Em tempos normais já muito difícil ter assunto para se escrever algo de turfe. Imagine com as corridas paradas no mundo. Pouco ou nada acontecendo. E para quem toca para frente um blog e escreve dois artigos por dia, a coisa realmente complica. Por isto peço a ajuda a alguns amigos que gostam de pesquisar e o Marcelo Augusto já provou ser um deles.
Pedi para que ele fizesse algo sobre Setembro Chove e Gloria de Campeão, pois são dois reprodutores nacionais, que mesmo não recebendo as chances devidas, estão se saindo - a meu conceito - bem acima da média. E o que dizer dos menosprezados, Gober, Mr. Nedawi e Didimo? E dos mais antigos Kigrandi e Kenético?
Foram rios que passaram em nossas vidas? Simples assim ?
Acho que se criadores tomarem conhecimento do que estes cavalos são capazes, poderiam de alguma forma mudar a maneira de encarar a criação nacional.
O grande corredor nacional que consegue lá fora ganhar dos competidores internacionais não deve absolutamente nada a ninguém. Merece sim, uma estátua.
E ACREDITEM, NÃO É FÁCIL TORNAR-SE UMA DELAS
Um bom dia para todos
SE VOCÊ NÃO GOSTA DE TURFE, PROCURE OUTRO BLOG. A IDÉIA AQUI NÃO É A DE SE LAVAR A ROUPA SUJA E FAZER POLITICA TURFISTICA. A IDÉIA AQUI É DE SE DISCUTIR TEORIAS QUE POSSAM MELHORAR A CRIAÇÃO E O DESEMPENHO DO CAVALO DE CORRIDA. ESTAMOS ABERTOS AS CRITICAS E AS TEORIAS QUE QUALQUER UM POSSA TER. ENTRE EM NOSSA AERONAVE, APERTEM OS CINTOS E VISITEM CONOSCO, O INCRIVEL MUNDO DO CAVALO DE CORRIDA, ONDE QUERENDO OU NÃO, TUDO É PRETO NO BRANCO!
HARAS SANTA RITA DA SERRA - BRASIL
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JOCKEY CLUB BRASILEIRO
JOCKEY CLUB BRASILEIRO
quarta-feira, 27 de maio de 2020
UMA CONSTÂNCIA
DOS ÚLTIMOS CINCO GOVERNADORES
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
QUATRO FORAM PRESOS
SÓ A BENEDITA POIS
NÃO TEVE TEMPO
MAS PARECE QUE O PENTA
NO RION DE JANEIRO
ESTA POR VIR
PONTO CEGO: UM INCENTIVO A CRIAÇÃO NACIONAL
Houveram nesta semana dois resultados bastante animadores em relação ao futuro da criação brasileira.
Depois de uma estréia nada convincente do potro Ivar - que estava irreconhecível na forma de se apresentar - a brasileira Indochine emplacou - perdão pelo uso da má palavra - com Manduro, um ganhador de grupo na Alemanha e logo a seguir foi a vez de Jolie Olimpica, ela própria, ganhar o Monrovia Stakes (Gr.2) em Santa Anita. Dois resultados alvissareiros. Nos dois continentes de maior potencia de disputas.
Lembro aos menos avisados que Keeper ofthe Star, que a bateu - em sua única derrota - no Buena Vista Handicap (Gr.2), na mesma tarde-noite de Santa Anita, ganhou de forma enfática o Gamely Handicap (Gr.1). O que determina que estas duas potrancas são indubitavelmente o que há de melhor pelo reino da California.
Existe incentivo maior para o criador e proprietário brasileiros do que vitórias como estas? O sangue da uruguaia Monyagua - mãe de Immensity - corre nas veias de Indochine, provando uma vez mais que linha baixa, é linha baixa, independentemente do pai que possa intervir, no caso, um de pouca ou nenhuma valia. Afinal o que se esperaria, a principio de uma junção de Manduro com Special Nash? Normalmente um desastre. Logo acho que foi Monyagua que deu o ar da graça.
Jolie Olímpica foi o elemento brasileiro que mais me chamou a atenção nestes últimos anos em pistas brasileiras. Deixei isto claro, em mais de uma oportunidade. E mais uma vez fica confirmado que ter cavalos nascidos no Brasil com Mandella, é um plus do qual não deveríamos abrir mão. Já disse isto também aqui em uma infinidade de vezes. Ele, de alguma forma, pegou a mão e sabe como explorar nossas virtudes.
Estamos passando por um momento difícil. Sei que investir no turfe nos tempos que estamos vivendo, é até pedir demais. Todavia, existe um túnel, e uma luz no fundo do mesmo, que estas duas éguas brasileiras demonstraram de maneira inequívoca, existir. Ambas são ganhadoras de graduação máxima em nosso pais, que prova que quando há classe, ela poderá ser transmissível. Logo, porque não acreditar que possa acontecer este mesmo processo em nosso setor reprodutivo, com garanhões nacionais?
As vendas de potros estão na esquina. Não deveríamos esmorecer e deixar que o ferro esfrie. Halston e Cash do Jaguarete, em Hong Kong provaram seu real valor. Agora Jolie Olimpica. E mesmo com poucas éguas de cria exportadas para a Europa, os resultados aparecem. Defendo aqui, e quem me lê assiduamente sabe, que o cavalo brasileiro não deve a nenhum outro. Peca em genética, contudo, quando ela de alguma forma funciona, podemos luzir onde for.
Torceremos que as vendas - sejam elas virtuais ou presenciais - sejam bem sucedidas, pois, nossos criadores, merecem.
Depois de uma estréia nada convincente do potro Ivar - que estava irreconhecível na forma de se apresentar - a brasileira Indochine emplacou - perdão pelo uso da má palavra - com Manduro, um ganhador de grupo na Alemanha e logo a seguir foi a vez de Jolie Olimpica, ela própria, ganhar o Monrovia Stakes (Gr.2) em Santa Anita. Dois resultados alvissareiros. Nos dois continentes de maior potencia de disputas.
Lembro aos menos avisados que Keeper ofthe Star, que a bateu - em sua única derrota - no Buena Vista Handicap (Gr.2), na mesma tarde-noite de Santa Anita, ganhou de forma enfática o Gamely Handicap (Gr.1). O que determina que estas duas potrancas são indubitavelmente o que há de melhor pelo reino da California.
Existe incentivo maior para o criador e proprietário brasileiros do que vitórias como estas? O sangue da uruguaia Monyagua - mãe de Immensity - corre nas veias de Indochine, provando uma vez mais que linha baixa, é linha baixa, independentemente do pai que possa intervir, no caso, um de pouca ou nenhuma valia. Afinal o que se esperaria, a principio de uma junção de Manduro com Special Nash? Normalmente um desastre. Logo acho que foi Monyagua que deu o ar da graça.
Jolie Olímpica foi o elemento brasileiro que mais me chamou a atenção nestes últimos anos em pistas brasileiras. Deixei isto claro, em mais de uma oportunidade. E mais uma vez fica confirmado que ter cavalos nascidos no Brasil com Mandella, é um plus do qual não deveríamos abrir mão. Já disse isto também aqui em uma infinidade de vezes. Ele, de alguma forma, pegou a mão e sabe como explorar nossas virtudes.
Estamos passando por um momento difícil. Sei que investir no turfe nos tempos que estamos vivendo, é até pedir demais. Todavia, existe um túnel, e uma luz no fundo do mesmo, que estas duas éguas brasileiras demonstraram de maneira inequívoca, existir. Ambas são ganhadoras de graduação máxima em nosso pais, que prova que quando há classe, ela poderá ser transmissível. Logo, porque não acreditar que possa acontecer este mesmo processo em nosso setor reprodutivo, com garanhões nacionais?
As vendas de potros estão na esquina. Não deveríamos esmorecer e deixar que o ferro esfrie. Halston e Cash do Jaguarete, em Hong Kong provaram seu real valor. Agora Jolie Olimpica. E mesmo com poucas éguas de cria exportadas para a Europa, os resultados aparecem. Defendo aqui, e quem me lê assiduamente sabe, que o cavalo brasileiro não deve a nenhum outro. Peca em genética, contudo, quando ela de alguma forma funciona, podemos luzir onde for.
Torceremos que as vendas - sejam elas virtuais ou presenciais - sejam bem sucedidas, pois, nossos criadores, merecem.
PAPO DE BOTEQUIM: A BANDEIRA DOS TORDILHOS - SEGUNDA PARTE
Roi Herod
Há de se aceitar que Le Samaritain, gerou a dois excitantes filhos: Roi Herod e Isard II. O último, que a seu tempo venceu também o Grand Prix de Deauville e foi segundo colocado no Prix Royal Oak, produziu a alguns animais de real valor como os potros Belfonds (French Derby) e Filibert de Savoie (Grand Prix de Paris) e um bom números de fêmeas, entre as quais devemos citar, Colonist II (de propriedade de Sir Winston Chuchill) e Amber X. heroína do Derby francês. Ambas também tordilhas.
Belfonds por sua vez, laureou-se no breeding-shed, onde produziu a três ganhadoras do Prix Diane, a se conhecer, Peniche, Lysistrata e Commanderie, esta também ganhadora do Grand Prix de Paris, e a Bellina que foi a segunda mãe da ganhadora do Epson Oaks, Sun Cap.
Quanto, ao outro filhe de Le Samaritain, Roi Herod não creia que possa ser considerado um elemento de alta classe. Venceu três de seus 24 compromissos e de melhor a se citar apenas O Grand Prix de Vichy. Porém como Deus, o turfe também escreve certo por linhas tortas e é dele que a herança do pelo tordilho se manteve viva até os dias de hoje. Pode-se-ia dizer que ele foi num fracasso, se não houvesse gerado ao maior tordilho da história de corridas de cavalo. The Tetrarch, invicto em sete apresentações aos dois anos, mas que valeram ser chamado de The Rocking Horse, The Spotted Wonder.
Roi Herod aparece apenas nos pedigrees de seu filho Milesius, ganhador do Coventry Stakes e como avô materno do ganhador do derby Francês e do Grand Prix de Paris, Strip the Willow, que terminou melancolicamente seus dias como reprodutor na Argentina, em momento algum dizendo para o que veio.
Mas temos que admitir, que La Grisette, filha de Roi Herod, é a quarta mãe do fenômeno chamado Native Dancer, ganhador de 21 de suas 22 tentativas e avô de Mr. Prospector e avô materno de Northern Dancer. Vocês notaram como esta coisa de três ou mais mães tordilhas funciona?
The Tetrarch
Vó Adelina sempre disse "que atrás de um grande homem, sempre haverá uma grande mulher." E eu complementaria atrás de qualquer dinastia equina na criação de cavalos de corrida, haverá um grande criador.
Por linha alta, The Tetrarch produziu ao excepcional Tetratema ganhador de 13 de suas 16 corridas, entre as quais o Kings Stand Stakes e os 2,000 Guineas. Todavia em termos reprodutivos deixou a desejar, produzido de útil apenas Mr, Jinks (2,000 Guineas) e Royal Misntrel (Eclipse Stakes), ambos tordilhos. Por intermédio de suas filha obteve sucesso como avô materno, por sua filha Una, mãe do ganhador dos Guineas de 1950, o igualmente tordilho Palestine. Palestine é o avô materno do também tordilho Silver Share, ganhador dos Prêmios Mounlin de Longchamp e Jean Prat.
Tetratema
The Tetrarch foi capaz de gerar outro filho igualmente ganhador de um grande clássico britânico, Caligula, vencedor do St. Leger de 1920. Invicto em suas saídas aos 2 anos, Stefan the Great seria o outro filho de The Tetrarch a ser citado. Aos três anos mancou durante a disputa dos 2,000 Guineas, onde chegou descolocado, sendo a seguir levado para a reprodução, onde deixou sua marca como avô materno do tordilho Portlaw, ganhador entre outros, do Middle Park Stakes.
O real sucesso de The Tetrarch veio por intermédio de suas filhas e é ai, que entra aquela história do grande criador. Como veremos a seguir. The Tetrarch gerou a Taj Mahal, mãe da ganhadora dos 1,000 Guineas de 1929, Taj Mah. Ambas tordilhas, como também tordilha era Moti Mahal, um tordilho registrado como alazão, , Impeccable que destacou-se por gerar a Right Boy, ganhador de duas versões do Nunthorpe Stakes. Queen Herodiades entrou para. história como a avô do ganhador do Derbi irlandês, Baytown, que por sua vez gerou a Kong, a mãe do chefe de raça Grey Sovereign.
Grey Sovereign quando ainda em campanha
Filho do chefe de raça Nasrullah, Grey Sovereign estabilizou uma dinastia de tordilhos e não tordilhos, dos quais seus filhos Zeddaan e Sovereign Path - ambos tordilhos - trataram de dar continuidade até os dias de hoje. Mas foi Mumtaz Mahal, adquirida por soma record em Tattersalls como potranca por HH. Aga Khan, que garantiu a raça tordilha de uma forma definitiva. Como veremos em uma outra hora neste mesmo Bat Canal.
Mas até lá tenham em mente isto: The Tetrarch e seu filho Tetratema eram os dois únicos tordilhos a liderarem a lista de reprodutores, num centro desenvolvido do hemisfério norte, até o aparecimento de Caro, Kenmare (2), Highest Honor (3) e Linamix (2) na França e Cozzene, El Prado, Tapit (3) e Unbridled´s Song nos Estados Unidos.
Zeddaan
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