algum deu certo?Esta para mim é a grande pergunta a ser respondida.

No turfe brasileiro, infelizmente nunca tivemos o ensejo de viver uma era de analises neutras sobre nossas corridas e criação. Sempre quem opinou t um viez a defender e outro a criticar. Nunca uma analise limpa do que na verdade poderia estar acontecendo. Décadas atrás houve a Turf e Fomento, mas que tinha como força maior a reprodução de artigos de analistas do exterior. Outrossim, como para o entendedor, meia palavra basta, para mim e para um punhado de outros, muita coisa podia ser absorvida.

Hoje a linha de raciocínio lógico e imparcial de coisas referentes ao turfe me parece quase inexistente. Primeiro pela falta de espaços e segundo, quando eles existem há uma tendência de se querer vender algo. Em alguns casos defesas de coisas que nem deveriam ser defendidas, devido a claridade dos fatos e terceiro pelo bairrismo ainda existente, que é ainda uma das faces, de nosso perfil retrógrado.

Escrevi na Turfe e Fomento, na Hippus, no Coruja, na Revista do Jockey Club e no Jornal do Turfe. de nenhum tenho queixas e em momento algum fui por algum deles, censurado numa virgula sequer. Mas escrever neles, era como estar morando na casa dos outros. Por mais liberdade que você possa ter, não se sente a vontade de escrever realmente aquilo que lhe der na telha. Ai virei blogueiro e por mais de uma década venho colocando minhas idéias no Ninho do Albatroz. Aos trancos e barrancos e graças a ajuda de alguns patrocinadores.

 Devo ter errado em mais de uma vez, nas análises e nas previsões que levei adiante. Mas isto faz parte do contexto. Outrossim, nunca me vi obrigado a puxar o saco de ninguém. Seja em relação as diretorias dos Jockey Clubs, de meus patrocinadores e quanto mais de leitores e críticos. E vou tocando meu barquinho, dentro do espaço que tenho, - e agradeço todo dia a deus por ter - do publico que me segue e daqueles que acreditam em meu trabalho.

O turfe brasileiro não vai bem. E com certeza não é de hoje. Aliás numa atividade que tem mais gente que sai do que entra, e cujo o número de matéria prima - em nosso caso o cavalo de corrida - decresce ano após ano, não precisa se ter o conhecimento de um Einstein, para saber que vamos de mal a pior.

Todavia, me causa pânico, ver que os poucos que resistem e lutam para se manter, ainda são facultativos de serem criticados, por gente, que em sua maioria das vezes, torce, mas não tem o mínimo raciocínio lógico. E quem tem, perde seu precioso tempo em tecer odes literárias, que não irão nos levar a lugar algum.

Cidade Jardim, agoniza e arrisco a afirmar que se não tivesse hoje o presidente que tem, muita seriam as chances de ter seus portões encerrados e virado um parcão. Já que uma das coisas mais exasperantes que observo no turfe brasileiro, é o fosso entre o discurso e a realidade. A diferença entre falar e fazer. Quando se aplica um sistema baseado na austeridade, a grande maioria dos apoiadores pulam foram. estão lá apenas para as festas. Não para os enterros. 

E a Gávea o centro que melhor sobrevive na crise? Gávea, vive hoje de uma esperança. Um jovem que assume tentando fazer mover um turfe cuja inércia parecia letal, de ser colocada de lado. Contudo, quando se trata de fazer alguma coisa para pelo menos reduzir o deficit, a irracionalidade e a iniquidade de nosso sistema turfístico, esta inércia a que me referi, cria uma resistência surda ao novo desempenho e às mudanças que se tornam necessárias.  E aqueles apoiadores que fazem parte da festa, irão inevitavelmente desaparecer nos enterros.

Mas vamos adiante. Alguns criadores paranaenses, dobrando suas mangas e construindo uma pista de grama, estão definitivamente abrindo as portas do Tarumã, por um período longo, portas estas que um dia foram cerradas, por administrações criminosas. Resta ainda falarmos do Cristal. Aqueles que o dirigem estão tentando reviver seus dias de glória, promovendo um Bento numa sexta-feira, pois esta era a única saída que lhes restava - que todos nós sabemos que está longe de ser o que um dia foi - mas quem sabe poderá voltar a ser. Alguém pode fazer melhor do que estas 1uatro administrações estão se propondo a fazer?

Neste quadro de múltiplas incertezas e a beira de lamentáveis eleições municipais, em São Paulo foram disputadas, ainda que sem publico, as duas mais importantes carreiras da geração: o Derby e o Diana.

Hoje estas duas corridas não foram apenas um fato: são a meu ver um feito. Pois, depois das péssimas administrações que Cidade Jardim foi obrigada a passar, ter um Derby e um Diana prestigiados, merecem o respeito de todos. Independentemente dos resultados e daqueles que participaram das mesmas. O simples fato de ainda existirem, só aumenta a capacidade do feito.

As turmas que ora dirigem os hipódromos de Cidade Jardim, Gávea, Tarumã e Cristal, com respeito, tiro o meu chápeu.