Perguntaram-me qual a opinião que tinha sobre um catálago de venda de cavalos de corrida ser colorido e eu prontamente respondi, que apenas encareceria o custo de comercialização. Como igualmente encarece ilustrado com fotos e comentários descabidos.
Vejo que de Keeneland a Tattersalls, não existem mudanças na forma de apresentação dos pedigrees durante décadas a fio. E se no mais alto clero estas mudanças se tornam desnecessárias, diria que no baixo mais ainda. Pois tudo é uma questão de custo de comercialização. E quanto ele for menor para o vendedor, melhor será para o comprador a curto e médio prazos.
Não compro cavalo de corridas por fotos, nem levo em consideração dados opinativos de quem quer que seja. Principalmente daqueles cujo único interesse é embelezar o maracujá! Catalogos para mim, principalmente nos países de turfe desenvolvido, são uma espécie de documentos. Um curriculum vitae do lote a ser apresentado. Cororilo, ou abastece-los com opiniões pessoais, não faz do que é oferecido pior ou melhor do que ele realmente é. E as vezes pode até confundir aquele que o lê, se não estiver completamente por dentro di funcionamento da questão.
Mas cabe a quem vende decidir que quer ser produto impresso de forma colorida ou em preto em branco. No Brasil, existe uma obrigatoriedade de "diferenciamento". Você vai a Londres e comumente em uma rua, vê uma fileira de casas uma igualzinha as outras. No Brasil, isto é impossível de acontecer, pois, haverão pinturas externas, puxadinho na fachada, jardins e portões distintos. Esta dentro de nossa índole, querer diferenciar nosso maracujá!
Eu não sou muito de me lembrar de meus sonhos. Não sei sequer se quando durmo, os tenho. mas quando me lembrava, eram coloridos, como no cinema e na televisão. Mas todos estes artefatos, sejam sonhos, cinema e televisão são elementos fictícios dentro de nossas vidas. Logo, colori-los não me parece de todo mal. mas catalogo de vendas de cavalos de corrida, sim.
Quando Keeneland e Tattersall adotarem esta medida, é porque eu estava errado, e a modernidade assim o exige. Mas até lá, penso que desistir do que não vale a pena é sabedoria...